42. Coreia.

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🇧🇷
Marianna

Bom, segundo jogo das fases de grupo. Contra a Coreia hoje. Tivemos mais alguns dias pra treinar e hoje vai ser o jogo contra as coreanas. Já tive uma experiência jogando contra algumas coreanas em um time coreano, e elas não são muito agressivas não. Isso é bom.

12h estaria no estádio, e era 6h da manhã e eu já estava de pé. Iríamos para o estádio as 11h pra dar uma treinada antes do jogo.

Ney: Cês vão amassar essas coreanas- me dá um beijo.

Mari: Óbvio amor. Nó, meu pé tá doendo do treino de ontem, que quase torci.

Ney: Toma cuidado lá, não implica pra não levar taco. Depois eu faço massagem no seu pé.

Mari: Sim, as coreanas são de boa. Tô é com medo. Vai que eu fico lesionada e não jogo mais?

Ney: ei, parou com isso. As ideia torta aí.
Cê não vai se lesionar não viu, vai ganhar esse jogo, e todos os outros.

Mari: é, vou mesmo. Vamo logo, senão o Tite vai sem nois.

Ney: Bora.

Descemos e entramos no ônibus da seleção, e fomos para o estádio. Tomei um café da manhã reforçado pois almoçaria só depois do jogo, e comer antes do jogo não dá certo, pesa muito.

Chegamos no estádio e eu já ajusto minha chuteira. Tivemos um breve treino ali e o jogo já estava pra começar. Nosso hino começou e depois o da Coreia.

Fomos para nossos lugares, e a árbitra apita e jogo se inicia com a posse pra Coreia.

Atacamos ao máximo e a bola estava conosco uns 85% das vezes. Porém a defesa delas é boa e já nos impediu de fazer gol duas vezes. Assim que a bola vem pra mim eu acelero driblando as coreanas e passando pela maioria.

Tento um chute de fora da área, mas a goleira defende indo pro pé da Coreia e saindo na linha de fundo. Escanteio pra nós.

Será que dá? Me pergunto e visualizo a bola entrando no gol. Dá sim.

Chuto a bola retinha, que dá a curva e entra no gol. Impossível a goleira pegar.
Saio correndo comemorando, caraca mané, fiz um gol olímpico na copa.
Brasil 1x0 Coreia. Aos 35'.

A torcida tava louca, por provavelmente nunca ter pensado que algo assim poderia acontecer numa copa feminina, mas aconteceu, e fui eu que marquei.

O jogo continua com ambas atacando e ambas defendendo. E o primeiro tempo acaba. Fomos para o vestiário e Neymar vem até mim.

Ney: Caraca, olímpico?- e me dá um beijo.

Mari: Mano, tô nem acreditando.

Tiro minha chuteira e massageio meu pé.

Ney: Cê tá legal?

Mari: Só aquela dor de novo.

Ney: Tem que olhar isso aí depois viu. É perigoso cê jogar assim.

Camisa 10 - NEYMAR E MARIANNAOnde histórias criam vida. Descubra agora