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Nicolas

Aquele conforto tava bom pra porra, eu conseguia sentir o cheiro dela assim que respiro, seus cabelos faziam cócegas no meu rosto e meus braços estavam entrelaçados em seu corpo, dava pra sentir como seu corpo estava quente e puta que pariu, aquilo era maravilhoso. Dou aquela pequena abertura dos olhos e vejo que ainda era anoite, talvez umas três da manhã.

(...)

— Levanta Nicolas, rápido — sou balançado e parece uma voz distante — Nicolas.

Decido finalmente abrir os olhos antes dela começar a gritar mais, a mina tá é doida mano.

— Você precisa ir agora, minha mãe vai chegar daqui a cinco minutos Nicolas — ela diz nervosa.

Mas a única coisa que consigo focar é no quanto ela fica bonita quando acorda, seu cabelo estava todo bagunçado e aqueles olhos azuis combinavam com o céu ensolarado que fazia do lado de fora.

— Tu parece uma leoa de manhã cara — digo rindo, enquanto vejo seu cabelo todo bagunçado.

— Nicolas — antes dela terminar o barulho da porta assusta, e sua mãe gritando seu nome ecoa pela casa.

— Giulia — a voz angelical do capeta — Geórgia.

Nós encaramos e vejo ela entrar em desespero, a mina já tava ficando toda vermelha e por alguns instantes eu jurei que ela ia ter um treco.

— E agora Nicolas? Eu sabia que não deveria estar metida nessas coisas, a minha mãe vai descobrir tudo agora — só falta pular igual um foguete do tanto que tava pulando.

— Fica suave mano, não vai acontecer nada não irmão — falei enquanto segurava a mina, se não essa porra caia em um desmaio.

Comecei a pegar minhas coisas antes que ela começasse a chorar de desespero, eu ainda vou me vingar dessa veia desgraçada, filha da puta não deixa nem a própria filha ser feliz irmão, sei que fiz merda e que não sou um cara muito pá das ideia, mas vai se fuder mano.

— Tô indo já carai, fica suave — falo baixo deixando um beijo em sua testa e saio pela janela.

Esse bagulho já tá me deixando puto da vida, eu curto a mina pra carai e ainda tem esses cuzão pra encher a porra da paciência irmão, se eu pudesse saia dando tiro em todo mundo que não deixasse eu e minha branquela ser feliz, pelo menos uma vez na vida eu só queria amar em paz.

(...)

A

h qual foi cara? De novo com essa bagaça. Eu estava a exatamente quatro dias sem falar com a minha branquela, mandava mensagens e ela só visualiza, tento falar com ela na escola e quando ela não está me evitando, está se escondendo, tô ficando chapado com essa história toda irmão.

— Lina tá loucona parça, foi deixar aquelas paradas no meu carro e agora ela tá chapando — Kaio diz enquanto caminhamos pra pegar o busão.

— Ela te proibiu de fumar agora é? — solto a fumaça que prendia na boca e passo o cigarro improvisado pra ele.

— Eu disse que iria parar irmãozinho, mas ela tá metendo o louco demais, quer até que eu faça teste sanguíneo pra ver se eu ainda tô usando ou não.

𝗔 𝗗𝗮𝗺𝗮 𝗘 𝗢 𝗩𝗮𝗴𝗮𝗯𝘂𝗻𝗱𝗼Onde histórias criam vida. Descubra agora