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   MINHO PEGA MINHA MÃO quando saímos do hotel.

— Para caso cruzarmos com Yizhuo.

— Claro.

Pareço exatamente com uma nerd ansiosa em um filme adolescente, concordando com algo de prontidão, mas tanto faz. Segurar a mão de Minho é estranho, mas não totalmente desagradável. Na verdade, é legal que eu me sinta um pouco culpada. Nós não vimos Yizhuo e Seojun desde o passeio do barco; assim, toda essa encenação de afeição é provavelmente desnecessária. Mas por que arriscar, não é mesmo?

Além disso, eu me tornei fã dessas mãos.

   Alugamos um Mustang conversível verde-limão porque somos turistas idiotas. Tenho certeza de que Minho espera uma discussão a respeito de quem deve assumir o volante, mas alegremente jogo as chaves para ele. Quem não quer ser apenas levada e observar a vista de Maui?

   Ao alcançarmos a costa noroeste, Minho acelera o máximo que pode; as pessoas simplesmente não dirigem em alta velocidade ma ilha. Ele põe para tocar uma playlist do Muse, que eu veto, e coloco um dos Shins. Ele resmunga e, em um semáforo, escolhe uma dos Editors.

— Não estou na vibe para isso — digo.

— Estou dirigindo.

— O problema é seu.

   Com uma risada, Minho sinaliza para que eu escolha alguma coisa. Coloco uma do Death Cab e ele abre um grande sorriso, que ilumina o sol. Com o som calmo soprando no ar ao nosso redor, fecho os olhos, encaro o vento, com meu cabelo chicoteando atrás de mim.

Pela primeira vez em dias, estou completamente feliz. Sem hesitação e sem nenhuma dúvida.

— Sou a mulher mais inteligente do mundo por sugerir isso.

— Gostaria de discutir apenas por discutir, mas não consigo.

Minho sorri para mim e meu coração dá uma cambalhota inquieta, porque percebo que estou errada; pela primeira vez em meses — talvez anos — estou feliz. E com Minho, principalmente.

Sendo uma especialista em auto-sabotagem, volto aos velhos hábitos.

— Isso deve ser difícil para você.

Minho ri.

— Mas é divertido discutir com você.

Não é um soco, percebo. É um elogio.

— Pare com isso — digo.

Ele olha para mim e de volta para o caminho.

— Parar com o quê?

— ser legal.

Quando ele torna a me olhar para ver se estou brincando, não consigo deixar de sorrir. Lee Minho está fazendo algo estranho com minhas emoções.

— Eu prometi ser irritante e presunçoso, não prometi?

— Prometeu — eu concordo. — Então, vá em frente.

𝗧𝗛𝗘 𝗨𝗡𝗛𝗢𝗡𝗘𝗬𝗠𝗢𝗢𝗡𝗘𝗥𝗦 ― 𝗟𝗘𝗘 𝗠𝗜𝗡𝗛𝗢Onde histórias criam vida. Descubra agora