Se você diz... || Cap 22

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Meu quadril dói e minhas pernas estão com cãibras de tanto tempo que fiquei sentada.

Foram longos quarenta minutos dentro do táxi que nos levaria ao hotel onde ficaríamos hospedados.

Pego minha mala na mão de Oliver e observo ao redor do hotel.
É perfeito, talvez seja o mais chique e lindo que eu já havia me hospedado.

A fachada inteira em madeira há um pequeno lago congelado na frente, por fim um jardim com belíssimas árvores enfeitadas com lamparinas penduradas.

Esboço um sorriso, e logo sinto uma rajada de vento que trouxe pequenos flocos de neve que caíram em meu cabelo. Sinto um certo frio, pois o moletom que eu visto não chega a me esquentar por completo.

— Vamos? — Oliver exalta me tirando do transe.

Concordo e caminhamos até o hotel. Como imaginei colhedor, o hall é revestido em madeira, assim como a fachada. Luzes amarelas deixa o ambiente quente, hospedes circulam pelo hotel com copos de chocolate quente, trazendo um ar de aconchego.

Percebo decoradores agitados, entrando e saindo a procura de mais vasos de flores, lenços, pratos e até mesmo taças.

Eu e Oliver vamos até o balcão.
Uma moça com cabelos longos e bem escuro, tinha um batom vermelho intenso nos lábios. Ao pôr os olhos em nós, ela esboça um sorriso simpático.

— Olá, bem vindos. — ela continua sorrindo.

Oliver larga sua mala no chão e pega seu celular, mostrando algo a moça.

Fiquei curiosa para saber o que era, porém seguro-me para não ser enxerida.

— Tudo bem. — ela digita algo no computador a sua frente. — Um quarto de casal, certo?

Casal? Aí meu Deus!
Me engasgo com a saliva e começo a tossir desesperada. Isso só pode ser engano.

— Nós dois não somos um casal, moça. — digo, ainda com a voz falha.

Sinto o olhar de Oliver em mim. Ele põe as mãos no balcão e fala.

— Será que tem como conseguir um quarto com duas camas, por favor? — um falso sorriso é lançado por Oliver a jovem moça.

— Sinto muito, nós estamos com todos os quartos com duas camas ocupados. — ela comprime os lábios — Só temos quartos de casal, agora.

Mais que droga! Como um hotel desse porte não tem quartos disponíveis?

Eu não gostaria de dormir na mesma cama que Oliver, não mesmo. Mas também não quero passar muito tempo aqui.

Estou cansada, a ponto de querer deitar no chão e hibernar o resto dos meus dias. Fora que estou morrendo de fome, mesmo tendo comido no avião.

— Tudo bem, ficaremos com esse quarto. — digo contra minha vontade.

— Tem certeza? — Oliver se refere apenas para mim.

Olho para ele em um instante.

— Tenho. Somos adultos, saberemos nos comportar.

Oliver apenas balança a cabeça.

A moça em nossa frente entrega um cartão branco com o símbolo do hotel, como chave do quarto. Oliver a toma de suas mãos.

Um senhor magro e com barba grisalha, nos ajuda a levar nossas malas até o nosso quarto.

Assim que Oliver abre a porta, eu fico boquiaberta, o quarto é tão luxuoso e aconchegante, de fato o hotel passa em tudo um aconchego.

As primeiras coisas que me chamam atenção é a grande cama forrada por um edredom delicioso e bege. Também percebi que os decoradores do lugar adoram madeira como decoração, de móveis a pisos tem a matéria-prima.

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