Flash 2.0 || Cap 14

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Não acredito que estou fazendo isso.

Visto a jaqueta com as cores e o símbolo do time de hóquei da faculdade.

A calça jeans wide leg, o cropped branco faz essa peça se destacar. O meu cabelo, agora não mais ondulado e sim liso, está preso em um rabo de cavalo.

Isso tudo para assistir ao jogo com Lily.

Por conta do seu recente rolo com Bryce ela está indo toda caracterizada. E está me obrigando a passar por essa humilhação.

Oliver mandou-me uma mensagem horas antes perguntando se eu iria ao jogo, como eu prometera a mim mesma que ficaria em casa assistindo filme, comendo pipoca e bebendo um delicioso vinho, respondi que não iria.

Mas tudo mudou quando Lily apareceu em minha casa insistindo para eu acompanhar ela.

Arregalo os olhos ao ver ela vindo em minha direção com tintas para pintar meu rosto.

— Opa — Corro para o outro lado do quarto — Isso não vai rolar.

Ela suspira.

— Qual é, Kat — ela faz beicinho — São só alguns detalhes. Aposto que Oliver ficaria feliz em ver você assim.

Respiro fundo apertando meu penteado.

— Isso está fora de cogitação, Lily. — Volto até a cama e começo a calçar meus tênis. — E se depender de mim, Oliver nem saberá que fui a esse jogo.

— Você sabe que vamos ficar na primeira fileira, não é? Quero ficar o mais perto do gelo o possível.

Olho atônita para ela. Essa parte ninguém tinha me contado.

— Não, eu não sabia.

Ele ri e vem me abraçar.

— Bom, agora sabe. — ela pega o celular que está em seu bolso e olha horas. — Vamos logo, seu marido já devem estar esperando.

Solto uma risada sem graça pegando minhas coisas e saído do quarto.

— Que nojento. — faço uma careta — Meu marido está provavelmente preso em um universo fictício caçando demônios e o caralho a quatro.

Hoje vamos no meu carro até onde será o jogo.

Confesso que estou ansiosa para ver se haverá alguma briga no gelo. Em todos os jogos que fui acompanhando Lily, houve uma briga por motivo besta.

Nelas todas, no final, eu saía do estádio rindo.

Cerca de quarenta minutos no carro para chegarmos ao estádio. Mas não pareceu, eu e Lily fomos cantando como loucas, fofocando e até mesmo reclamando sobre nossas vidas.

O estacionamento está lotado, não que isso seja incomum, mas eu nunca irei me acostumar com a quantidade de pessoas que saem de suas casas, até mesmo de suas cidades para verem os garotos do time jogarem.

Acompanho Lily até o interior do estádio, às vezes comprimentamos algumas pessoas conhecidas.

Xingo Lily mentalmente por ter me arrastado da minha casa até aqui. Como o estacionamento, o estádio está lotado.

Pessoas de todas as idades se encontram aqui para torcer pelo Boston College Eagles.

Pessoas com jaquetas como a minha, namoradas, jogadores estão caracterizadas, crianças usando uma grande luva com o dedo indicador apontando para o alto com o símbolo dos times que hoje irão jogar.

Eu diria até que a vibe é ótima, tirando que a qualquer momento você pode receber uma cervejada na cara por torcer por um determinado time.

— Kat, quer um cachorro-quente? — Lily pergunta ao ver uma das pessoas vendendo a comida.

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