𝗔 𝗗𝗮𝗺𝗮 𝗘 𝗢 𝗩𝗮𝗴𝗮𝗯𝘂𝗻𝗱𝗼

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Giulia

Foco e determinação e o que me deve contaminar neste momento, continuar com a vida que tenho e apenas seguir enfrente, tenho uma família bem estranha que pode ter acabado com a única coisa que deve ter dado certo na minha vida ou então a única coisa que meus pais não teve que pagar para que eu consiga entrar.

—Ele não mandou mensagem?—Geórgia com sua mania de nunca bater na porta entra no quarto.

—Não, e eu entendo—digo arrumando a mochila que estava mais bagunçado do que toda a minha vida.

—A mamãe e tão previsível, imagina se ela soubesse que ele estava lá e por isso disse—essa pode ser uma boa suposição—Isso poderia ser algo bem a cara dela, sabe que você não se afastaria e então quis afetar ele para acabar de uma vez com isso.

—Minha mãe nunca faria isso, é muito bem orquestrado—digo tentando sumir com essa ideia da minha cabeça.

—Bom de qualquer modo, irá aparecer na escola da mesma forma que costuma aparecer, bonita e cheia de si como sempre—poderia compartilhar essa pessoa maravilhosa que compartilhei a barriga da minha mãe porém essa daqui é só minha.

—Estou bem, vamos para a escola pois tem sociologia e eu não posso perder isto de maneira nenhuma—digo abrindo o melhor sorriso que consigo achar.

Não é como se eu estivesse me sentindo a pior pessoa do mundo por um fim que nem começou direito, só vai ser estranho as coisas não ser como antes, sem todos aqueles papos melosos sobre futuro e coisa do tipo, já deveria saber que isso uma hora ou outra teria um fim, de qualquer forma, só quero seguir em frente como sempre, sem ele ao meu lado talvez porém seguindo, posso estar me precipitando demais sobre este assunto, as vezes ele não mandou mensagens pois está ocupado ou então precisa de um tempo para pensar se isso tudo vale a pena, eu fiz a minha decisão quando decidi que arriscaria ser mandada mundo a fora apenas para viver uma nova experiência com uma pessoa especial, não sei se ele terá a mesma opinião sobre porém quero que ele diga se quer ou não continuar com isso, caso contrário só seguiremos nossas vidas normalmente.

—Como foi seu final de semana?—Lina pergunta assim que entro dentro da sala, totalmente coberta por roupas de frios pois o tempo de chuvas se iniciaram, não sei se fico feliz pois isso poderá ser uma das desculpas para que eu possa visitar meu lugar favorito ou então motivo de tristeza pois as aulas serão totalmente dentro de salas trancadas.

—Foi bom, treinando como sempre para o campeonato—não quero me abrir muito sobre isso, ainda mais aqui dentro de sala com todas essas pessoas que amam falar algo de vida alheia.

—Sempre focada no futuro—aquele olhar de orgulho começa a iluminar seus olhos—Vai ser tudo a festa do pijama na escola, minha mãe já providenciou as melhores coisas.

—Aí meu deus, nem sei se irei vir este ano—mal deixa que eu acabe de falar e já começa me atropelando com suas palavras.

—Você vai vir sim, nosso último ano e quero lembrar dos nossos melhores momentos aqui antes de te ver em Harvard—soa tão bem com seu sotaque americano.

—Tantos momentos a gente já viveu e você ainda insiste em termos mais.

A aula se inicia e agradeço por não ver o rosto de Igor por hoje, minha cabeça está pulsando assim como um coração acelerado, uma dor insuportável que poderá passar depois de alguns segundos que tomei o remédio, sinto um ódio enorme por remédio como esses que não dão um resultado como imediato, poderia ser rápido e aumentaria a minha produtividade.