Três.

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Uma semana depois.

Hoje seria o primeiro dia de féria. E isso significa que é meu primeiro dia no desafio da professora Márcia. Vou direto para a sua casa, sem dramas. Quando chego a sua casa. Estou ansiosa. Toca a campainha.

- Você apareceu - fala abrindo o portão - Pensei que tinha desistido de vir - deu uma pausa - Entra.

Sorri. Ela fechou o portão - Estava indecisa se tocava a campainha ou não - afirmei

Ela riu - Vem vou te mostrar a casa.

A acompanhei. Ela me mostrou a casa inteira.

- O silêncio acabou - resmungou

- Não tinha ninguém em casa? - perguntei. Ela assentiu.

- Lembre-se você é só uma garota que está em busca de emprego, para pagar a faculdade.

Sorri - Pode deixar - afirmei.

A porta se abriu. E entraram quatro pessoas. E cada uma foi para seu canto.

- Nem cumprimentam mais? - Márcia falou - E cadê a educação de vocês? - perguntou

Ela me puxou com ela para a sala. Todos olharam para mim. Aposto que estava vermelha igual a um pimentão.

- Essa é a Marjorie - falou - E aqueles são Angie e Enrico - apontou - E aquele dormindo é o Hugo.

- Quem é ela? - Angie perguntou

- Ela vai cuidar de vocês - afirmou - E da casa - ela levantou um dedo - Quero muito respeito.

- Nós vamos respeita-la - Enrico falou.

- Ótimo - falou e saiu.

Eu fiquei ali sem saber o que fazer. Eles voltaram a fazer o que estavam fazendo e eu decidi ir para a cozinha. Olhei a hora. E ainda não era do almoço, fiquei sentada ali.

- Te achei - Márcia falou - Temos que resolver mais algumas coisas - se sentou - Nós vamos fazer uma viagem, e eu queria que você fosse junto - deu uma pausa - e depois eu e meu marido vamos fazer uma viagem, e eu queria que você ficasse com as crianças.

- Vou acompanha-los na viagem - afirmei - E vou ficar com eles, o tempo que você precisar.

- A mais fácil de lidar é a Angie - falou baixinho - Vai ajuda-la.

Eu levantei e desci ter uma aproximação.

Subi até seu quarto e bati na porta.

- Entra - falou. Abri a porta.

- Oi - falei - Precisa de ajuda? - perguntei

- Eu nã..- ela suspirou - preciso.

Entrei em seu quarto - Do que você precisa? - perguntei

- De alguma informação? - me encarou

- Sobre a viagem? - Ela assentiu - Não sei de nada - afirmei

- Então o que você acha que eu devo levar? - perguntou e se sentou na cama.

- Um pouco de cada - respondi - Mas, não o guarda roupa inteiro - afirmei.

Ela sorriu. Ela se levantou e pegou sua mala - Então, você vai ter que me ajudar.

Ela começou a separar as roupas.

- Você parece ser nova, para trabalhar já - afirmou de repente.

- Não sou não nova assim - falei.

- Então quantos anos você tem? - perguntou.

- Vinte e um - respondi. Ela me encarou.

- Você é nova sim - falou indignada - E o que você faz da vida? - perguntou

- Eu estudo - afirmei - E aí? Acabou? - perguntei mudando de assunto.

Ela sorriu - Sim - falou - Só não estou conseguindo fechar.

- Eu te ajudo - fechei a sua mala - Passa o zíper - pedi - Pronto.

Ela sorriu - Até parece que é fácil - resmungou. Seu celular tocou - Tenho que ir - falou - E obrigado.

Sorri e de novo não tinha nada para fazer. Fiquei caminhando pela casa. Fui para o jardim e me sentei. Fiquei observando o tempo. Estava um sol e agora estava mudando para frio.

- Esqueci minha blusa - resmunguei. Voltei para dentro de casa.

Eu devia ter trazido minha mala hoje, porém minha mãe iria fazer um monte de perguntas sobre, então decidi que amanhã eu a traria. Sem falta.

Cheguei a casa. Ensopada da chuva que eu peguei no caminho. Corri pro meu quarto. Tomei um banho. E fui me despedir dos meus pais.

- Qualquer coisa liga - pediu - Vou sentir saudades - afirmou

- Vamos - falou - Se cuida - meu pai falou

Eles foram embora e eu fiquei sozinha. Decidi chamar meu dia de hoje de solidão.

Somente sua.Onde histórias criam vida. Descubra agora