𝗔 𝗗𝗮𝗺𝗮 𝗘 𝗢 𝗩𝗮𝗴𝗮𝗯𝘂𝗻𝗱𝗼

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Giulia

Uma semana já havia se passado e hoje era dia dele voltar pra casa, uma semana me pareceu uma eternidade mas comparar com um relacionamento a distância aonde eles dois vivem separados um do outro, esses dias não eram quase nada.

Minha enorme vontade era de pegar o primeiro vôo e ir embora dessa casa, minha mãe parecia estar insuportável esses últimos dias, todo santo dia tentando ao máximo pegar no meu pé.

Nunca fui o tipo de garota mimizenta, que fala mal dos pais e que desvaloriza tudo o que eles fazem, mas realmente a minha situação está difícil.

- Já pegou suas coisas Giulia? - a mais velha grita do andar de baixo.

Iríamos passar um sábado quase em família, indo almoçar no shopping e claro que essa ideia foi minha, este shopping é dentro do aeroporto aonde eu vou inventar alguma desculpa pra minha mãe pra poder fugir e me jogar em seus braços.

- Já mãe - digo prontinha ao me ver no espelho, meus cabelos loiros um pouco ondulados por conta do baby liss caem aos ombros.

O vestido azul que chega até um pouco acima do joelho estava realçando a cor dos meus olhos, me sentia bonita.

- Minha menina tá crescendo tanto, a alguns meses atrás ficava sendo trouxa por um macho escroto e agora cuida do amor que ela tem, eu te amo - minha irmã diz me abraçando e retribuo o abraço.

Apesar das brigas somos irmãs e independente do que aconteça nada vai conseguir quebrar a conexão que temos.

E então assim que pronta desço as escadas e partimos para o shopping, de acordo comigo, ele vai chegar por volta das duas da tarde então dá tempo para que eu possa fazer alguma coisa.

- Acho que deveríamos ir no Outback - minha mãe diz e minha irmã discorda, carne nunca foi o forte de Georgia - O que vc quer então?

- Pizza.

- Essa hora da manhã Georgia? De jeito nenhum.

- Mas mãe, tô com fome de pizza - a vejo fazer seu drama matinal que acaba convencendo minha mãe e então vamos até a Domino's.

No fim pedimos pizza de marguerita e calabresa tradicional, pedi dois pedaços pra viagem pois já estava bolando algo pra fugir.

Enquanto as duas comem e conversam, o horário só continua correndo e então preciso iniciar meu teatro.

- Aí meu deus - digo chocada ao olhar pro celular.

- O que foi? - a mais velha pergunta enquanto espera por resposta.

- Sabe aquela pulseira que eu te disse? Chegou aqui no shopping mãe, mas é unidade ilimitada.

- Giulia, depois você vê isso - diz e só faltou dizer que temos dinheiro o suficiente pra comprar o shopping inteiro e levar todas as pulseiras que eu quiser.

- É sério mãe, essa pulseira é realmente ilimitada, pq são feitas por artistas da banda favorita - Georgia me ajuda e iria complementar meu nome mas sabe que minha mãe não iria acreditar - Do Igor.

Poderia ser qualquer nome, mas logo aquele não.

A mulher cerra os olhos por alguns instantes mas então assente com a cabeça e abre um leve sorriso de felicidade, misericórdia.