Capítulo 16: Novos ventos

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A princesa Rhaena Targaryen subiu aos céus com Vermithor, que rugiu estridentemente, chamando a atenção daqueles que estavam próximos de Pedra do Dragão. O rugido da Fúria de Bronze foi rapidamente reconhecido por Daemon e Rhaenyra, que saíram do castelo às pressas para ver o que estava acontecendo. Ao chegarem às ameias do castelo, se depararam com o dragão voando ao redor da fortaleza, e em sua sela estava Rhaena.

Daemon, ao perceber sua filha montada na sela do enorme dragão, deixou escapar um sorriso orgulhoso. Ele admirava sua amada filha voando; finalmente, ela tinha um dragão. Rhaenyra segurou nas mãos do marido, acariciando sua mão direita. A Targaryen levou a mão do marido até seu ventre, e ele virou-se para a esposa, olhando para ela com um deslumbre nos olhos.

— Desta vez será uma menina — afirmou a mulher.

— Meu amor... — Daemon acariciou a barriga da esposa e, em seguida, a abraçou. — Estou feliz, nossas crianças estão crescendo.

— Sim, logo teremos mais uma — sorriu.

— Com certeza, minha adorada esposa — levou as mãos ao rosto de Rhaenyra e, em seguida, selou seus lábios nos dela.

Vermithor pousou próximo ao castelo, e Rhaena desceu de sua sela. A jovem Targaryen acariciou as escamas de seu dragão recém-reivindicado, apreciando cada detalhe da Fúria de Bronze. Lucerys saiu correndo na direção de Rhaena. Alisandre voltou caminhando rapidamente ao encontro da Targaryen. Ao chegar perto da garota, a princesa Martell a abraçou, enchendo-a de elogios pela sua conquista.

Lucerys se aproximou das jovens e as abraçou. Ambas retribuíram o carinho. Alisandre se separou do abraço, deixando apenas Luke e Rhaena se abraçando. O príncipe Velaryon estava alegre pelo feito de sua prima amada.

— Você conseguiu, Rhaena! — Lucerys exclamou alegremente.

— Eu consegui, Luke! — Rhaena apertou o abraço entre os dois.

— Parabéns, Rhaena — Alisandre deixou um selar na bochecha da Targaryen.

Os três jovens caminharam na direção de Rhaenyra e Daemon. O casal esperava alegremente pelos três, principalmente por Rhaena, que havia acabado de reivindicar a Fúria de Bronze. A Targaryen correu na frente, indo em direção ao pai que a esperava junto da esposa.

— Papai, eu consegui! — ela o abraçou fortemente.

— Eu vi, minha querida — ele beijou a testa da filha. — Sempre soube que você conseguiria. Laena ficaria muito orgulhosa de você, filha.

Rhaenyra virou-se para a enteada e a abraçou, dando felicitações por sua conquista. A Targaryen mais velha segurou nos braços de Rhaena e fechou os olhos, deixando um selar em sua testa.

— Estou orgulhosa de você.

Rhaena rapidamente entendeu o gesto de Rhaenyra; aquilo era algo que sua mãe faria se estivesse viva, algo que Laena diria para sua amada filha.

— Obrigada — Rhaena mostrou seu sorriso mais singelo.

Logo atrás, se aproximavam Alisandre e Lucerys, que caminhavam a passos lentos. Os dois se aproximaram dos três Targaryens que estavam conversando. Ao ver o casal vindo em sua direção, Daemon lembrou que precisava avisar sobre o embarque.

— Já que Rhaena possui um dragão, ouso deduzir que ela montará Vermithor em direção à capital junto conosco — falou Daemon, que em resposta ganhou a confirmação da filha.

— Então Alisandre irá acompanhada apenas das aias que cuidam de Viserys e Aegon.

— Não — disse Lucerys. —Eu irei com ela.

Alisandre olhou surpresa para o jovem Velaryon, mas não questionou sua decisão.

[...]

Alisandre apoiava-se na madeira do navio, olhando para as ondas do mar se movendo. Lucerys estava ao seu lado. Acima de suas cabeças, Arrax sobrevoava a embarcação de madeira com as velas da casa Velaryon e os estandartes da casa Targaryen.

— Já parou para pensar como vai ser quando nos casarmos? — Lucerys adentrou no assunto.

— Algumas vezes, mas sempre acabo esquecendo logo em seguida.

— Você seria feliz ao meu lado? — Luke perguntou seriamente, deixando evidente que ele queria abordar o assunto.

— Não irei te responder isso — falou no mesmo tom, demonstrando que por agora não deseja ter essa conversa.

— Tudo bem.

— Luke — chamou-o.

— Pode falar.

— Estou com frio, vamos para dentro da cabine.

— Vamos.

Já era noite, a brisa fria do mar se fazia presente. Luke retirou sua capa e a deu para sua noiva, colocando-a sobre seus ombros, em uma tentativa de trazer uma sensação de conforto e calor. Os dois jovens caminharam em direção à cabine de Alisandre, que ficava próxima da cabine de Lucerys. Ao chegarem em frente à porta de madeira da princesa Martell, Alisandre tentou retirar a capa do príncipe para devolvê-la, mas Luke não permitiu.

— Fique com ela, será sua agora.

— Mas essa não é sua favorita?

— Sim, mas eu quero dar ela para você, então aceite — falou convicto.

— Tudo bem.

Alisandre abriu a porta de madeira e entrou em seguida. Luke ficou do lado de fora, mas a porta ainda se mantinha aberta. Alisa encarava o jovem Velaryon; o contato visual que os dois mantinham parecia uma conversa silenciosa.

— Você quer dormir aqui? - A Martell foi a primeira a se pronunciar.

— Tudo bem por você?

— Luke, já consumamos nosso casamento antes mesmo de casar, e também já dormimos juntos antes — argumentou a loira.

— Estávamos bêbados quando dormimos juntos. E sobre a consumação... bom, isso não posso negar.

— Vamos, entre de uma vez! — Alisa puxou Luke para dentro de sua cabine. — Não deveríamos falar disso tão abertamente em frente à minha porta.

— Tudo bem, você tem razão.

Alisandre retirou a capa de seus ombros e a deixou no centro da cama. A jovem se jogou na cama, dando leves batidas sobre a mesma. Ela chamou por Luke, que rapidamente foi ao seu encontro. Lucerys deitou sua cabeça no colo de Alisandre. A garota acariciou os cabelos platinados do jovem príncipe.

— Nossa estadia na capital não será nada agradável. Se depender dos meus tios, eles farão do nosso curto tempo na Fortaleza Vermelha um verdadeiro inferno.

— Não ligo. Quero que seus tios se fodam — Lucerys riu da fala da loira.

— Eu também quero, Alisa.

— Ótimo.

Ambos riram juntos. O curto período de convivência entre Lucerys e Alisandre os ajudou em suas relações de provocações e irritações. Talvez a presença de Rhaena tenha ajudado a melhorar a relação entre o príncipe e a princesa. Os dois andavam mais próximos desde a última vez que foram avistados juntos.

[...]

— Logo nosso querido sobrinho estará na capital - disse Aegon enquanto tomava uma taça de vinho. - Ouvi rumores que a noiva dele é extremamente bela, uma beleza dornesa em nossas terras, que ironia.

Aemond se mantinha calado, apenas balançando a sua taça de vinho, sem dizer nenhuma palavra até então.

— O que acha de irmos receber nossos sobrinhos, os garotos fortes de nossa querida irmã?

— Acho uma ótima ideia - Aegon sorriu com a taça entre a boca.

𝗧𝗛𝗘 𝗖𝗥𝗢𝗪𝗡, lucerys velaryon Onde histórias criam vida. Descubra agora