— NÃO DÁ PARA ACREDITAR que ele mostrou o dedo do meio antes que seu amigo atirasse em nós — Minho resmunga. — Merdinha presunçoso.Estamos na sala de relaxamento do spa do hotel, usando roupões brancos e esperando ser chamados. Nós dois estamos tão doloridos que nem hesitamos quando nos lembramos de que a parte de casal de uma massagem de casal envolve estar nus e untados de óleo no mesmo local.
A porta se abre e uma mulher sorridente de cabelo escuro entra. Nós a seguimos por um longo corredor pouco iluminado até um recinto ainda mais escuro. Uma banheira de hidromassagem borbulha no centro do espaço, com o vapor subindo de modo convidativo.
Eu e Minho fazemos contato visual e, então, desviamos o olhar imediatamente. Agarro meu roupão, ciente de que não estou usando nada por baixo. Achei que iríamos direto para a mesa de massagem, suportando apenas alguns momentos de manobras estranhas e deslizando sob os respectivos lençóis.
— Achei que tínhamos marcado apenas uma massagem — digo.
— O pacote de vocês também inclui um tempo ma hidromassagem para um pré-relaxamento. Em seguida, vocês serão massageados — a mulher diz com uma voz suave e tranquila. — Há alguma coisa que eu possa fazer para vocês, senhor e senhora Lee?
O instinto me faz abrir a boca para corrigi-la, mas Minho intervém.
— Acho que é tudo — ele diz com seu melhor sorriso. — Obrigado.
— Divirtam-se — ela diz, faz uma mesura e fecha a porta atrás dela sem fazer barulho.
A banheira de hidromassagem borbulha entre nós.
Já sem o sorriso, Minho olha para mim, sério.
— Não estou usando nada por baixo do roupão — diz, aponta para o nó do cinto e acrescenta. — Suponho que você esteja igualmente...
— Sim.
Minho examina a água fumegante e seu desejo é quase palpável.
— Olhe — ele diz, por fim. — Faça o que tiver de fazer, mas eu mal consigo andar. Eu vou entrar.
Suas palavras nem bem saem quando ele solta o nó e eu tenho um vislumbre de seu peito nu. Virando-me de forma brusca, de repente fico muito interessada na mesa de petiscos e garrafas de água junto à parede.
Há o som de um arrastar de pés e de tecido caindo no chão.
Então, ele geme, de forma profunda e grave.
— Puta merda.
O som é como um diapasão, e um arrepio percorre meu corpo.
— Minji, você tem que entrar — ele diz.
Pego um copinho de frutas secas e dou uma mordida.
— Eu estou bem.
— Nós dois somos adultos e você nem vai conseguir ver nada. Olhe!
Eu me viro e, com relutância, dou uma olhada por cima do meu ombro. Minho tem razão, a água borbulhante chega até pouco abaixo de seus ombros, mas ainda é um problema. Quem diria que eu gostava tanto de clavículas? Ele dá um sorriso, reclina-se, estica os braços para os lados e suspira dramaticamente.
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𝗧𝗛𝗘 𝗨𝗡𝗛𝗢𝗡𝗘𝗬𝗠𝗢𝗢𝗡𝗘𝗥𝗦 ― 𝗟𝗘𝗘 𝗠𝗜𝗡𝗛𝗢
Fanfiction― (im)perfeitos, lee minho Minji e Minho são inimigos mortais. Há um passado entre eles que tornou a convivência impossível. Mas quem vai dizer não para uma viajem no Havaí? A ideia de ambos era ficar bem longe um do outro, mas a situação muda quand...