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O CORREDOR ZIGUEZAGUEIA E se alonga diante de mim. Eu gostaria que não fosse apenas uma ilusão nascida do medo e que realmente fossem oito quilômetros até a nossa suíte. Mas não são, e, antes do que eu gostaria, estou junto à porta do quarto, meio que rezando para que Minho esteja fazendo algo incrível até amanhã, mas também meio que rezando para que ele esteja aqui para podermos ir ao jantar com os Hamilton.

Assim que entro vejo Minho sentado na varanda. Por que ele está passando o tempo no quarto do hotel em Maui?

Pelo menos, Minho vestiu uma bermuda e uma camiseta, e está com os pés descalços apoiados na grade. O vento desmancha seu cabelo escuro. Fico imaginando-o olhar com citricidade para o mar, dizendo silenciosamente às ondas que poderiam se sair melhor.

Ao me aproximar. vejo que ele está segurando um coquetel em um copo alto. Seus braços desnudos são tonificados e suas pernas são surpreendentemente musculosas e parecem não ter fim. Por algum motivo, esperava que, de bermuda e camiseta, ele fosse um magricela com membros desajeitados dobrados em ângulos estranhos. Ou talvez fosse mais fácil dizer que apenas seu rosto é bonito, e que ele era deformado e desengonçado por baixo das roupas.

Para ser sincera, ele é fisicamente tão bem modelado que é até um pouco injusto.

Abro a porta de vidro o mais silenciosamente possível. Minho parece bem relaxado. Tenho certeza que ele está pensando em afogar cachorrinhos, mas não estou aqui para julgá-lo. Pelo menos não até que ele jante com meu chefe.

Dou-me conta que preciso cativá-lo. Então, abro um sorriso.

— E aí?

Minho se vira e seus olhos escuros se estreitam.

— Heejin.

Caramba, estou ficando cansada desse joguinho idiota com o meu nome.

— O que você está fazendo, Minsoo?

— Só estou curtindo a vista.

Bem, isso é legal.

— Não sabia que você fazia isso.

Minho volta à olhar para o mar.

— Fazia o quê?

— Curtia coisas.

Incrédulo, ele ri. Ocorre-me que eu poderia aguentar um pouco mais o joguinho de conversa mole.

— Como foi a massagem? — ele pergunta.

— Fantástica — respondo e procuro por mais palavras que não sejam de pânico e rastejantes. — Super relaxante.

Minho volta à olhar para mim.

— É assim que você fica quando está relaxada? Uau.

Quando não digo mais nada, ele pergunta:

— O que deu em você? você está mais estranha que o normal.

— Nunca vi você de bermuda antes — admito. Suas coxas, especificamente os músculos dela, são uma surpresa bastante interessantes. Rápidamente, trabalho para remover o indício de admiração da minha voz. — Estranho.

— Quer dizer, não é como colocar o decote em exibição em uma bandeja — Minho afirma, acenando casualmente. — Mas me disseram que bermudas ainda são apropriadas para a ilha.

Tenho certeza que essa é outra alfinetada a respeito do meu vestido de madrinha, mas sinceramente não posso incomodar em replicar.

— Então, engraçado — digo, puxando uma cadeira ao lado dele e me sentando. — Você sabe que, no aeroporto, me ofereceram o emprego na Hamilton, não sabe?

𝗧𝗛𝗘 𝗨𝗡𝗛𝗢𝗡𝗘𝗬𝗠𝗢𝗢𝗡𝗘𝗥𝗦 ― 𝗟𝗘𝗘 𝗠𝗜𝗡𝗛𝗢Onde histórias criam vida. Descubra agora