Pai de pet || Cap 31

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Oliver Williams

Katherine anda ao meu lado com as sobrancelhas franzidas e mordendo minimamente os lábios. Já percebi que ela sempre faz isso quando está pensativa ou confusa.

Uma das minhas distrações preferidas é observar Katherine, ela é encantadora. Sua pele bronzeada, cabelos Onix ondulados e as vezes lisos, olhos grandes e tão escuros que muitos diriam ser impossível de decifrá-los.
Mas para mim, Katherine tem o olhar mais expressivo e brilhante que eu já vi.

Ela pode forçar ter esse ar de fria e calculista, porém sempre que está satisfeita com algo põe um sorriso largo e suas orbes escuras acendem com um brilho dourado, capaz de iluminar qualquer sala escura, fria e triste.

Caminhamos até o elevador do meu prédio. Comprei esse novo apartamento a algumas semanas, ainda passo meu tempo livre do dia no apartamento que ajudo a pagar com Bryce e alguns garotos do time.

Morar com meus amigos não é ruim, mas não ter a privacidade que qualquer pessoa que seja é irritante.
Então, ter o meu próprio espaço e não precisar respirar suor e cerveja todos os dias é muito bom.

Giro a chave do meu apartamento e abri a porta para Katherine passar. Ela dá um passo exitante, e vejo segurar sua pulseira com um excesso de força. Ela está nervosa.
Muito nervosa.

Acompanho-a e fecho a porta. Arregalo ao ver um pequeno ser pulando nas pernas de Katherine.

A mesma toma um susto e olha para baixo, o filhote de Golden Retriever pula enquanto late de forma amigável para Kat. Adotei o pequeno depois que decidi vir morar sozinho, seus olhinhos brilhantes e a carinha fofa em uma foto de anúncio em um pet shop, me fizeram derreter.

Katherine se agacha e alisa o pelo do filhote, em forma de retribuição o pequeno Beethoven lambe as mãos de Kat. Ela sorri e começa a conversar, usando uma voz fina e carregada de elogios ao cachorro.

Depois de muito tempo, Beethoven sente minha presença. Por isso ele corre até mim e pula nas minhas pernas. Me abaixo e o pego para beijar o topo da sua cabeça peluda e fofa.

— Eai garotão, se comportou? — enrugo o nariz ao sentir a língua do meu cachorro.

Levanto meu olhar e vejo Katherine com uma expressão confusa, mas ela põe um sorriso incrivelmente lindo no rosto.

— Desde quando você tem um cachorro, Oliver? — ela se aproxima e faz carinho em Beethoven.

— Desde que vi esses olhinhos brilhantes e essa carinha de anjo — balanço o filhote em meus braços.

Ela sorrir mais largo.

— Oliver Williams, pai de pet. — ela balança a cabeça — Bem inesperado.

Coloco meu lindo e precioso filho no chão que corre ao ver sua bolinha vermelha perto do sofá.

Aproveito e dou dois passos na direção de Kat. O espaço entre nós é curto, mas nem por um segundo Katherine desvia o olhar do meu.

— Você ama me julgar, né? — ela confirma com a cabeça. Levantando os braços ela abraça meu pescoço.

— Se isso foi um truque para me conquistar, Oliver Williams — ela aproximou os lábios do meu ouvido. — Saiba que funcionou.

Fecho os olhos ao sentir seus lábios macios nos meus. Desde que voltamos da viagem isso parece ser tão comum entre nós dois, que estou começando a ficar acostumado.

Ela se afasta com um meio sorriso, seus olhos giram observando cada detalhe do meu apartamento. Ela anda a passos lentos até meu sofá, colocando sua mochila ao lado dele.

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