48 - Dueto

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Barry acompanhou a Millie até o local onde ele estava anteriormente, enquanto a Kara foi com Tommy para a boate do Cortador. Quando Digsy e Stein viram que a Millie tinha voltado, eles rapidamente foram até ela, dando um abraço apertado em ambos.

— Graças a Deus você está bem! — Digsy disse.

— É, claro que eu estou. — Millie sorriu para ele. — Barry e Kara me disseram que você os mandou atrás de mim.

— Estávamos preocupados. — Stein os defendeu.

— Papais, não há motivo para se preocuparem.

— Papais? — Barry perguntou, surpreso com aquilo.

Os três olharam para ele, irritados.

— Algum problema com isso? — Digsy e Stein perguntaram ao mesmo tempo.

— Não, não! Eu amo musicais, então... — Barry balançou os ombros.

— Olha, papais, tem algo que eu preciso contar para vocês. — Millie voltou a falar. Eles a encararam, perguntando-se o que ela iria falar. — Estou apaixonada!

Millie contou toda sorridente, mas seus "pais" aparentemente não gostaram muito disso.

— Quem é o sortudo? — Digsy forçou um sorriso.

Millie hesitou em falar, então ela olhou para o Barry, que deu um curto sorriso para apoiá-la.

— Tommy Moran. — Ela falou e esperou a reação.

— O filho de Cortador Moran? — Stein perguntou, indignado.

— Pai, olha, nós estamos apaixonados!

— Estão uma ova. Ele é desordeiro! — Continuou ele. — O pai dele é um desordeiro. A mãe dele é...

— Ei, não na frente dela... — Digsy o interrompeu, depois olhou para a Millie. — E você não ficará com ele.

Barry suspirou e, sabendo que podia ser decapitado, disse:

— Ela não é mais uma garotinha. — Barry chamou a atenção dos pais da Millie. — Bom, não é. Ela é uma mulher incrivelmente forte e corajosa. Basta olhar para ver. E ela quer ficar com ele! — Barry se aproximou um pouco mais deles. — Não importa o medo que ela tinha de contar ou o quão perigoso isso pode ser. Tudo o que importa é que eles fiquem juntos. E quando se acha um amor assim, você precisa segurá-lo. Não importa quem tente impedi-lo.

Barry disse essas palavras com todo o seu coração, olhando para a Millie e não a vendo, mas enxergando a Athena. A sua Athena.

— Isso está claro para mim agora.

Um pequeno silêncio se instalou no ambiente, mas que logo foi cortado.

— Querida, você nunca entenderá como é ser pai. — Disse Digsy.

— Millie, meu amor, nós sempre cuidamos de você. — Completou Stein, a encarando. — Só queremos que seja feliz.

De repente, alguém começou a tocar um violão e quando menos o Barry esperava, Digsy começou a cantar para sua filha. Barry ficou encarando a cena, vendo a Millie paralisada encarando seu pai, e então se sentou para apreciar a cena.

Digsy ia se aproximando lentamente da filha, enquanto cantava. E Stein também cantava a sua parte, compartilhando um dueto para a Millie, que estava com os olhos marejados.

Ao fim da música, eles abraçaram a filha e cada um deu um beijo em cada lado da bochecha da Millie, finalizando a canção.

Barry, empolgado com o dueto, levantou-se e bateu palma, mas logo cessou quando viu que ninguém mais estava fazendo isso.

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