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Bellyana | 09:00 Am.
Hospital São Lucas Copacabana 📍

Respiro fundo sentindo a imensa vontade de chorar, fecho meus olhos escutando o primeiro disparado da bala contra o nosso carro me fazendo gritar desesperada, olhei para Nanda vendo  que está tranquila no volante.

Nanda: Calma e blindado – ela fecha a janela trancando o carro com nós dentro, olho a Shayenne fazendo a expressão de dor...

Olhei pela janela olhando um par de olhos verde de longe. Era ele... seus olhos, aquele par de olhos verdes, eram dele. Eu reconheceria em qualquer lugar, suspirei fundo. Sentindo meu coração acelera aos poucos. A pequena semelhança reconhecida por mim... Gaspar, molho os lábios respirando rápido, seguro a mão dela pedindo calma mentalmente para o Matteo, em meio tiroteio ele veio querer nascer.

Nanda: Bella não vai dá tempo de chegar no hospital vai ser aqui mesmo!!  – abri os olhos negando rápido, shayenne aperta mais a minha mão gemendo de dor, passo a mão no meu cabelo puxando a única bolsa que eu trouxe na frente Tirando a manta branca.

- Vem Nanda, eu sei fazer isso cara. Eu acho – meus olhos lacrimejando de novo, dessa vez de puro nervoso.

Ela geme sobre os efeitos da dores das contrações. Contrações era tecnicamente parecidas com cólicas menstruais ou uma dor nas costas que vai e vem em intervalos de 20 a 30 minutos. Aos poucos, a dor se torna mais forte e dura mais tempo, deito ela devagar sobre o bando do carro escutado os barulhos de tiro, Nanda segura a lanterna iluminando melhor.

Shayenne: Tu vai ver a minha Piriquita, socorro!! Que dor – ela geme alto, tiro a calcinha dela olhando a dilatação.
Eu acho que está próximo, Respiro fundo olhando por cima do ombro, prendo meu cabelo olhando a barriga dela, me ajeito no banco do carro, ela faz força trazendo a pequena cabeça coroando, ela geme alto enquanto faz força. Fecho os olhos lembrando de certas coisas que eu vi, eu pesquisei por acaso aconteceu.

- A joelha, vem – ela me olha com um ponto de interrogação no rosto, o suor escorrendo - mas as posições de cócoras, sentada ou de joelhos são melhores para facilitar a saída do bebê. O canal de parto fica mais curto e a abertura da vagina fica maior, o bebê não aperta a sua barriga e a circulação de oxigênio para ele é melhor. – falo devagar ajudando ela ajoelhar, com muita dificuldade. Uma sensação diferente no meu peito, me faz imaginar logo Matteo no meu colo.

Nanda: Faz força shayenne!! – Com dificuldade sobre o banco do carro ajudo ela a segurar.

Shayenne: Eu não vou conseguir – ela chorar, levo minhas mão na barriga dela segurando devagar.

- Vai sim, Shayenne teu filho quer te conhecer cara! Força, por ele!  – Na outra posição possa a ser melhor, porém tenho medo das complicações do parto.

Nanda: Meu deus como eu ainda não fiz a faculdade – ela passa a mão no rosto dou risada ajudando a Shayenne a deitar novamente.

Nós assustamos com o barulho do tiro pegando na janela aonde acertaria minha cabeça. Fechos meus olhos, tentando manter o foco. Era difícil, ainda mais fazendo um parto. Em meio a um tiroteio! Shayenne fica assustada que faz mais força me ajudando um pouco, sinto meu ar acabando aos poucos. Isso era infernal! 

Seguro as perna da Shayenne colocando aberta sobre mim, olho a cabeça do Matteo coroando sobre a intimidade da Shayenne, seguro a risada vendo ela chorar ainda ainda, Nanda acelera o carro andando se movimentando saindo do caos onde nós estávamos.

- Forças shayenne ele tá vindo ao mundo caralho – pego meu celular , desbloqueado imediatamente ligando na laterna, estava escuro. olho atentamente auxiliando o que eu sabia fazer , suspiro fundo escutando o gemido da Shayenne, o calor parece complicar as coisas, mesmo com ar condicionado ligado. Isso era incrível!

Shayenne faz força perdendo  a consciência, estico os braços na direção pegando o pequeno ser que vem ao mundo com dificuldade, isso ficará sempre guardado no meu coração fazer um parto aonde acontece um tiroteio não e nada fácil... Engoli saliva Respirando ofegante com medo pego a toalha enrolando ele, o sangue sobre seu rosto..

Escutando o barulho dos nossos corações acelerado, encarei Nanda pelo retrovisor, sentindo as lágrimas molharem meu rosto.

Eu consegui, nós conseguimos!!

Escuto pela primeira vez aquele choro onde sabemos que ele estaria bem sobre ao mundo, posso dizer que eu fiz o parto do amor da minha vida. Nanda tira foto, seguro ele olhando a Shayenne que mantém os olhos fechados com força, encaro ela vendo se ela vai fazer mais expressão de dor mais não acontece.

- Ei, dinda cadê minha mamãe – levo ele até a Shayenne que abre os olhos olhando o bebê, Matteo chorar.

Então esse e o milagre? Matteo nasceu quatro hora e vinte e sete minutos, na madrugada de quinta feira. Nosso grupo era em trio, que fechou no seis e par, que se tornou sete nessa madrugada, com muita dificuldade e dor entre a Shayenne ele veio ao mundo, dentro do carro protegido pelas balas sobre a perseguição dos bandidos seu pai lá de cima abraçou o carro com força protegendo sem ter uma boa desculpa para poder dizer que amava ele antes de morrer.

- Shayenne fica acordada estamos indo para o hospital – minha roupa suja de sangue, nego levantando a cabeça.

Seguro ele no colo podendo ver o narizinho pequeno, seu corpo protegido em meus braços até chegar no hospital Não demora muito a Shayenne querer perde a consciência, Nanda sai rápido  na direção do hospital, molho os lábios tentando acalmar o Matteo em meus braços.

Chegamos no hospital por muito custo conseguimos, logo levaram eles, abraço a Nanda sentindo o cheiro dela, minha cabeça doe pra caralho. Eu só queria um abraço dele, que me falasse que a culpa realmente não fosse minha, pretendo abraçar meu afilhado como abraçaria meu filho.

- Eu consegui Nanda – dou risada dando um pulinho me separando dela.

Nanda: Nos quatro conseguimos – Damos risada, pego as bolsa no carro entrando no hospital, um tempo depois eu estava com uma roupa diferente.

Sabrina: Bom parabéns Bellyana, eles estão estáveis, Matteo está bem , shayenne também. Demorasse mais um pouco, ele não ia conseguir vir ao mundo !  – dou um sorriso concordando com a cabeça.

Nanda: Oliver, lobo e Gaspar estão vindo para cá – molho os lábios respirando fundo.

Ficamos cinco horas esperando eles poderem receber visitas, Quando menos esperamos eu estava de pé, olhando a médica, indo embora do seu plantão

Sabrina: Se quiserem ir lá – concordo.
Entramos dentro do quarto, olho Shayenne deita amamentando Matteo que agarra seu seio com força, dou um sorriso. Chegando perto, ela me olha com a expressão de cansada, engolir saliva, ficando olhando Matteo.

Shayenne: Ei, Filho tua madrinha, guerreira que fez teu parto e viu a pepeca da mamãe – dou risada – Bell, obrigada morena – Nego.

- Não agradece eu, e sim a Deus shay sem ele não existiria nossa amizade – Dou um sorriso vendo Matteo acaba de mama.

Nanda: Eu hein, mulher doida. Oh amor da dinda – ela entra no quarto, a roupa em uma calça de moletom e uma blusa igual minha mostrando um pouco o umbigo e o piercing.

Shayenne: Sem vocês eu não sou nada, eu Peço e realmente, vocês são as madrinhas – dou risada como que eu já não fosse – Quer pegar? - Sua mantinha enrolada a as pequenas mãozinha enroladinha em uma luva...

Pego Matteo com cuidado, uma energia diferente sabe? Não e a primeira vez, na aparece ser e um sentimento lá do fundo do peito mesmo, quando Sinto seu peso sobre meus braços. Sua energia era surreal aquele olhinhos pequenos e a boquinha desenhada igualzinho a da mãe dele , era uma coisa que parecia filme, uma vontade de chorar, confesso que nesses meses que passou eu fiquei sentimental, não posso negar que eu sinto muita falta do Pierre nesses momentos, mas tudo tem um tempo ideal, e agora e ideal aproveitar o máximo meu afilhado....

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Meu casal vai voltar dando oq falar ahaha.

Sexo no morroOnde histórias criam vida. Descubra agora