𝗔 𝗗𝗮𝗺𝗮 𝗘 𝗢 𝗩𝗮𝗴𝗮𝗯𝘂𝗻𝗱𝗼

08

Giulia

Levanto da cama mais morta do que um cadáver de verdade, passei a madrugada inteira conversando sobre definitivamente nada com um certo garoto, ainda bem que hoje não tem aula pois estou em um estado tão horroroso.

—Festinha do Bryan hoje—Geórgia entra no quarto e tem que dizer um pouco alto pois estou dentro do banheiro.

—Tão cedo assim? Mal começou o ano—digo com certa dificuldade com a escova na boca.

—Adoro festas, espero que levem bebidas boas, odeio corote—realmente ela odeia porque já teve pt por conta disso—Pode até chamar aquele seu suposto amigo.

—Para de falar desse jeito, tá parecendo que fingimos a amizade—passo pela porta do banheiro para ir trocar de roupa.

—Não deveria existir amizade se vocês dois querem se comer, com todo respeito a minha maninha.

—Ninguém quer se comer por aqui, sabe o que eu descobri? Ele não procura um relacionamento e nem eu, seremos como bons amigos que se dão bem.

—Acho que eu dou duas semanas para vocês começarem a ficar, todo mundo sabe que na festa do pijama oficial da escola todos se pegam, acha que eu acabei com o Bryan como?

—Isso é uma dúvida porém eu não quero saber, você é muito cu doce—começo a zoar ela.

—Você é minha gêmea garota, tudo o que gostamos e nossas características são iguais, só muda as personalidades.

—Tá dizendo que eu gosto do seu namorado? —pergunto chocada.

—Tirando o namorado da irmã, gostamos de tudo em comum.

Agora sim é um ótimo argumento.

Gosto dos dias de sábados por conta de coisas básicas no qual eu amo fazer, arrumar meu quarto é uma delas, ainda começo a arrumar o meu guarda roupa que está um caos, todo dia saindo atrasada de casa por conta de escolhas de roupas, mas é a melhor parte do meu dia.

Só preciso separar as roupas em seus tipos, como camiseta, calças e blusas, algo simples que pode demorar horas porém eu consigo.

—Alexa, coloque "Deixa acontecer naturalmente"—e logo o aparelho tecnológico que está configurado em todo o meu quarto me obedeçe.

—Para de ser preguiçosa, a TV tá bem na sua frente—reclama o meu clone ao meu lado.

—Vai cuidar das coisas do seu quarto, qual a graça de ter uma se ela vai ficar quieta.

E então ao som de uns dos meus pagodes favoritos, começo a arrumar toda aquele quarto e aproveito para começar a embalar algumas coisas que tirarei do quarto provisóriamente para a nova reforma. Deveria começar a fazer um esboço do que quero para que minha mãe possa ver uma arquiteta, só apenas algumas decorações e claro, começar a pintar essas paredes horríveis.

—Por quê minha mãe faz suas coisas tão rápidas e as minhas eu tenho que implorar?

—Tá achando que aquele quarto está assim por causa dela? Eu tive que quase beijar o pé do papai para que ele comprasse tudo—essa eu tenho que rir—Chegou mensagem pra você.

Vejo o celular encima da escrivaninha, e então ela entrega ele em minhas mãos.

Mlk responsa

Em minha defesa, ele mesmo salvou o número e colocou este nome, eu jamais faria algo assim.

Vc concorda em traficar anões?