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Nicolas

—Deixa eu ver o teu também—digo para a garota que começa a mecher em meu celular, como se eu tivesse motivos pra trair alguma coisa assim.

—Pode pegar, não tem nem senha pra provar que não escondo nada, por quê virou o celular quando iria ver?—pergunta enquanto aparece com aquela cara de brava que a deixa tão bonita que chega a ser irritante.

—Privacidade, não é da sua conta—digo e parece a deixar mais brava.

—É mesmo? Pois tome, não quero olhar mais nada não—se levanta da cama e a puxo de novo, tá achando que vai fugir de mim assim? Tá maluca-Me solta agora.

—Relaxa aí, tava falando com o Kaio, pode olhar as mensagens aí—digo enquanto estou segurando sua cintura, devagar domando a ferinha que ela tem.

Ela começa a fuçar todos os cantos que o celular tem e me sinto tranquilo, quem ano deve não teme, vejo o sorriso que ela se força e com toda certeza deve ser alguma besteira que disse pro Kaio ou então as coisas aleatórias que tenho na galeria que baixo do pinterest.

—Salvou meu contato como Paty favorita?—pergunta me mostrando o celular que em suas mãos parece ser até mais atraente, suas unhas recém feitas que poderia pedir de joelhos feito um cachorro para que me arranhe.

—Achei que já soubesse, o meu tá como?

—Nicolas.

Namoral, a gente tenta ser fofo com alguém assim e é desta forma? Decepção.

—Vou trocar agora—pego o celular de suas mãos pronto para trocar o nome até que ela me impede.

—É mentira, está como "Astro do basquete".

Aquele sorriso de convencido surge em meus lábios, essa porra só veio no mundo pra me fazer de otário mermo, mechendo com meus sentimentos como se não fosse nada, mudando eles a todo o momento.

—Estava com vergonha de dizer?—pergunto enquanto vejo aquele rosto ficar todo rosado.

—Eu sabia que ficaria todo deste jeito, parecendo um convencido—a beijo antes que ela possa falar besteira, tão bom fazer isso a hora que eu quero e quando sentir vontade.

—Nicolas, vem pegar suas roupas-minha tia bate na porta me interrompendo de um momento bom.

—Já vou—ela se levanta de meu colo para que eu possa levantar.

Típica manhã de sábado que passamos juntos, não sei o que ela inventou pra conseguir sair de casa porém parece que deu certo.

—Eu te ajudo—ela me segue enquanto segura em minha cintura com suas unhas cor bege.

—Opa, você deve ser a Giulia né?—minha tia pergunta enquanto vê nós passar pelo corredor.

—É um prazer conhecer a senhora, a tia de Nicolas.

—Suponho que ele não diga mal de mim, caso contrário irei dar uns puxões de orelha nele—diz brincando porém com aquele tom de verdade bem no fundo.

—Jamais—ela diz e puxo para que possamos logo acabar com isso e poder aproveitar o máximo que conseguimos juntos, ter esses momentos sem que ninguém atrapalhe qualquer movimento que façamos e muito raro.

𝗔 𝗗𝗮𝗺𝗮 𝗘 𝗢 𝗩𝗮𝗴𝗮𝗯𝘂𝗻𝗱𝗼Onde histórias criam vida. Descubra agora