Você quem manda. || Cap 33

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5 dias depois…

Meu corpo é sacolejado de uma forma nada carinhosa. Resmungo um xingamento, mesmo sendo contra meus próprios mandamentos.

Continuo com os olhos fechados até Oliver começar a cutucar minha cintura, me fazendo rir com a casquinha.

— Oliver Williams, se você continuar eu corto seu pinto fora e dou para Beethoven de jantar. — digo enquanto estapeio seu braço.

— Bom dia, linda. — ele se aproxima e beija minha bochecha. — Só queria avisar que seu celular está tocando e tem alguém batendo na sua porta.

Me viro e deito a cabeça contra seu peito e fecho os olhos.

— Deixa tocar, deve ser minha irmã. Bem, agora não estou ouvindo ninguém bate…

Como forma de castigo, ouço batidas fortes e uma voz feminina batendo na porta. Arregalo os olhos e me levanto, passando por cima do corpo de Oliver.

Desde que ele me levou até sua casa, nós temos ficado juntos praticamente todos os dias durante essa semana. Confesso que não demorei para me acostumar com isso, beijos como bom dia e café da manhã não são ruins.

Aponto o dedo para Oliver e desesperada imploro para que ele vista uma roupa e se esconda no banheiro, mas como resposta ganho um sorriso presunçoso e um olhar lento pelo meu corpo.

Sinto algo se revirar em meu estômago, o sorriso junto com seus olhos castanhos me afetaram de uma forma que eu não sei explicar.

Malditas borboletas filhas da puta!

Corro até o banheiro e cato no chão algumas peças de roupas e me visto aos tropeços. Batidas ainda são desferidas contra a minha porta.

Antes de sair do meu quarto e correr até a sala, jogo algumas roupas em cima de Oliver.

Respirando fundo observo a pessoa pelo olho mágico quem seria na porta. Nunca xinguei tanto uma pessoa na minha vida, quanto eu estou fazendo agora.

Destravo a porta e o furacão Lily entra no meu apartamento.

— O que estava fazendo? Eu te liguei diversas vezes, Katherine. Isso é roupa masculina? — em silêncio passo meus olhos pela camisa azul de Oliver, droga.

— Bom dia, Lilly. — sorrio falsamente e ando até meu sofá — O que está fazendo aqui?

Ela revira os olhos e vem ao meu encontro, seu corpo desaba em cima do meu e ela solta um resmungo.

— Transei com ele. — Ergo as sobrancelhas com a informação.

Não é difícil de adivinhar com quem a minha amiga dormiu, a única pessoa com quem Lily fica realmente sério, é o Bryce.

— Então qual o motivo de ter acordado cedo e vindo aqui? Foi ruim?

Choramingando ela abre os olhos e me encara.

— Você não é a única a ficar assustada com uma transa. E não, não foi ruim. Foi incrível, perfeito.

O som da porta do meu quarto é ouvida e não é preciso Lily levantar a cabeça e comprimentar Williams.

— Bom dia, Oliver. — minha amiga levanta a mão e acena.

Eu pelo contrário, viro minha cabeça por cima do ombro. Uma vontade de rir se expande em mim. Oliver está vestindo com um roupão de seda que ganhei a algum tempo na minha festa de dezoito anos. A cor rosa choque entra em harmonia com o tom de pele de Oliver.

Oliver sibila silenciosamente com os lábios perguntando- me se eu gostei de ver ele vestido assim. Ganhei até uma voltinha só para mim.

— Oliver, você pode ser útil e fazer uma xícara de café para sua cunhada favorita? — Lily pergunta ainda deitada com as pernas nas minhas pernas. — Sem açúcar. Obrigada.

Oliver aparece na sala, e se debruça sobre o encosto do meu sofá.

— Pensei que ela fosse educada. — ele sussurra, mas o tom é suficiente para Lily escutar e responder com um simples "vai se foder".

Rio com a interação nada comum entre eles.

Não demora muito para Oliver preparar duas xícaras de café, uma a pedido de Lily e uma minha. Dizendo Williams, ele não está autorizado a comer nada fora da sua dieta essa semana, o que impede dele tomar café.

Como se soubesse, Oliver some dentro do meu apartamento, dando espaço para eu e Lily conversarmos sobre sua noite e sobre eu estar usando a roupa de Oliver e ele estar na minha casa.

Lily se divide entre elogios e sermões sobre tudo o que pode acontecer. Eu também não fico atrás dos sermões e conselhos.

***

— Seu treino termina muito tarde? — pergunto saindo do carro junto a Oliver. O vento sopra com um ar frio, balançando as ondas dos meus cabelos.

— Não, mas os garotos vão se reunir em um bar novo na cidade. Quer ir? — pergunta com um toque de receio. Oliver parece perceber o meu susto para com a pergunta, logo ele se apressa a continuar falando. — Eu sei que você não se sente muito confortável com eles, mas eu vou estar lá, KitKat.

Engulo em seco e pressiono os lábios.

— Oliver eu não sei… Eu posso até ir, mas não quero que você fique o tempo inteiro preocupado comigo e acabando não curtindo com seus amigos.

Oliver para e vira seu corpo na minha direção. O sol fraco que está fazendo hoje, ilumina o rosto dele. Seus olhos castanhos ganham um brilho dourado e caloroso. Difícil controlar meu coração que acelera com essa imagem.

— Se eu estou te chamando é porque eu não quero ficar com eles, amor, eu quero ficar com você, mas se não se sentir bem em ir — ele se aproxima e segura minha cintura com os braços — eu posso te levar pra casa e ficar com você. Podemos assistir até aquela série de caçadores de demônios.

Suas palavras me fazem abrir um sorriso bobo.

Ele beija meus lábios, não é nada apressada ou com fogo, é algo delicado e até mesmo… fofo.

— Tudo bem. — seguro seus ombros e lhe dou um selinho. — Eu vou com você, mas depois vamos assistir sobrenatural.

— Você quem manda, amor.

— Eu sei.

Nós nos separamos quando chegamos ao edifício que eu tenho aula, e Oliver corre para não se atrasar para seu treino.

Ainda não estou cem por cento com a minha aceitação para mais uma reunião com o time. Parece que eles são bastante unidos, já que pelo que eu fiquei sabendo, todas as sextas estão em algum bar bebendo e comendo fast food.

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