40

27.9K 1K 207
                                    

Gaspar 🎭 | 18:05 AM:
Nova maré 📍

Estaciono o carro em frente a casa verde de dois andares com o portão branco, Respiro fundo encarando ela dormindo, no fim de tarde de uma segunda feira carregada de k.o eu só querendo meu lazer com ela.

- Bella, ou amor acorda – ela se mexe com o pulguento no colo o mesmo acorde me encarando – Bella vamo – chamo ela, ela abre os olhinhos devagar se ajeitando.

Bella: Já chegamos? – balanço a cabeça confirmando – você vai dormir aqui? – gesticulo com a cabeça.

- Talvez quero conversar com tua mãe, vou mandar a letra mermo – ela sai do outro lado, sair do carro batendo a porta, troquei a chave de mãos ouvido o mesmo trancar.

Bella: pingo – o cachorro de fralda cara, mó mancada.

- ele não pode ir na rua ainda não saco – passo a mão pela nuca dela firmando a mão ali, ela se inclina pra frente encostando em mim.

Bella: Para Gaspar – o portão se abre mostrando dona déia com o cabelo, deia e igual a filha namoral, o cabelão grande e só tem a pele mais cara, tem a cara daqueles mina indígenas.

Deia: Um cachorro Bellyana? – ela franzi a sobrancelha tirando o óculos do rosto sem maquiagem.

Bella: Mãe eu juro que eu vou cuidar e o pingo olha – o cachorro balanço o rabo. Aceno com a cabeça, Bella vai na frente.

Peço licença entrando na casa, um sofá de costa pra porta e o outro encostando na parede aonde tem a janela em cima. A tv presa no suporte, aonde tem porta retrato da bella mais nova, os vaso de flor  pendurados lá fora. Dona déia senta no sofá cruzando os braços me encarando séria.

Deia: Se essa cachorro comer minhas plantas eu vou da tua cara Bella – a voz autoritária, e o sotaque no final.
Bella: Vai não mãe, vou lá – ela sai em direção a escada, olho a bunda no short de pano, o cabelo em um rabo bom pra puxa. Desviei o olhar pra minha sogra.

Deia: Vamos lá né, quais são sua intenção com minha filha, Gaspar a Bella tem um jeito forte mais se você gritar com ela chora – escuto a voz dela, fito seu olho esquerdo da mesma cor da Bella.

- Papo reto mermo? – cruzo os braços nos peitos, ela confirma na mesma postura da filha – meu papo com ela e de futuro tá ligada? A Bella e uma mina responsa pra caralho, vou mandar a letra pra senhora no papo dez. A Bella e uma mina que eu admiro pra caralho, eu tenho trinta e dois anos nas costas. Como sujeito homem mermo – dou uma pausa engolindo saliva, faço tsc descruzando os braços passando a mão direita no nariz.

Deia: Tô sendo sincero contigo gaspar. Agora e como mãe mesmo, você sua fama entre quatro becos não se agora – ela junta o polegar e o dedo do meio estalado. Ela amarrar o cabelo, ela suspira – Eu não quero o ruim da minha filha, Jamais faria isso, ela merece ser feliz. Mas não quero que ela acorde chorando por você também.

- a senhora tá certa pô, como mãe e amiga dela tá ligado, o que eu menos quero e machucar ela. Tenho meu jeitão de ser, mas com ela e totalmente diferente tá ligado, entre nós dois e nos dois – murmuro sério vendo ela confirma com a cabeça.

Déia: Tem o embuste do pai dela também, me machucou pra caralho tudo que nós passamos ele me troca por uma qualquer – ela suspira com os olhos cheios de Lacrimas. Ela nega com a cabeça deixando uma lágrimas escapa, ela limpa – A única coisa que eu te peço e pra não machucar ela, ela uma menina tão boa pra isso.

- Jamais quero fazer isso com ela, ela uma de fé mermo – levantei do sofá arrumando a glock na cintura.  Aperto a mão dela, ela me encara seria.

Deia: Assim espero – ela me dá passagem pra subir, subir as escadas devagar com o celular na mão.

Abrir a porta devagar vendo ela deitada na cama mexendo o celular o cheio de pulga brigando no chão, o quarto dela ainda meio bagunçado, ela tava ficando lá em casa. Ela encarando rindo de lado, caminhei até ela.

Bella: Já vai? – confirmo com a cabeça, ela faz biquinho cruzando os braços – Você vai voltar?

- Não sei morena, tenho que passar lá na maré pra resolver um caô, depois nova Holanda – falo beijando o pescoço dela, a mão dela no meu abdômen arranhado de leve.

Bella: Toma cuidado – ela diz me encarando com aqueles olhos de jabuticaba pretão.

- Meu sobrenome – aperto a cintura dela, ela respira fundo – tô indo se eu não vir aqui, eu ligo – falo baixo, ela concorda com a cabeça.

Desci as escadas vendo a dona deia vendo jornal, dou um aceno com a cabeça vendo ela cumprimentar. Deixei a casa da Bella no caminho, de um bagulho que tenho para resolver, uma assunto que uma pendência.

Marlene: Você voltou, eu sabia eles iam te trazer novamente – tiro o boné encarando ela, a roupa branca de santo no corpo. Deixei a glock no carro.

- Bença – pego na mão dela, que leva até o peito e depois a minha testa.
Marlene: Que oxalá te abençoe – ela diz me dando passagem, respiro fundo sentindo a paz.

No terceiro da maré, aonde fui criado mermo tá ligado, minhas origens vem daqui. O jeito forte de lidar com a dor, mesmo sendo impossível. Mãe Marlene, a mulher e dona de um terreiro de macumba aqui na maré, Umbanda essa e palavra certa.

Marlene: Sente-se, o que te trouxe aqui filho, como os velhos ditados um bom filho a casa se torna – ela senta na cadeira na minha frente.

- Me sentir distante de mim mãe, me sinto muito carregado – murmuro sério olhando as coisas, as guias de proteção.

Marlene: Você foi no Congá? Você e  filho de Oxóssi e Oxum e dono de uma beleza, da força. Vá até o Congá pede a bença a seu pai de cabeça – me levanto caminhando até o alta aonde fica os caboclos.

- Okê arô Oxóssi, Okê arô pai – bato cabeça na Conga em frente a Oxóssi – Orá Yê Yê Ô mamãe – faço o mesmo com mamãe Oxum.

Marlene: Sente aqui menino, Você sabe o significado de Amar? – confirmo encarando seu rosto, ela nega com a cabeça – Não sabe, ainda não. Você e um filho de Oxóssi a alma forte caçador, donos da Mata – ela olha segurando uma moeda – Uma coisa que eu te digo Pierre, Você tem a corpo fechado pra Porcarias do outro, não pra bala.

- Eu sei – falo baixo, ela se ajeitar na cadeira me entregando a guia de oxalá.

Marlene: Aquela menina lá, a que você gosta – ela diz com os olhos mudado viajando em algo.

- Bella.

Marlene: Ela mesmo, ela e filha de oxum com Xangô e você é filho de Oxóssi e Oxum, oxum e a segunda mulher de xangô. A alma forte e curiosa dela, ela e uma menina delicada – escuto atentamente, ela me explica. – filhos de Oxóssi se dão com filhas de oxum! Filho Exu de manda Lhe avisar Minta para ela, eles iram contar.

- Como assim mãe?

Marlene: Não posso lhe dizer não tenho  
Licença para isso. Filho tudo tem seu momento alma gêmea não se separam ela se distanciam!! Oxalá manda lhe dizer não deixe se levar na ilusão. – ela aponta o dedo pra mim, aperto a  guia na mão.

Marlene: Dona Menina quer lhe vê viu. Vou arrumar os banhos para ti, Avise para sua mãe, que um bom filho a casa se torna – ela sai, olho aquilo tudo sentindo uma paz do caralho, uma sensação de acolhimento.

_____

02/ 04

Sexo no morroOnde histórias criam vida. Descubra agora