Trinta e seis.

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O dia passou rápido demais, e hoje já era segunda. E teríamos que ir para a faculdade.

- Enrico -ele me encarou - vão achar que eu fiquei grávida - resmunguei.

Ele sorriu -Do nada? - zombou - Eles não são tão intrometidos assim.

Estávamos emseu carro, parados no estacionamento. E eu tento uma crise. Enrico passou asmãos em meus cabelos e sorriu.

- Vai darcerto - falou - Antonella vai estar com você.

Fechei meusolhos, tomando coragem.

- Vamos -pedi, ele assentiu.

Peguei aHugo, no colo. Enquanto Enrico pegou minha bolsa e a sua. Ele me abraçou delado.

- Seu prédioé do outro lado - afirmei.

- Não sei oque aconteceu - me olhou - mas meu prédio agora é esse.

- Como? - oencarei.

- Aconteceuum incidente lá, que danificou algumas coisas e seria arriscado nos deixar lá -sorriu - Então colocou nossa turma aqui.

- Entendi -falei.

Caminhamospara o pátio. Antonella veio sorridente.

- Oi, chuchu- falou, passando a mão no rosto de Hugo - Oi, não chuchu - deu um beijo emminha bochecha. - Moço - fez um aceno na cabeça para Enrico.

Enrico sesentou ao meu lado e pegou Hugo no colo.

- Vocês sãoloucos de trazer ele para cá - Antonella falou.

- Nãotivemos escolha - expliquei.

- Vocêsestão parecendo uma família - comentou.

- Somos umafamília. - Enrico afirmou.

Eu oencarei, e ele piscou para mim.

- Vamos paraaula - pediu - E você vai para a sua.

Enricosorriu, e me entregou Hugo. E me puxo pela cintura, e deu um beijo carinhoso emminha testa. E roçou seus lábios nos meus, me dando um selinho demorado.

- Boa aula -falou sorridente.

E caminhoupara a sua sala. Antonella me encarou risonha.

- Não começa- pedi.

Ela sorriumais ainda. Caminhamos para a sala de aula, e Hugo foi o centro das atenções.Até mesmo os professores brincavam com ele. E para minha surpresa, ele ficouquietinho. Claro, que ás vezes ele chorava, mas nada que realmente me atrapalha-se.

- Vocêsformar um casal lindo - uma garota disse.

- Obrigada.

Ela sorriu,e saiu andando.

- Até ondeeu sei vocês não são mais um casal - Antonella provocou.

- Nãodeixaria a deixa para ela - afirmei - Ele é meu.

- Seu? - elapergunta arqueano uma sobrancelha.

- Só meu -resmungo.

Ela darisada. Ela me abraça de lado e sai caminhando para fora da faculdade. Enricoesta me esperando, na portaria.

- E aí, comofoi? - pergunta.

- Melhor doque eu imaginei - afirmo sorridente.

- To indo -Antonella aperta meu ombro - E cuida do que é seu - sussurra em meu ouvido, lhemostro a língua.

- Infantil -ela resmunga.

Enrico meolha e sorri - Temos tempo antes de eu ir trabalhar - ele me analisa - vamosdar uma volta.

Ele caminhana minha frente com Hugo e o coloca na cadeirinha, fechando a aporta. E vamosdar uma volta.

- Aondevamos? - pergunto, ele sorri.

- No parque- responde.

Ligo o rádiode seu carro, e coloco em música qualquer, e abaixo o volume.

- Não toouvindo - Enrico resmunga, aumentando o volume.

- Hugo tadormindo - retruco, e abaixo o volume - E se ele acordar vai ficarmal-humorado.

Ele bufa -Então é melhor desligar.

- Mas euquero ouvir - resmungo.

Ele sorri -Você não tem jeito.

- Vocêtambém não - retruca.

Eu sou umsorriso - Tá legal - resmungou - Vou aumentar um pouquinho.

Fomos oresto do caminho conversando, e eu sentia que estávamos voltando a ficar comantes. Ele para estaciona o carro. E nos descemos.

- Vai chover- afirmo, olhando para o seu.

- Vira essaboca pra lá - pede.

- Só estousendo realista.

Ele bufa, eeu o puxo. Tinha um pequeno grupo de meninas nesse parque, e elas focaram seuolhar nele. E eu não gostei nadinha.

- O que vocêesta fazendo? - pergunta, olhando para a minha mão.

- Eu querovocê perto - respondo.

Ele me olhadesconfiado, e segue meu olhar.

- Ciúmes? -pergunta, arqueando a sobrancelha.

- Claro, quenão - minto, e ele percebe - Não temos nada.

- Então -ele fica em silêncio - eu posso ir lá? - provoca.

- Não -resmungo.

- Porquenão? - pergunta, provocando.

- Porque euquero ir embora.

- Acabamosde chegar - afirma.

Eu bufo. Nãovou dar sua tão esperada resposta.

- Vem - elesegura em minhas mãos, entrelaçando nossos dedos - vamos tomar um sorvete.

Deixo ele meguiar, até um carrinho de sorvete. Ele me entrega, um e se sentamos em um banquinho.E ficamos em silêncio.

- Você vaise atrasar - afirmo, olhando a hora.

- Eu sei -afirma - Mas não vejo tanto problema.

- Como não?- pergunto.

Ele sorri -Vou falar - ele me olha - que estou com a minha família.

Eu oencarei, e sorri.

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