Encontro || Cap 30

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Minha mochila está sendo revirada por mim a procura da chave do meu carro. Estou procurando a tanto tempo que estou quase pedindo um Uber e deixando meu bem mais precioso no estacionamento da faculdade. 

Mais um tempinho procurando e finalmente a acho. Quando estou pronta para abrir a porta do meu carro, sinto uma presença ao meu lado.

A pessoa tem um perfume amadeirado e uns bons centímetros a mais que eu.

— Se quiser falar comigo, não chegue na surdina. — Me viro para Oliver e coloco minha mochila no teto do carro. — É assustador. 

Ele abre um meio sorriso e abaixa  seu corpo para ficar da minha altura, em seguida nossos lábios de encontram.

Do jeito que ele me beija, parece que fazemos isso a anos.

Quando ele se afasta, sinto falta do seu calor cobrindo meu corpo. 

— Não tem treino hoje? — ele nega com a cabeça. Seus olhos passeiam pelo meu rosto e sempre parando nos meus lábios. 

Sou surpreendida quando ele estica seu braço e pega minha mochila e com a outra mão segura a minha. Não tenho tempo para contestar quando ele me guia até o seu carro, uma Mercedes-Benz Classe G.

— Espera, — paro antes que Oliver praticamente me jogue dentro do carro. — meu carro está bem ali, não preciso que você me dê carona.

Oliver olha para meu carro e depois para mim. 

— Mas ele não te levaria para jantar.

Arregalo os olhos e levanto minimamente as sobrancelhas. Ele realmente acabara de dizer a palavra "jantar".

— Jantar? — Limpo minha garganta, para disfarçar minha voz hesitante. — Tipo um…

— Encontro. Sim, exatamente como um encontro. — Oliver termina a minha frase.

Sua voz não há um pingo de dúvida que eu não irei aceitar, o contrário, sua linguagem corporal mostra que ele está totalmente pronto para me tirar desse estacionamento e me levar para algum lugar para comer.

Fico estagnada, não sei em que momento parei de respirar ou mostrar qualquer expressão facial. Uma voz bem baixa, mas ainda assim audível diz para eu recusar e voltar para minha casa. Mas uma voz se sobrepõe, dizendo para eu me agarrar no homem que está na minha frente e ir jantar.

— Você está de brincadeira, Oliver Williams. — bato no seu braço, o mesmo leva sua mão até o local e reclama que doeu. — Você já viu como está minha aparência? 

Hoje eu optei por usar meu cabelo natural, a finalização para domar meus cachos ondulados já está se desfazendo, por esse motivo resolvi prender boa parte do meu cabelo com uma piranha. Minha roupa não é social o suficiente para um jantar. Não que uma calça jeans skinny e um suéter verde seja muito despojado, mas não esse tipo de roupa que eu gostaria de usar em um encontro.

— O que tem de errado com sua roupa? — Oliver pergunta, desabrochando uma enorme vontade de eu arrancar todos os seus órgãos abdominais com minhas próprias mãos.

—O que tem de errado? Não me faça uma uma pergunta dessa, Oliver. — Bato novamente no seu braço. — Eu que devo perguntar o que tem de errado com você, por que sempre faz as coisas sem me contar.

Coloco parte da mecha mais curta do meu cabelo para trás da orelha.

— Não custa nada me avisar que teríamos um encontro hoje. Eu gostaria de poder me vestir para tal coisa apropriadamente.

Oliver revira os olhos e segura minha cintura, pondo uma leve pressão.

— Você está perfeita, KitKat. — ele olha nos meus olhos, causando mais um daqueles arrepios que apenas Oliver Williams é capaz de me fazer sentir. — Você é a perfeição em si, amor.

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