O dia passou rápido demais, e hoje já era segunda. E teríamos que ir para a faculdade.
- Enrico -ele me encarou - vão achar que eu fiquei grávida - resmunguei.
Ele sorriu -Do nada? - zombou - Eles não são tão intrometidos assim.
Estávamos emseu carro, parados no estacionamento. E eu tento uma crise. Enrico passou asmãos em meus cabelos e sorriu.
- Vai darcerto - falou - Antonella vai estar com você.
Fechei meusolhos, tomando coragem.
- Vamos -pedi, ele assentiu.
Peguei aHugo, no colo. Enquanto Enrico pegou minha bolsa e a sua. Ele me abraçou delado.
- Seu prédioé do outro lado - afirmei.
- Não sei oque aconteceu - me olhou - mas meu prédio agora é esse.
- Como? - oencarei.
- Aconteceuum incidente lá, que danificou algumas coisas e seria arriscado nos deixar lá -sorriu - Então colocou nossa turma aqui.
- Entendi -falei.
Caminhamospara o pátio. Antonella veio sorridente.
- Oi, chuchu- falou, passando a mão no rosto de Hugo - Oi, não chuchu - deu um beijo emminha bochecha. - Moço - fez um aceno na cabeça para Enrico.
Enrico sesentou ao meu lado e pegou Hugo no colo.
- Vocês sãoloucos de trazer ele para cá - Antonella falou.
- Nãotivemos escolha - expliquei.
- Vocêsestão parecendo uma família - comentou.
- Somos umafamília. - Enrico afirmou.
Eu oencarei, e ele piscou para mim.
- Vamos paraaula - pediu - E você vai para a sua.
Enricosorriu, e me entregou Hugo. E me puxo pela cintura, e deu um beijo carinhoso emminha testa. E roçou seus lábios nos meus, me dando um selinho demorado.
- Boa aula -falou sorridente.
E caminhoupara a sua sala. Antonella me encarou risonha.
- Não começa- pedi.
Ela sorriumais ainda. Caminhamos para a sala de aula, e Hugo foi o centro das atenções.Até mesmo os professores brincavam com ele. E para minha surpresa, ele ficouquietinho. Claro, que ás vezes ele chorava, mas nada que realmente me atrapalha-se.
- Vocêsformar um casal lindo - uma garota disse.
- Obrigada.
Ela sorriu,e saiu andando.
- Até ondeeu sei vocês não são mais um casal - Antonella provocou.
- Nãodeixaria a deixa para ela - afirmei - Ele é meu.
- Seu? - elapergunta arqueano uma sobrancelha.
- Só meu -resmungo.
Ela darisada. Ela me abraça de lado e sai caminhando para fora da faculdade. Enricoesta me esperando, na portaria.
- E aí, comofoi? - pergunta.
- Melhor doque eu imaginei - afirmo sorridente.
- To indo -Antonella aperta meu ombro - E cuida do que é seu - sussurra em meu ouvido, lhemostro a língua.
- Infantil -ela resmunga.
Enrico meolha e sorri - Temos tempo antes de eu ir trabalhar - ele me analisa - vamosdar uma volta.
Ele caminhana minha frente com Hugo e o coloca na cadeirinha, fechando a aporta. E vamosdar uma volta.
- Aondevamos? - pergunto, ele sorri.
- No parque- responde.
Ligo o rádiode seu carro, e coloco em música qualquer, e abaixo o volume.
- Não toouvindo - Enrico resmunga, aumentando o volume.
- Hugo tadormindo - retruco, e abaixo o volume - E se ele acordar vai ficarmal-humorado.
Ele bufa -Então é melhor desligar.
- Mas euquero ouvir - resmungo.
Ele sorri -Você não tem jeito.
- Vocêtambém não - retruca.
Eu sou umsorriso - Tá legal - resmungou - Vou aumentar um pouquinho.
Fomos oresto do caminho conversando, e eu sentia que estávamos voltando a ficar comantes. Ele para estaciona o carro. E nos descemos.
- Vai chover- afirmo, olhando para o seu.
- Vira essaboca pra lá - pede.
- Só estousendo realista.
Ele bufa, eeu o puxo. Tinha um pequeno grupo de meninas nesse parque, e elas focaram seuolhar nele. E eu não gostei nadinha.
- O que vocêesta fazendo? - pergunta, olhando para a minha mão.
- Eu querovocê perto - respondo.
Ele me olhadesconfiado, e segue meu olhar.
- Ciúmes? -pergunta, arqueando a sobrancelha.
- Claro, quenão - minto, e ele percebe - Não temos nada.
- Então -ele fica em silêncio - eu posso ir lá? - provoca.
- Não -resmungo.
- Porquenão? - pergunta, provocando.
- Porque euquero ir embora.
- Acabamosde chegar - afirma.
Eu bufo. Nãovou dar sua tão esperada resposta.
- Vem - elesegura em minhas mãos, entrelaçando nossos dedos - vamos tomar um sorvete.
Deixo ele meguiar, até um carrinho de sorvete. Ele me entrega, um e se sentamos em um banquinho.E ficamos em silêncio.
- Você vaise atrasar - afirmo, olhando a hora.
- Eu sei -afirma - Mas não vejo tanto problema.
- Como não?- pergunto.
Ele sorri -Vou falar - ele me olha - que estou com a minha família.
Eu oencarei, e sorri.
0B!1s_m
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Somente sua.
RomanceO valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.O segredo da vida não é ter tudo que você quer, mas amar tudo que você t...