𝗔 𝗗𝗮𝗺𝗮 𝗘 𝗢 𝗩𝗮𝗴𝗮𝗯𝘂𝗻𝗱𝗼

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Giulia

"Corro sobre o campo, com meu cabelo voando sobre os ventos, enquanto procuro um lugar tranquilo para poder descansar, meu corpo está cansado e muito sobrecarregado, uma dor invade o meu estômago e aquilo dói demais, chega a ser insuportável, minha cabeça foi também, tudo parece doer um pouco, mas o que é mais insuportável é a dor do coração.

Levanto correndo assim que sinto o que eu comi, subir de volta pra sair tudo pra fora. Abro os olhos assim que entro no banheiro desesperada, e começo a vomitar tudo pra fora, não comi muita coisa mas tudo o que eu tinha comido, estava pra fora agora. A dor que fica na garganta por jogar tudo pra fora, é muito estranho e dolorido, misericórdia. Abro um pacote de escovas novas que tinha no armário da pia e já aproveito pra escovar os dentes, não sei o que aconteceu ontem, mas sinceramente eu estou exausta e não pretendo voltar pra casa hoje. Talvez eu vá passar meu sábado na casa da Lina, eu super me mudaria pra cá, aqui é lindo e a mãe dela tá viajando, vai passar mais de cinco dias fora.

Volto pra casa que me deixaram e me arrumo pra deitar de novo, até ver uma pele morena na cama ao lado, e bem na hora a pessoa se move, era o Nicolas? E ainda mais todo jogado e largado, com seu abdômen a mostra e com os braços pra cima, que visão meu pai. Nem dá tempo de admirar muito pois ele acorda, tomo um susto e ele abre um sorriso largo, o que foi que eu fiz na noite passada? Eu não posso ficar com ele, minha mãe vai me matar.

- Bom dia - Ele diz se espreguiçando é caminhando até o banheiro.

Meu Deus do céu, o que foi que eu fiz? Nada pode ter acontecido na noite anterior, não depois de tudo.

- Tu tá muito mal educada hein - Diz com aquele sorriso sacana.

- Sim Nicolas - Digo seca enquanto arrumo a cama.

- Pode deixar que eu arrumo pra você - Diz pegando os lençóis da minha mão.

- Eu não te pedi nada - Me dá vontade de rir da cara de ofendido que ele faz.

- Qual foi cara? Vai começar com isso de novo?

- Não terminei nada - Fito o chão para não precisar encarar ele - Bom, se você vai arrumar a cama, eu vou sair do quarto então.

- Eu não vou implorar mais nada não Giulia, mas se tu sair por essa porta, eu espero nunca mais te ver na vida, toma no cu, eu não sou marionete de ninguém não, pra quando tu ficar bêbada falar altas coisas e depois que o efeito passa, esquece as coisas que fala.

- Eu não posso fazer isso Nicolas.

- O que você não pode fazer?

- Ficar com você

- E porque você não me fala o motivo? Eu quero ficar com você Giulia, mas que porra mano, não consegue entender isso? Nem se eu quisesse, eu não conseguiria te esquecer - Ele estava andando e eu dando passos pra trás, estava me sentindo encurralada.

- Nicolas - Não sei o que dizer, eu sinto o mesmo mas se eu aceitar isso, estarei sendo egoísta e estragando os sonhos dele.

- Fala pra mim que tu também não quer e eu te deixo em paz Giulia - Ele não lançou uma dessa com centímetros distante da minha boca.

Talvez eu tenha me segurado demais, ou essa vai ser minha perdição.

- Tu sabe que eu te quero Nicolas - E daí que sinto seus lábios, aqueles deliciosos lábios e com um beijo maravilhoso ainda, sei que irei me arrepender mas eu poderia aproveitar um pouquinho.