Marjorie.
Espero Antonella na porta de casa.
- Agora você vai me explicar – afirmou.
- Quem estava com você? – pergunto.
Ela pensa – Enrico e Angie – responde. – E porque você não foi? – pergunta.
- Já os conheço – ela me encara.
- Como assim? – pergunta – Ele te apresentou eles?
Sorrio – Não – respondo. – Eu fiquei na casa deles – explico.
- Aquele trabalho da Márcia? – faço que sim – Eu disse que ia dar errado.
- Eu sei – sussurro.
Ela fica em silêncio, pensativa – Mas, eu ainda não entendi porque você não foi ao parque?
Suspiro – Isso é complicado – afirmo. – Eu me apeguei demais a eles – sorrio – fora que eu menti para eles.
Ela sorriu – Eles falaram de você – afirmou. – E pelo o que eu entendi eles te querem de volta.
- Co-como? – gaguejo nervosa.
- É isso o que você ouviu – respondeu – quando eu falei seu nome, um sorriso surgiu no rosto deles – ela sorri – E eu não falei que era você – afirma – E eles ficaram desapontados.
Fecho meus olhos – Eu me apaixonei – falo baixinho.
Ela sorri – Até que em fim – Antonella diz sorridente – e quando vou conhecê-lo? – pergunta animada.
- Você já o conhece – afirmo – Enrico.
Ela abre sua boca – Você está me dizendo...?
- Sim – suspiro – Eu estou dizendo que me apaixonei pelo Enrico, irmão da Angie.
- Estamos em família.
- Eles não sabem que você me conhece – afirmo – E não vão saber.
- Por enquanto – Antonella diz entre os dentes.
Fito-a de cara feia, e ela sorri.
- Vamos fazer alguma coisa – pede – o que você sugere?
- Não faço ideia.
- Vamos dar uma volta – fala. – Ficar em fornada em casa na última de férias, não rola.
- Só vou pegar meu celular – afirmo – E uma blusa.
Ela assente. Corro para meu quarto pego a primeira blusa que vejo e desço para a sala, onde Antonella me espera.
- Vamos – ela se levanta.
- Vamos pela praça – Antonella me puxa.
Travo no lugar – Sem praça – resmungo – Pela rua.
Ela faz cara feia, mas cede.
- Sabe de uma coisa – ela da uma pausa – nossas aulas começam semana que vem – eu suspiro – e nem compramos nosso material.
- Putz eu me esqueci completamente.
- Que tal shopping – ela sugere.
Do risada – Você ainda pergunta!
Nós vamos para um shopping que fica perto da minha casa. Ela corre para a loja de roupas e eu fico no tédio.
- Material lembra – passo a mãe em seu rosto.
Ela abana a mão – Depois.
Tá ai uma coisa que eu não gosto de fazer: Compras. Isso me deixa em um tédio danado, fora que me irrita. Quando enfim ela compra tudo que ela precisa vamos às lojas de matérias escolares.
- Acho que isso dá – falo, olhando minhas compras.
- O meu tá um pouco – ela faz o símbolo de pouco com a mão – exagerando.
Nego com a cabeça. Vamos para o caixa, pago. E enfim, vamos para casa.
- Vamos à praçinha – Antonella fala – Por favor.
Olho para as minhas mãos cheias de sacola, suspiro – Qual, o motivo? Razão e circunstância?
Ela da risada – Só vamos – pediu.
Faço bico, mas a acompanho.
- Eles foram embora – resmunga.
- Quem? – pergunto, com uma ideia de resposta.
Ela da um sorriso travesso – Enrico.
Reviro os olhos – Deu errado – digo.
- Vou juntas vocês dois – afirma. – Custe o que custar.
- Já disse que adoro – a encaro – desafios.
- To indo nessa – ela fala.
- Tchau – aceno com a mão.
E caminho de volta para casa. E vou para meu quarto, jogo as sacolas em cima da cama. Pego um livro para ler, minha mente relaxa. Mas minha mente viaja, no que Antonella pode fazer.
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Somente sua.
RomanceO valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.O segredo da vida não é ter tudo que você quer, mas amar tudo que você t...