A manhã estava calma, e os quatro conversavam pacificamente entre si.
— Alisa falou que irá nos levar a um lugar legal.
Da última vez que disse isso, Alisandre arrastou Luke para um bordel, onde os dois ficaram tão bêbados ao ponto de dormirem instantaneamente.
— Se chama Jardins de Água, um palácio onde os nobres mandam seus filhos para se divertirem. — completou Rhaena.
— Você e Alisandre estão muito amigas ultimamente.
— Acho que nós duas estamos, não só a Rhaena, Jacaerys. — indagou Baela. O Velaryon mais velho apenas acenou para a noiva concordando com sua fala.
— Amanhã bem cedo iremos partir, então devemos nos divertir por hoje. - o Velaryon mais novo caminhou até a porta.
— Concordo, agora temos que ir. — Rhaena tomou a frente.
Os quatro saíram em direção à entrada do palácio. Jacaerys e Baela notaram os pequenos atos e mudanças em Lucerys e Alisandre. A aposta ainda estava de pé, e Baela pretendia ganhar esse jogo. Ao chegarem aos portões, havia cinco cavalos à espera, um deles era Lucky, o garanhão selvagem de Alisandre.
Sua crina era tão escura quanto a noite, seu porte físico incrível, grande como um cavalo de guerra, veloz e indomável, assim como sua dona. Um cavalo digno de uma princesa de Dorne. Seu nome fora dado como uma forma de provocação ao noivo da princesa, mas com o passar dos anos a jovem esqueceu-se desse mínimo detalhe.
— Que demora, pensei que já tinham desistido. — Alisandre disse aos quatro que a olhavam.
— Jacaerys que se atrasou e nos atrasou também. — Baela apontava para Jace enquanto dedurava o noivo. Alisandre balançou a cabeça negativamente.
Lucerys, sem mais rodeios, caminhou até um dos cavalos e montou rapidamente. Logo depois, o restante fez o mesmo. Alisandre tomou as rédeas de seu cavalo e o conduziu para fora dos portões, sendo acompanhada pelos três atrás de si.
Rhaenyra, Daemon e Qoren, que observavam tudo de cima, se deram por satisfeitos com aquela interação de seus filhos.
— Princesa Rhaenyra, temos ótimos pátios de treinamento. Se desejar, pode acompanhar seu marido enquanto treinam, afinal, faz um tempo desde a última vez que segurou uma espada. — Qoren guiava Daemon e Rhaenyra pelos corredores.
— Minha esposa uma vez me disse que aposentaria sua espada, mas já faz tanto tempo; talvez seja a hora ideal para voltar aos treinos.
— Faz tanto tempo, não sei se ainda levo jeito para isso.
— Princesa, empunhar uma espada é como aprender a andar. Não importa quanto tempo passe, você sempre saberá o que deve fazer. — Daemon concordou com a fala de Qoren.
— Tudo bem, mas meus trajes não são adequados para isso.
— Faremos assim: você e o príncipe Daemon irão vestir os trajes ideais, enquanto isso o pátio será preparado para o treino dos dois.
Rhaenyra acenou positivamente para Qoren, Daemon fez o mesmo. O casal despediu-se do príncipe de Dorne e seguiu para seus aposentos, onde dois trajes seriam entregues para que pudessem treinar mais confortavelmente.
[...]
Trajando malhas de couro, Rhaenyra retornou ao pátio de treinamento acompanhada de Daemon, que vestia o mesmo que a esposa.
Daemon caminhou até o centro do pátio com Dark Sister ainda no coldre. Ele esperou a esposa se aproximar com sua própria espada em mãos, a denominada Dark Queen, nome que foi dado pela própria Rhaenyra como uma forma de homenagem a Dark Sister, a espada que foi de Visenya Targaryen, a irmã-esposa de Aegon, o Conquistador. Dark Sister atualmente pertence ao príncipe Daemon Targaryen.
Rhaenyra parou no centro do pátio, ficando de frente a Daemon. Ela lançou um olhar de afronta e desafio, um sorriso sugestivo enfeitou os lábios de Daemon que reparava em cada detalhe de Rhaenyra.
— Você pode se render agora, e não sofrerá nenhum arranhão. — Rhaenyra sugeriu de forma provocativa.
— Querida esposa, eu estou disposto a correr este risco. — sorriu ladino.
Rhaenyra deixou escapar um mínimo sorriso, em seguida avançando para cima de Daemon. As espadas se batem, Rhaenyra desvia das investidas de Daemon. Ela gira seu pulso manuseando a espada enquanto toma espaço, em seguida avança novamente em Daemon que, por sua vez, desviou dos ataques. Daemon contra-ataca Rhaenyra, aproveitando sua guarda baixa; porém, Rhaenyra repele o ataque com sua própria espada, agora é a vez da princesa fazer seu contra-ataque.
Mexendo seus pés rapidamente como se fosse uma dança, Rhaenyra avança com tudo, não deixando brechas para Daemon tentar mais investidas. Ela o mantém ocupado se defendendo de seus ataques. Daemon dá um passo para trás, então a prateada chuta seu peito com tudo, fazendo-o cambalear, mas logo ele retorna à sua postura. Daemon segura o ataque de Rhaenyra forçando suas espadas uma na outra; ambos deixando seus pontos fracos à mostra. Em um giro, Daemon aponta sua espada para a cabeça da esposa, enquanto Rhaenyra aponta a sua na garganta do marido.
O som de palmas pode ser ouvido, então Rhaenyra e Daemon abaixam suas espadas, as guardando novamente no coldre. Qoren se aproxima dos Targaryens com um rosto amigável.
— Que espetáculo, está vendo princesa? Eu lhe disse.
— Pelo visto, você estava certo, príncipe Qoren. — Rhaenyra arruma os fios soltos que caíam sobre sua testa.
O Dornês acena positivamente. Em Daemon, uma faísca de ciúmes se acende ao lembrar da vez que Viserys veio a comentar que desejava casar Qoren com Rhaenyra.
— Minha esposa é uma mulher completa, uma verdadeira dama e uma guerreira. — Rhaenyra percebeu o ênfase nas palavras do príncipe. Ela conteve-se e se aproximou do marido.
— Príncipe Qoren, se nos der licença, nós iremos continuar a treinar. — tentou ser o mais delicada possível.
— Claro, então irei indo, tenham um bom treino. — Qoren despediu-se e saiu do pátio seguindo pelos corredores.
Daemon se aproximou de Rhaenyra e a puxou pela cintura.
— Graças aos deuses que vamos embora amanhã, pois estou com a impressão que Qoren está se encantando por você, meu amor. — Apertou suas mãos contra a cintura da prateada.
— Não seja assim Daemon, ele está apenas sendo gentil conosco. — retrucou.
— Muito gentil, principalmente com você. — aproximou seu rosto do de Rhaenyra.
— Espere, Daemon Targaryen está com ciúmes? — um sorriso surgiu nos lábios da Targaryen.
A gota d'água. Daemon tomou os lábios de Rhaenyra mordiscando-os, fazendo-a corresponder ao beijo; Daemon se afastou da esposa e a olhou dos pés à cabeça.
— Deveria usar mais roupas assim, meu bem. — o príncipe rebelde sacou sua espada.
— Lembrarei disto quando voltarmos para Pedra do Dragão. — Rhaenyra sacou novamente a espada.
A estadia em Lançassolar estava acabando, logo os Targaryens voltariam para casa; e quando chegassem em Pedra do Dragão, uma surpresa os aguardava.
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𝗧𝗛𝗘 𝗖𝗥𝗢𝗪𝗡, lucerys velaryon
FanficA aliança entre duas grandes casas é construída por uma união conjugal. Uma aliança feita em prol dos interesses políticos. A casa Targaryen de Westeros: Os grandiosos senhores de dragões, que carregam consigo o legado e o sangue da velha valiria. A...