Um.

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Toque aqui para começar a escreverSempre gostei de ter viver experiências. E hoje estou em mais uma.

- Você não vai fazer isso - Antonella falou - Isso é loucura.

Sorri - Acho que vai ser divertido - afirmei.

- Seus pais vão te matar.

- Tenho vinte e um anos - dei uma pausa - Já sei bem o que fazer.

Ela suspirou - Mais você não sabe dirigir - falou entre os dentes - E se acontecer alguma coisa.

- Você vai ou não? - perguntei. Ponto um ponto final da discussão.

Ela ficou em silêncio. Parecia pensar - O que eu não faço por você? - Ela entrou no carro.

Ela estava preocupada pelo fato de eu ter pegado o carro do meu pai para dirigir sendo que eu não tenho carteira de motorista.

Não faço nenhuma loucura pelas ruas. Ando normalmente, até ver uma blitz.

- Sujou - falei baixinho.

- Eu avisei - resmungou - Espero que eles não parem a gente.

- Age normalmente - pedi.

Passamos pela blitz. E os policias não fizeram nada.

- Ficamos ilesas - falei.

- Dessa vez - afirmou - Vamos para casa - pediu - Antes que seus pais cheguem.

Decidi concordar com ela e voltar para casa. Estacionei o carro no lugar onde estava e subimos correndo as escadas para meu quarto.

Antonella se jogou na cama e começou a mexer no celular.

- O que tem de bom aí? - perguntei. E me sentei na cadeira.

Ela sorriu - Tão falando que a professora vai propor um desafio com atividade complementar - falou.

Arqueei uma sobrancelha - Eu com certeza vamos aceitar.

Ela me olhou - Não seja louca - falou - Você nunca sabe o que pode acontecer.

Mas as loucuras que eu fazia eram justamente por causa disso. Eu nunca sabia o que ia acontecer.

- Vamos logo - resmunguei - Temos que ir para a aula.

Estudávamos a noite. E estávamos no último ano de jornalismo. E como sempre Antonella estava atrasada.

- Pronto - falou.

Caminhamos para fora de casa e fomos para o ponto de ônibus. Esperamos o mesmo passar. O caminho para faculdade era longe.

- Não aguento mais faculdade - Antonella falou.

Sorri - Tenho certeza que você ano que vem vai reclamar que não aguenta mais o trabalho - zoei

- Cala a boca, Majorie.

Dei risada. E no caminho vimos a nossa professora.

- Vai ser ela - me cutucou

A encarei confusa - Ela o que?

- O desafio - respondeu. A olhei ainda confusa - A atividade complementar.

- A sim - falei - Espero que seja interessante pelo menos.

Ela revirou os olhos - Você não vai aceitar - afirmou

- Se eu achar interessante vou sim - afirmei.

Entramos na sala de aula. E fomos para nossos lugares.

- Bom dia - Márcia falou - Acho que a faculdade tem vários informantes - brincou. Nós rimos - Mas é verdade. Vou propor um desafio, para vocês - afirmou - Vocês imaginam o que seja? - perguntou

- Fazer um trabalho enorme em um dia - um menino falou

Márcia riu - Não - respondeu - Mas eu achei uma boa ideia - avisou - O desafio é o seguinte - todos ficaram em um absoluto silêncio - As férias estão chegando - deu uma pausa - E eu convido, quero dizer desafio vocês a trabalharem.

- Isso a gente já faz - Antonella falou baixinho, ao meu lado.

- Não esse tipo de trabalho - afirmou - Trabalhar em uma casa de outra pessoa, por um mês - explicou.

Eu achei a ideia meio louca. E fora trabalharíamos na casa de quem?

- Nos faríamos isso na casa de quem? - perguntou Antonella.

- Eu escolheria a casa - avisou - Não ia deixar vocês em casa de desconhecidos.

Eu suspirei. Minha cabeça estava uma batalha entre aceitar ou não.

- Vocês vão querer ou não? - perguntou - Mais se lembre - pediu - Não é obrigatório.

Eu me levantei. Antonella negou com a cabeça.

Eu sorri - Professora - a chamei - Eu aceito.

Algumas pessoas me olharam assustadas. Outras tomaram coragem e também aceitaram.

Márcia sorriu - Falo com vocês depois - avisou - Agora vamos para a aula.

Ela começou a corrigir algumas atividades.

- Espero que você crie juízo - Antonella falou - E pare de ser tão impulsiva.

- Calma - pedi - Eu tenho juízo - avisei - Só vou fazer porque vai valer nota.

- Para de mentir - pediu - Você aceitaria mesmo que não valesse.

Isso era verdade. Se se vale ou não nota eu aceitaria. Acho que tenho que controlar meus impulsos.

Quando a aula acabou a professora pediu que, quem aceitou o desafio fica-se. Ela esperou que o resto saísse. Só ficaram umas dez pessoas.

- Corajosos vocês - afirmou - Mas pode afirmar que vocês vão aprender muitas coisas - deu uma pausa - que levaram para o resto da vida.

- Mais o que é o desafio em si? - perguntou uma menina.

Ela sorriu - Vocês vão aprender a dar valor ás coisas - explicou - Vocês vão trabalhar. Cuidar de crianças, limpar a casa. Entende?

Faço que sim - Mas, por quê? - pergunto

Ela sorri - Eu fiz isso na minha época - respondeu - E eu aprendi tanta coisa, que vocês nem imaginam.

Eu sabia muito bem do que ela falava. Ela não estava falando de trabalho. E sim, de valores.

- Se vocês quiserem desistir ainda tem tempo - avisou.

Mais cinco pessoas saíram. Ela sorriu.

Ela falou e explicou mais algumas coisas. E foi nos separando. E foi liberando. E eu fui á última. Quando cheguei a minha vez eu gelei.

- Marjorie - a olhei - Você vai para a minha casa - falou - Não tenho mais outra opção - explicou

- Tudo bem - falei.

- Te espero amanhã as oito - afirmou. Eu assenti.

E fui em direção á cantina estava com fome. Comprei um lanche e um refrigerante. E fui até onde Antonella estava. Ela me olhou com cara de brava.

- Me conta - pediu - Como foi?

Eu sorri - Vou trabalhar na casa dela - falei. Ela arregalou os olhou - O trabalho em si é para nosso criamos valores - expliquei - Não para trabalharmos - fiz careta.

- Você sempre se mete em encrenca - sorriu - Mas mesmo assim eu amo você.

- Eu sei - falei - Mas agora minhas férias vão ser diferentes.

Ela suspirou - Eu sei - falou - Por isso, vou ir para a casa do meu amor.

Dei risada - E eu pensando que ia sentir minha falta - mordi meu lanche - Temos que voltar temos aula.

- Nem me fale.

Terminei se comer meu lanche e fomos para a aula.

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