Um mês depois:
Luan narrando:
Eu não aguentava mais de tanta saudade dela.
Tinha tomado uma decisão e agora eu estava fazendo minhas malas pra ir buscar a Bruna.
Já tinha avisado a todos que eu ia pra lá, mas o problema era que eu morria de medo de avião, mas decidi enfrentar isso pelo amor que sinto por ela.
Minutos depois de arrumar minhas malas fui pro meu carro e segui para o aeroporto.
Minutos depois:
O avião já tinha decolado e eu tava morrendo de medo, mas valia pena passar esse sufoco.
Depois de um tempo fui me acostumando e meio que meu medo foi diminuindo pouco a pouco.
Mas agora meu medo não era o avião e sim Bruna, eu tinha medo de chegar lá e ela não querer mais saber de mim e ter que voltar sozinho pra casa.
...
A viagem de avião demorou um pouco. Agora eu estava em um quarto de hotel arrumando minhas coisas. Depois de arrumar tudo me bateu uma vontade de andar na rua então foi isso que fiz. Me arrumei e saí.
Eu estava passando em frente á praia quando algo me chamou a atenção. Bruna estava sentada na areia bem próxima ao mar, não pensei muito e fui lá, então cheguei atrás dela sem que ela percebesse.
- as noites são tão vazias sem você - disse me sentando ao seu lado enquanto ela me olhava espantada.
- Luan? O que você tá fazendo aqui? - ela abriu um pequeno sorriso ao me ver. Seus olhos verdes estavam mais radiantes e hipnotizantes.
- eu vim te buscar, não quero ficar sem você. - abracei sua cintura e me aproximei dela.
- não posso negar, eu sinto sua falta. - ela olhou nos meus olhos com um brilho diferente no olhar.
Ela já era linda, mas aquela noite de luar deixou seus olhos verdes mais lindos do que nunca.
- eu te amo - disse enquanto tirava algumas mechas de cabelo que o vento soprou sobre seu rosto.
- eu também - Bruna abriu um lindo sorriso e passou suas mãos em meu rosto.
Ela foi se aproximando enquanto eu admirava cada detalhe do seu rosto. Levei uma de minhas mãos para sua nuca e sorri pra ela também. Eu tava tão distraído olhando pra ela que nem percebi quando nossas bocas se chocaram.
Fechei os olhos e deixei o beijo rolar, finalmente eu tava conseguindo matar minha saudade, matar minha vontade de te-la de novo.
Sentir a língua dela na minha depois de tanto tempo era como um sonho, do qual eu não queria acordar. A sensação de poder beija-la era inexplicável.
Paramos o beijo depois de uns minutos e ficamos nos olhando enquanto um sorria pro outro. Aquela noite passou voando, as horas passaram tão rápido que mais pareciam minutos.
Era umas cinco da manhã e ainda estávamos na praia assistindo o nascer do sol.
- eu tava louca de saudades dos seus abraços, seus beijos, seu amor... - Bruna disse fazendo carinho no meu cabelo enquanto sorria perdida em meu olhar.
- você não tem noção do quanto que eu sofri quando você me deixou naquele aeroporto e foi embora, eu achei que nunca mais eu ia te ver, mas a saudade foi grande demais e resolvi vir te buscar. - passei minha mão em seus cabelos e fiz carinho neles, arrancando um lindo sorriso dela.
- eu não sei se quero ir embora - ela desviou o olhar e disse séria. Meu sorriso se desfez ao ouvir suas palavras.
- eu não vou sair daqui sem você - abracei a cintura dela, impedindo que ela se levantasse.
- Luan eu não quero voltar porque eu não tenho certeza se... - ela parou de falar e uma lágrima escorreu em seu rosto.
- se o que? - perguntei curioso.
- eu não quero te machucar mais, por favor vai embora. - Bruna disse quase chorando enquanto tentava se distânciar de mim.
- eu não vou embora, porque eu enfrentei um dos meus maiores medos pra chegar até aqui, pra poder olhar e nos teus olhos e dizer que eu te amo e ouvir o seu te amo também, e depois de tudo você ainda quer que eu volte sem você? - disse enquanto meus olhos se enchiam de lágrimas, mas recusava em deixa-las cair.
- Luan eu te amo de verdade mas não sei se você sente o mesmo por mim. - Bruna olhou em meus olhos como se eu tivesse feito alguma coisa de errado.
- porque você tá dizendo isso? - perguntei confuso.
- da primeira vez pode até ter sido uma armação, mas da segunda não. - ela disse sem expressar nenhuma emoção. Nessa hora eu lembrei da noite que eu e Natália quase ficamos. - eu sei que não devo cobrar nada, já que a gente nunca teve nada sério, mas eu não sei se é certo você brincar com duas ao mesmo tempo.
- como assim? Do que você tá falando? - disse querendo saber se ela estava falando da mesma coisa que eu estava pensando.
- eu to falando disso Luan. - ela pegou o celular dela e me mostrou um vídeo onde eu e Natália estávamos se pegando no carro.
- mas não rolou nada eu juro, eu nem gosto dela - eu não tava conseguindo acreditar que isso tava acontecendo de novo.
- claro que não rolou nada Luan, então quer dizer que você só tirou a roupa dela e não fez nada né? Pra piorar tudo ainda foi no dia que eu fui embora, se você me amasse você não teria feito isso comigo e com ela. - ela se afastou de mim e me olhou decepcionada.
- mas então porque você me disse tudo aquilo? Porque me disse que me amava?- perguntei sentindo meu coração se despedaçar, ela estava certa, eu brinquei com a Natália e com ela.
- pra você saber qual é a sensação de ouvir um te amo falso. - ela se levantou e começou a andar, mas e me levantei e segui ela.
- por favor Bruna, não me deixe de novo - segurei em seu braço enquanto ela olhava pra mim.
- você não sabe como tá doendo aqui ter que dizer tudo isso pra quem eu amo e ainda tentar ir embora sem chorar. - ela olhou pra mim com lágrimas no olhar enquanto colocava uma de suas mãos em seu peito.
- se você me ama então volta comigo, eu não posso viver sem você, eu sei que eu errei feio mas quem ama perdoa, então me dê seu perdão. - disse quase implorando enquanto meu coração entrava em desespero.
- quem ama perdoa sim, mas tem certas coisas que não tem perdão. Eu te amo mas não adianta eu amar quem eu não confio, já que confiança é só uma e você perdeu a minha no momento em que você ficou com a minha amiga. - ela soltou minha mão de seu braço e foi embora, me deixando ali mais uma vez sem ela mas com uma dor no peito que ia acabar me matando.
Eu nunca me senti tão mal em toda minha vida. Ouvir duas palavras foi pior que um tapa na cara, mas eu admito que foi bem merecido.
Agora a única coisa que me restava era juntar caquinho por caquinho do meu coração... Mais uma vez
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CADA SEGUNDO COM VOCÊ - LIVRO I
Romance"O que mais quero é viver ao seu lado, cada segundo". Luan, um policial de 28 anos acreditava ter encontrado o amor da sua vida. Ele estava muito empolgado com o sentido que sua vida estava tomando, quando ele resolve fazer uma surpresa na véspera d...