Trinta.

2K 166 10
                                    

Enrico.
O silêncio da Mar, me deu a resposta que eu precisava saber. Ela não me amava. Resolvi ir conversar com os rapazes, e acabei tocando no assunto.
- Ela é assim mesmo – Gabriel falou – Se não tiver certeza que você sente o mesmo ou segura para contar ela não vai.
- Mas eu demonstro – resmunguei
Eles riram da minha cara
– Porque você não fala – Guilherme sugeriu.
Olhei em volta e não a vi mais. Vi minha mãe descendo, sem o Hugo. E logo imaginei onde ela esta.
- E se mesmo assim ela não falar? – perguntei o encarando.
- Você está apaixonado – Gabriel zombou.
- Igual a vocês – olhei para os dois – Vou falar com a Mar.
- É melhor não – Gabriel alertou – a deixa pensar.
Suspirei fundo, e fui pegar um copo de suco.
- Oi – minha mãe falou passando, as mãos em minha cintura – o que você quer? – perguntou.
- Refrigerante – ela fez careta. – Mãe – ela me olhou – você sabe onde a Ma está? – perguntei.
Ela sorriu – Com Hugo – respondeu.
Fui falar com o Gabriel que estava perto da Angie. Ficamos conversando, eu não resisti e olhei para cima e vi a Mar, brincando com o Hugo.
- Já tão indo chamar ela – Antonella afirmou – E você moço como esta?
- Com fome – brinquei – E você?
- Sem fome – entrou na brincadeira.
E logo Marjorie e Guilherme apareceram. Angie chamou Antonella, e elas se abraçaram. Cantamos parabéns para Angie. E depois ele foi dar os pedaços de bolo para cada um da festa. Meu olhar estava na Marjorie, segui a com o olhar e ela se sentou em um canto e em outro. Gabriel fez um anuncio que me assustou, mas ver a alegria da minha irmã me deixou mais tranquilo.
- Enrico – minha mãe me chamou – vem uma foto em família.
Eu sorri. Caminhei em sua direção, e fiquei ao seu lado.
- Mãe – ela olhou – Eu quero a Mar aqui – pediu.
- Não precisa pedir – avisou – Mar é da família.
Ela sorriu. – Marjorie – Angie chamou, e nada – Marjorie – ela gritou, e nada – Caramba – ela resmungou – Marjorie cadê você?
Antonella sorriu – Ela foi embora – avisou.
- Co-como? – ela me olhou – Sozinha? – ela assentiu. – Para onde?
Ela me encarou – Fica calmo – Antonella resmungou
- Minha resposta – insisti.
Ela bufou – Ponto de ônibus – respondeu – é o mais provável.
Uma preocupação tomou conta de mim, e eu saio atrás dela. Perto da minha casa tinha três pontos que iria para a casa dela. Caminhei para o primeiro ponto, e nada. Continuei e fui para o segundo ponto. E bingo!

- Já disse que você é louca – falei, quando eu estava perto.
Ela me encarou assustada e depois ela sorriu, de alivio – Veio me ofender? – me olhou – Pode ir embora.
- Marjorie – eu suspirei – vamos para casa – ela negou – eu levo você – sugeri – você não precisa ter passa perigo e me deixado com um louco quando eu sobe – desabafei.
Ela bufou – Eu já disse que não – afirmou.
- Marjorie – me aproximei, ela não recuou – Por favor – pedi.
Ela suspirou – Eu já tivesse que não – me olhou – Qual é o seu problema?
- Você – ela me olhou – Você é a porra do meu problema – suspirei – Eu me importo com você, eu não sei o que fazer com você – eu a encarei – você se aproxima e do nada me afasta. Eu amo você.
Ela deu sinal para o ônibus.
Ela me olhou – Se eu sou um problema – ela suspirou – vai embora e me deixa.
Isso eu seria incapaz de fazer: Deixa-la.
Ela entrou no ônibus e eu a segui. Ela pagava a passagem e eu a esperava. Ela se sentou em um dos bancos do fundo, ela colocou a bolsa ao lado para que eu não sentasse, tirei a mesma.
- Vamos conversar – pedi – por favor.
Ela estava indomável, ela se levantou passando por mim. Eu a puxei.
- Marjorie – eu a olhei – por favor.
- Culpa sua – falou – Eu não quis dizer que te amava – resmungou – eu não queria assumir e você logo ficou ofendido – ela olhou para o outro lado – eu só estava confusa – ela fechou os olhos, e me encarou – E se você quer saber – uma lagrima escorreu do seu olho – Eu amo você.
Eu a analisava, e ela fazia o mesmo.
- Enrico – ela estalou os dedos na minha cara.
Eu a puxei e a beijei. Ela não retribui no começo, mas depois ela acabou correspondendo. Eu a puxei para mais perto, ela entrelaçou seus braços em meu pescoço e arranhou de leve minha nuca.
- Odeio brigar com você – resmungou, entre o beijo. Dei beijos em seu pescoço – Estávamos em um ônibus – ela resmungou.
Dei risada – Eu gosto – ela me encarou – dá parte em que fizemos as pazes.
- Não vou dormir com você – ela se levantou, eu acompanhei.
Eu a abracei de lado, e fomos caminhando até a sua casa. Ela abriu a porta. Ela passou e eu passei em seguida. Puxei ela pela cintura, colando nossos corpos.
- Vamos jogar? – sussurrei em seu ouvido, a virei para me olhar.
- Que tipo de jogo? – perguntou.
- Aquele que e agente jogou uma vez – dei um sorriso malicioso – Jogo do dado.
Ela deu um sorriso brincalhão – Só se você me ensinar – provou.
Beijei seu pescoço – Eu te ensino com o maior prazer.
Ela deu risada.
- Pode ser – deu de ombros – Só vou tomar um banho.

Ela entrou no banheiro e eu deitei na cama. Fiquei perdido em pensamentos. Depois de longos minutos ela saiu do banheiro, com uma toalha enrolada na cabeça. Fiquei encarando-a.
- O que foi? – ela perguntou, enquanto tirava a toalha do seu cabelo.
Fechei meus olhos – Acho que é melhor a gente conversar – pedi.
Ela me olhou, atrás vezes do espelho – Pode falar.
Suspiro – Acho melhor a gente se afastar por um tempo – peço – Dar um tempo.
Ela fica em silêncio, e continua a pentear seus cabelos, como se eu não estivesse falando nada.
- Para ter certeza se realmente é isso que a gente quer – continuo – A gente é diferente e somos dois complicados. Fora que eu não aguento brigar mais, e aturar suas infantilidades.
Ela fecha os olhos, mas continua em silêncio.
- Marjorie – a chamo, ela suspira – Estou falando com você.
- Espero que você conheça o caminho para fora da minha casa – ela diz, friamente. – Porque me fazer de idiota você soube muito bem fazer.
- Marjorie.
- Você me ouviu? – ela arqueia uma sobrancelha – e é bom que suma da minha vida – ela pede – Porque é isso que eu vou fazer.
Fico em silêncio, pensando.
- Você já pode ir embora – ela avisa – esta esperando o que?
- Tchau, Marjorie.
Digo, e a olho. Sai do seu quarto, com uma dor no peito. Mas era o melhor a se fazer.

Somente sua.Onde histórias criam vida. Descubra agora