Bebê!...Família?...

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Mary Jackson:

Erik não sabia como reagir, ele não sabia se me dava uma bronca ou se me parabenizava.

Eu humildemente aceito os parabéns.

Ele apenas olhava o corpo no chão e com esse mesmo olhar tentava entender o que eu tinha feito ali.

Admito que esse foi o verdadeiro estrago. Mas nada supera a Pâmela.

- Me explica de novo o motivo desse assassinato - pediu ele pela décima milésima vez.

- Ela me chamou de vadia por estar com um homem mais velho, estava de olho em você, e chamou as minhas amigas de vagabundas - E ainda por cima ofender o nosso bebê.

Ele ainda não sabia da gravidez. Então eu não podia falar sobre a ofensa ao nosso bebê.
Mas às vezes eu queria que ele soubesse,queria vê-lo beijar e falar com a minha barriga mesmo ela estando pequenas.

- Mary minha bela adormecida, sei que você só queria defender as suas amigas, mas isso aqui é demais...

Qual é? Ele tá no lado dela agora?

- Demais nada, eu só cortei o mal pela raiz, cortei literalmente todo tipo de raiz que ela tinha com a vida,entendeu? - perguntei já querendo voar no pescoço dele.

- Olha se você continuar aprontando desse jeito - falou massageando as temporas - não vou te levar para Chicago. - hum a gente vai viajar para Chicago?

Nem sabia.

- Hum a gente vai para Chicago? Fazer o que lá? A gente vai como Mary e Erik ou como Beatrix e Thomás? - perguntei totalmente interessada. Eu nunca fui para Chicago.

Para se falar a verdade eu nunca tinha saído de Huntington.

- Nós íamos querida - não gostei desse tom de voz e desse "querida" - agora só vai eu Nicolas e o Henrique,tô pensando seriamente,em te deixar em casa.

Como é que é? Vai começar o machismo de novo?

- Mi amor, você não tem que pensar se eu vou ou não, eu vou e acabou, você não manda em mim. - Cruzeiro e os braços.

- Quem disse que eu não mando em você? - perguntou com um tom autoritário.

- Eu disse - rebati na mesma moeda.

Ele apenas respirou fundo e levantou as mãos em sinal de derrota. Ele sabe que se ele não me levar o Nick leva. Ou eu vou sozinha. Resumindo eu vou ele querendo ou não

Tirando um par de luvas plásticas do bolso do terno colocou em suas mãos e começou a remexer no Cadáver.

- Está ficando Rebelde hein - Falou sem Me direcionar o olhar.

- São hormônios da gravidez... - falei enquanto analisava o estilete sujo de sangue.

Mas logo percebi que pensei alto demais....Droga...drogaa..

Fingir que continue analisando o estilete, mais olhando pelo canto do olho percebi que seu olhar estava direcionado a mim, sua coluna estava reta e seu peito estava duro.

- Gravidez? Como assim hormônios da gravidez? - ele se levantou e começou a andar em minha direção.

Ai meu Deus, e agora,e agora que eu faço?

Preciso de uma desculpa para sair daqui.

- Eu tenho que ir,tenho de fazer a última prova - falei começando a voltar pra escola pelo caminho que havia feito antes.

Mas ele é muito mais rápido e forte que eu. Segurou em meu braço me puxando de encontro ao seu corpo, me virando de frente para ele, roçando os nossos narizes e colando meu corpo ao seu.

 Saboroso VenenoOnde histórias criam vida. Descubra agora