Capítulo 27: Coroação

709 76 36
                                    

Rhaenys Targaryen, avó de Lucerys, Joffrey e Jacaerys Velaryon, chegou à Pedra do Dragão acompanhada de seu marido, Lorde Corlys Velaryon, avô das crianças. Os avós dos filhos de Rhaenyra estavam presentes para apoiar a coroação de Rhaenyra em resposta à usurpação de seu irmão. Enquanto isso, em Dorne, a carta enviada pelo príncipe Jacaerys a Daemon acabara de chegar. Na carta, Jacaerys informava sobre a traição dos Hightower e a usurpação de Aegon após a morte de Viserys. Além disso, a carta também mencionava que Rhaenyra estava em trabalho de parto com complicações, e a princesa solicitava a presença de Daemon e Lucerys de volta à Pedra do Dragão.

Daemon leu a carta com um semblante sério e decidiu informar a situação a Qoren Martell, pai da noiva de Lucerys. No entanto, ele não tinha intenção de contar imediatamente a Lucerys ou a Alisandre, pois sabia que seria um choque para ambos, especialmente para a princesa Martell, que estava grávida.

No salão principal da Pedra do Dragão, Rhaenys Targaryen andava de um lado para o outro, demonstrando sua preocupação pela saúde de Rhaenyra e a segurança do reino. Lorde Corlys Velaryon permanecia ao seu lado, tentando acalmá-la com palavras reconfortantes. Os convidados presentes na Pedra do Dragão, incluindo nobres leais a Rhaenyra, discutiam sobre os eventos recentes e o futuro incerto dos Sete Reinos.

Enquanto isso, Daemon se encontrava no pátio externo, onde Qoren Martell o esperava. Os dois homens estavam afastados dos olhos curiosos, próximos a uma fonte onde a água fluía calmamente. O sol de Dorne brilhava intensamente sobre eles, mas a tensão no ar era palpável.

— Qoren, recebemos notícias preocupantes — disse Daemon com seriedade, entregando a carta de Jacaerys a Qoren. — Os malditos Hightower traíram Rhaenyra, e Aegon usurpou o trono após a morte de Viserys. Além disso, Rhaenyra está em trabalho de parto com complicações.

Qoren Martell pegou a carta e leu atentamente. Sua expressão se tornou sombria, revelando sua preocupação com a situação. Ele olhou para Daemon e perguntou com urgência:

— O que faremos agora? Rhaenyra precisa de ajuda, e Lucerys está aqui, alheio a tudo isso.

Daemon suspirou, olhando para o chão antes de responder.

— Não podemos contar a Lucerys agora, não com Alisandre grávida. Seria um choque para ambos. Vou escrever uma carta para Jacaerys, instruindo-o a vir imediatamente com todas as informações que ele tem. Precisamos reunir as forças leais a Rhaenyra e agir rapidamente.

Qoren assentiu, compreendendo a gravidade da situação.

Na Pedra do Dragão, no grande salão do castelo, os nobres reunidos aguardavam com expectativa a coroação de Rhaenyra, a verdadeira herdeira do Trono de Ferro. O ambiente estava repleto de tensão e rivalidade, pois a coroação de seu irmão usurpador ainda estava fresca na memória de todos.

No centro do salão, no trono imponente de pedra, Rhaenyra estava vestida com um manto de seda negra bordado com dragões dourados, símbolo da Casa Targaryen. Seus cabelos prateados estavam soltos, destacando sua beleza e força.

Rhaenys Targaryen, a rainha que nunca foi, avançou solenemente em direção a Rhaenyra, segurando nas mãos a coroa de ouro de seu antecessor. Seus olhos violetas brilhavam com determinação e orgulho enquanto caminhava em direção à herdeira legítima do trono.

Ao chegar perto de Rhaenyra, Rhaenys ergueu a coroa com reverência e colocou-a sobre a cabeça da jovem Targaryen. A coroa cintilou à medida que descia, envolvendo-a em um halo de poder e responsabilidade. Os presentes observavam em silêncio, maravilhados com a cena diante de seus olhos.

Com a coroa agora em seu lugar, Rhaenyra ergueu a cabeça e olhou para o salão. Sua expressão era firme e determinada. Ela sabia que tinha um longo caminho pela frente, repleto de desafios e traições, mas estava pronta para enfrentá-los em nome de sua família e do reino.

Rhaenys, então, tomou a palavra e proclamou com voz poderosa:

— Rhaenyra da Casa Targaryen, primeira de seu nome, rainha legítima dos Ândalos e dos Roinares e dos primeiros Homens, Senhora dos Sete Reinos e Protetora do Reino! — Suas palavras ecoaram pelo salão, ecoando a legitimidade do reinado de Rhaenyra.

Os presentes, em resposta, levantaram-se de suas cadeiras e aclamaram a nova rainha, gritando seu nome e jurando lealdade. Os nobres curvaram-se diante dela, reconhecendo-a como sua legítima governante.

Rhaenyra permaneceu no trono, sentindo o peso da coroa em sua cabeça e a responsabilidade que vinha com ela. Ela sabia que muitos desafios e batalhas estavam por vir, mas estava disposta a lutar pelo seu direito e pela justiça. A coroação marcou o início de seu reinado, e Rhaenyra estava determinada a reivindicar seu lugar no Trono de Ferro e governar com sabedoria e coragem.

O primeiro passo seria a reunião do Conselho Negro. Rhaenyra despediu-se do trono no salão principal da Pedra do Dragão e dirigiu-se ao Salão da Mesa Pintada, onde ocorreriam as reuniões do conselho. Os lordes fiéis a Rhaenyra encaminharam-se para o salão, pois precisavam discutir as próximas ações para com o reino e decidir o destino de seu meio-irmão Aegon, o Usurpador.

No salão imponente da Mesa Pintada, o Conselho dos Negros estava reunido para deliberar sobre o destino de Rhaenyra Targaryen e seu irmão usurpador, Aegon. O ambiente estava carregado de tensão, e a atmosfera era marcada pela determinação e descontentamento de Rhaenyra em relação a seu irmão.

De pé em frente à mesa, Rhaenyra Targaryen exibia uma expressão de desdém enquanto discutia fervorosamente com os lordes de seu conselho. Seus filhos, Joffrey e Jacaerys, estavam ao seu lado, participando ativamente das discussões, demonstrando sua eficiência e habilidades estratégicas. Ambos estavam determinados a garantir o retorno da mãe ao Trono de Ferro.

Além dos filhos, Rhaenyra também contava com a presença de suas enteadas, Rhaena e Baela. Ambas as jovens mostravam-se notavelmente sensatas e diplomáticas, trazendo uma perspectiva mais equilibrada e cautelosa às discussões acaloradas. Suas vozes eram ouvidas atentamente pelos lordes presentes, que reconheciam sua sabedoria e inteligência.

Enquanto os lordes debatiam estratégias e maneiras diplomáticas de conquistar o apoio das grandes casas, Rhaenyra Targaryen observava cada um deles com olhos afiados, analisando suas palavras e gestos. O ódio que ela nutria por seu irmão Aegon era evidente em sua postura e expressão, refletindo uma longa história de rancor e rivalidade criada por sua madrasta, Alicent Hightower.

A discussão continuava por horas a fio, com os lordes apresentando propostas e sugestões, enquanto Rhaenyra escutava atentamente, interrompendo ocasionalmente com comentários cortantes e decisivos. As paredes do salão reverberavam com as vozes altas e exasperadas, enquanto o destino dos Sete Reinos pendia na balança.

No entanto, apesar das tensões e da aversão de Rhaenyra por seu irmão, havia um objetivo comum que unia todos no conselho: restaurar a Casa Targaryen ao poder. Através da diplomacia, estratégia e uma dose de intriga, eles buscavam garantir o apoio necessário para derrubar o usurpador e colocar Rhaenyra no Trono de Ferro.

Enquanto a discussão se prolongava, as habilidades políticas e diplomáticas de Rhaenyra e seus filhos, aliadas à sensatez de Rhaena e Baela, moldavam os planos futuros da Casa Targaryen. O Conselho dos Negros era um reflexo da determinação e ambição de Rhaenyra, pronta para lutar por seus direitos e colocar fim ao curto reinado de seu odiado irmão usurpador.

𝗧𝗛𝗘 𝗖𝗥𝗢𝗪𝗡, lucerys velaryon Onde histórias criam vida. Descubra agora