𝗧𝗛𝗘 𝗖𝗥𝗢𝗪𝗡, lucerys velaryon

Capítulo 20: Celebração

Aos poucos, a corte vai se estabelecendo. Grandes casas chegam à Fortaleza Vermelha, todas a convite da rainha, para a celebração de seu dia do nome. Alicent não visava apenas dar um simples banquete; era mais do que isso. Aquele era o momento exato para fortificar alianças e trazer novos laços de apoiadores para o lado dos verdes. Tudo já estava certo; Otto havia cuidado disso pessoalmente por debaixo dos panos. Alicent estava conspirando bem debaixo do nariz do seu rei e marido.

As coisas dariam certo, porém existiam pequenos detalhes que poderiam atrapalhar. Por isso, Alicent deveria cuidar pessoalmente desses empecilhos. A rainha verde só não contava que Alisandre seria um desses empecilhos.

O brilho do luar refletia seu esplendor naquela noite, e as chamas das tochas iluminavam cada corredor da Fortaleza, deixando-a o mais iluminada possível. Os sons dos sapatos das damas da corte batendo contra o chão podiam ser ouvidos, juntamente com a melodia alta que os trovadores tocavam. Rhaenyra estava em seus aposentos, acompanhada de suas enteadas e de Alisandre.

Baela trajava um vestido azul, tão azul quanto as águas do mar. Seus cabelos estavam presos em um coque, deixando apenas dois fios soltos na frente, próximos à sua testa. Um colar de aço valiriano com safiras em seu centro enfeitava o pescoço da princesa. Seus sapatos eram mais elevados que os normais. Os olhos violetas de Baela mostravam um brilho a mais naquela noite. Ao seu lado estava Rhaena, com um vestido de seda dourada, cujas mangas possuíam ricos detalhes em negro. Seu busto estava destacado devido ao decote do vestido. Um colar de ouro lhe acentuava bem, dando ainda mais destaque à sua beleza. Os cabelos da princesa, que sempre estavam enfeitados por tranças, hoje estavam completamente soltos, revelando seus belos cachos platinados longos, abaixo da cintura.

Rhaenyra acabara de arrumar sua trança, deixando-a no topo de sua cabeça. Seu vestido negro com vermelho, com pedrarias de rubi, decorava-a. Em sua testa, sua tão saudosa tiara de rubis de aço valiriano.

Rhaenyra caminhou até o espelho, olhou para seu reflexo sem dizer nenhuma palavra, apenas observando suas vestimentas e joias. Então, ela deu um meio sorriso, virando-se para as garotas. A princesa herdeira deu espaço, analisando suas enteadas e sua futura nora. Ela pediu para que as mesmas se olhassem no espelho, para apreciar a beleza que possuíam.

— Minhas queridas, vocês estão deslumbrantes.

Baela sorriu, agradecendo o elogio da madrasta. Rhaena retribuiu o elogio com outro, direcionado a Rhaenyra. Alisandre agradeceu e comentou como a herdeira do trono estava bela, afirmando que, se não fosse noiva de Lucerys, ela se candidataria a casar com Rhaenyra. O comentário fez a citada rir; Baela acompanhou a risada, enquanto Rhaena encarava Alisandre com uma sobrancelha arqueada e um olhar penetrante.

Alisandre foi puxada por Rhaena. Ambas se despediram de Rhaenyra, arrastando Baela consigo. Elas foram em busca de seus acompanhantes e noivos.

Daemon estava acompanhado de seus enteados, todos trajados respectivamente de negro e vermelho, exceto Lucerys, que trajava azul, o azul dos Velaryon, com o brasão de sua casa em um mínimo detalhe em sua roupa. Rhaenyra e Daemon concordaram que o herdeiro de Derivamarca deveria usar a cor de sua casa. Segundo eles e Corlys, era o mais adequado. Jacaerys, como herdeiro da herdeira do trono, deveria vestir o negro dos Targaryen, já que, no dia que fosse proclamado rei dos Sete Reinos, o nome Targaryen seria o que permaneceria. Joffrey, como segundo na linha de sucessão de Derivamarca, poderia usar o azul, mas não era tão cobrado quanto Lucerys. O jovem príncipe optou por vestir o negro e vermelho.

Os príncipes foram ao encontro de suas acompanhantes. Daemon se despediu de seus enteados e de suas filhas, que logo dispuseram da companhia uns dos outros, seguindo caminho. Enquanto isso, o príncipe rebelde seguiu para os antigos aposentos da esposa, onde a mesma estava a terminar de se arrumar.