Nicolas
—Tá acordando muito cedo—minha tia diz enquanto parece preparar uma panqueca.
—Eu não quero chegar atrasado de novo não—falo já pegando uma maçã enquanto arrumo as coisas na mochila.
Primeiro dia e primeira impressão, chegar atrasado já pode atrair julgamentos e coisas do tipo, eu só quero ser responsa e transmitir responsabilidades, um cara que não importa suas condições financeiras, dá conta de tudo.
—Tenha um bom primeiro dia de aula—a moça diz e saímos juntos, ela insistiu em me deixar na escola e dessa vez não neguei por conta de ser mais rápido.
A escola parece a merma coisa do dia da excursão, a única coisa que fiquei surpreso foi com a quantidade enorme de pessoas que tem naquela escola, pego o celular já checando a sala sala devo estar antes das sete e meia, sala de química, lá vamos nós. Passando por alguns corredores finalmente encontro, Kaio já estava na sala esperando por mim, me sento ao seu lado mantendo a concentração no celular, depois daqui ainda tenho uns corre maluco pra fazer.
—Achei que não viria, pra alguém como você até que chegou bem cedo desta vez—o moreno ao meu lado começa a me zoar.
—Falou quem o papai vem deixar de carinho na escola.
—Explana pra ninguém não cuzão, preciso manter a postura de bandido ainda mas quando uma novinha já tá na minha.
—Primeiro dia de aula e já está assim?
Pra este aí não tem hora ruim, nem tempo ruim, lembro do tanto de mina que que já apareceu, dizendo ele que iria durar e então já estava com outra diferente.
—Conheci ela no dia de conhecer o colégio, filha da diretora e sabe como é? Deu mole já parti pra cima mesmo.
—Tá bom então.
Somos tão diferentes, eu nunca tive uma namorada se verdade, nesta geração são repletas de pessoas que não gostam de se relacionar com ninguém e eu apenas não faço isso porque ninguém nunca quis ir tão fundo, eu sempre sou sincero sobre o que sinto e isso pode ter feito elas ir embora, bate aquela tristeza quando temos que voltar a viver sem ela porém é necessário, gosto de estar com alguém que esteja disposta a passar por tudo comigo, não esses namoros de criança, comigo o bagulho é desse jeito, e daqui pro mundo.
—Aquela dali não é a menina da excursão? A que você disse que achou maneira—era melhor gritar para que ela possa escutar.
—É mermo—me levanto e vou em sua direção.
Seria falta de educação não agradecer pelo o que ela fez por mim, agora sou um jogador de basquete oficial e não sabia nem como preencher o bagulho todo.
—Só queria agradecer pelo que você fez pra mim, gostei de te ver de novo—estendo a mão para cumprimentá-la.
—Descupe, quem é você?—bateu com a cabeça ou não quer ser vista comigo?
—Naquele dia de mostrar a escola, seu nome é Giulia né?—pergunto.
—Não, eu sou e Geórgia, ela é minha irmã—estende a mão e a cumprimento—Não se preocupe todo mundo sempre confundi.
—Prazer, Nicolas—digo e volto para o meu lugar.
Quem imaginaria que a mina tem uma irmã idêntica a ela? Bagulho doidão, parece até um clone de tão iguais, a única diferença em si tão os estilos que até que são diferentes.
—Que isso, se uma coisa dessa caísse na minha horta eu regava até não aguentar mais—diz Kaio admirando a moça.
—Para de ser tarado cara—meto um tapa em sua cabeça, só pra aprender a ficar esperto.

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𝗔 𝗗𝗮𝗺𝗮 𝗘 𝗢 𝗩𝗮𝗴𝗮𝗯𝘂𝗻𝗱𝗼
أدب الهواة𝗤𝘂𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗚𝗶𝘂𝗹𝗶𝗮 𝘀𝗲 𝘃ê 𝗲𝗺 𝘂𝗺 𝗯𝗲𝗰𝗼 𝘀𝗲𝗺 𝘀𝗮í𝗱𝗮, 𝘀𝘂𝗮 𝗺ã𝗲 𝗮 𝗽𝗿𝗼í𝗯𝗲 𝗱𝗲 𝗳𝗶𝗰𝗮𝗿 𝗰𝗼𝗺 𝘀𝗲𝘂 𝗮𝗺𝗼𝗿 (𝘂𝗺 𝗺𝗼𝗿𝗲𝗻𝗼, 𝗺𝗮𝗿𝗿𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗲 𝗱𝗮𝘀 𝗿𝘂𝗮𝘀), 𝗲 𝗻𝗶𝘀𝘀𝗼 𝗰𝗼𝗺𝗲ç𝗮 𝗮 𝗵𝗶𝘀𝘁ó𝗿𝗶𝗮 𝗱𝗮 𝗱...