Nicolas
Eu sinceramente não sei o que sinto, como sempre penso as coisas precisam dar certo demais para acabar com um grande tsunami, a gente está tendo um negócio maneiro e eu só quero aproveitar esses momentos bons e fazer as coisas do jeito certo desta vez, ver que esse idiota continua atrás dela me deixa com tanto ódio que sinto a vontade de logo acertar uma na cara dele, cara chato do caralho, será que não está claro o desinteressante?
—Eita garoto, saiu foi tarde né?—o porteiro diz assim que me vê passando por lá.
—Nem me diz, preciso voltar pra casa antes da meia noite caso contrário irei tomar um sermão dos grandes.
—Quer que eu peça algum carro para te buscar?
—Não, valeu—mas que inferno, esse ódio que me contamina não tá escrito—Ae, sabe de um tal de Igor que namorava a Giulia, ele veio aqui essa semana?
—Sei sim, aquele nariz empinado passou reto e voltou reto, não que eu seja fofoqueiro porém fiquei sabendo que ela mandou ele se foder sem nem ter começado a falar, ele ficou esperando bastante tempo na porta lá por quê as meninas tinham passado o dia fora—diz enquanto parece checar algo no computador.
—Porra, mas esse cara é chato pra caralho—digo já pegando um rumo pra casa—Se cuida ae, valeuzão—aceno para o cara que retribue.
Sei que tenho uma parcela de culpa caso eu deixe ela triste com esse comportamento porém na metade do tempo em que passamos juntos eu nunca sei o que fazer, disse que várias garotas saíram fora por conta de como eu sou, um garoto intenso que gosta de ser sincero o tempo inteiro, ela é tão especial que chega a ser um grande sonho tê-la beijado está noite, logo nesta noite maravilhosa que a luz do lugar parece brilhar mais do que o normal.
Só preciso de algum tempo para poder raciocinar de quero mesmo entrar no meio disso tudo, praticamente todo mundo quer que isso não aconteça e então pela primeira vez preciso pensar no bem dela também, isso pode ser tão ruim para ambas partes e principalmente para ela, a própria mãe quer ver a filha sofrer com um cara que não deve nem saber tratar bem uma mulher, suponho que até a mãe tenha que sofrer por ter gerado essa alma.
—Qual foi? O que ele tá fazendo aqui?—pergunto para o folgado de Kaio deitado no sofá e minha tia apoiada na parede.
—É assim que trata os amigos? Tá criando mal esse menino Anaya.
Como sempre cheio das graças.
—Decidimos que está na hora Nicolas, hoje você precisa conversar com seus pais—minha tia diz e eu não entendo o motivo disso, prometi pra mim mesmo que não iria mais falar com aquele tipo de gente.
—Por quê não respeitam a minha decisão? Não quero falar com aquele povo não, você é minha família e acabou—digo jogando o celular pelo sofá.
—Qual foi irmão? São teus pais que querem falar com o filho deles, imagina se eles morrem cuzão? Vão morrer sem nem ao menos dizer uma palavra para o filho—ele sabe apelar para o lado sentimental pois sabe que me afeta.
—Uma palavra só—digo e eles me olham felizes—Não é pra forçar que eu fale porra nenhuma também não.
Ela disca o número e por um momento me vejo tranquilo pois ali estão as pessoas que mais amo na vida, tem gente mundo a fora que diz que não temos amigo apenas pessoas no qual podemos conversar e só o básico porém devo ter achado ouro, esse daqui já considero meu irmão, tantos anos de corre e ele nunca largou minha mão, quando estamos na pior sempre um dá um jeito de se levantar de novo e continuar na caminhada.
O celular de minha tia começa a fazer aquele barulho irritante de chamará enquanto espero impaciente para que um deles e eu possa finalmente pôr um grande fim nisso, e não é isso que acontece pois nenhum dos dois atendem, não é possível que nem pra isso eles servem.
—Não foi desta vez, boa noite pra vocês—pego meu celular novamente e caminho até meu quarto e vejo que Kaio está logo atrás.
—O que está acontecendo? Você não protestou ou tentou se negar a ligar pro teus pais, tá acontecendo alguma coisa contigo, diz logo—ele não consegue ficar em pé nunca, se joga no puff que tem encostado na parede.
—Pra falar a verdade nem eu sei o que está acontecendo direito, eu só quero descansar depois do dia de hoje.
—Como foi lá?—faz cara de curioso.
—Tu não me conta suas aventuras com a Lina não.
—Pra que? As coisas que nós faz não é pra ninguém saber não—nojento.
—Ah, foi uma parada boa, pegue-o tem conselho e já beijei logo e então em um dos momentos a mãe dela apareceu e tive que vir embora—digo sem contar muito sobre.
—Caralho, não sabia que era tão atacante assim não—começa a me zoar.
—Cala a boca, eu tive que me esconder pois se a mãe dela soubesse que eu estava ali estaria morto, enquanto estava no closet enorme que a paty tem só estava escutando o que elas conversavam, como eu posso querer ter alguma coisa com a mina quando a mãe dela ainda acha que ela quer o arrombado lá do Igor?
—Agora que eu tenho namorada só tenho algumas coisas a dizer, acho que ela não sente mais nada por esse aí não, Lina tava me dizendo um dia que agora ele vive atrás dela e não é a primeira vez que ela diz para deixá-la em paz—agora está entretido com um brinquedo que deve ter achado por aí.
—Difícil demais.
—Manda mensagem pra ela, as vezes a melhor opção é dizer o que sente, como quer que isso se resolva se não conta pra ela como sente? E desta forma que se cria um relacionamento bom é saudável—até ontem era um nada e hoje virou um grande psicólogo.
Estou assustado com o que essa Lina está fazendo com o meu melhor amigo, sinto que ele está mudando demais para um cachorrão da favela assim como ele se chamava.
—Afasta ae, aqui está desconfortável—me empurra quase para a beirada da cama, quase me fazendo cair.
—Folgado—digo.
Ficamos ali na bobeira mesmo, falando sobre a vida e então ele foi embora, dizendo ele que tinha horário para fazer alguma coisa, eu tenho certeza que foi para casa dormir e está inventando este tipo de coisa, de qualquer modo isso não é nada da minha conta, me preparo para dormir tentando esquecer um pouco esses problemas, pelo menos em meus sonhos eu preciso tê-la pra mim, e desta vez não vai ter ninguém que atrapalhe a nossa felicidade, apenas eu e ela para sempre.
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Me perdoe mas não vou voltar.Pode por alguém em meu lugar, quem está decidido desta vez sou eu.
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𝗔 𝗗𝗮𝗺𝗮 𝗘 𝗢 𝗩𝗮𝗴𝗮𝗯𝘂𝗻𝗱𝗼
Fanfiction𝗤𝘂𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗚𝗶𝘂𝗹𝗶𝗮 𝘀𝗲 𝘃ê 𝗲𝗺 𝘂𝗺 𝗯𝗲𝗰𝗼 𝘀𝗲𝗺 𝘀𝗮í𝗱𝗮, 𝘀𝘂𝗮 𝗺ã𝗲 𝗮 𝗽𝗿𝗼í𝗯𝗲 𝗱𝗲 𝗳𝗶𝗰𝗮𝗿 𝗰𝗼𝗺 𝘀𝗲𝘂 𝗮𝗺𝗼𝗿 (𝘂𝗺 𝗺𝗼𝗿𝗲𝗻𝗼, 𝗺𝗮𝗿𝗿𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗲 𝗱𝗮𝘀 𝗿𝘂𝗮𝘀), 𝗲 𝗻𝗶𝘀𝘀𝗼 𝗰𝗼𝗺𝗲ç𝗮 𝗮 𝗵𝗶𝘀𝘁ó𝗿𝗶𝗮 𝗱𝗮 𝗱...