Oito.

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Acordei cedo demais. E ainda por cima na cama errada. E completamente nua. Acho que o nosso joguinho foi memorável. Porém totalmente esquecível. Virei-me na cama e Enrico dormia igual a um anjo. Levantei-me e tentei procurar minha roupa. A única coisa que achei foi á camisa de Enrico. Vesti a mesma e sai de seu quarto. E caminhei rapidamente até o meu. Peguei meu celular. E ainda estava de madrugada.

- Preciso de um banho - resmunguei. Enquanto pegava meu pijama. Entrei no banho e logo sai. Vesti-me e me deitei na cama. Eu ainda sentia o cheiro de Enrico em mim. Devo estar ficando louca.

Acho que eu dormi de novo. Pois levantei assustada com Angie, espancando minha porta.

- Já vai - falei. Caminhei até a porta e abri.

Ela sorriu - Ainda estava dormindo? - perguntou - Vamos sair em meia hora - avisou - Se apressa - pediu.

Suspirei - Certo - falei - Fico pronta em dez minutos.

Fechei a porta e terminei de arrumar minha mala. Coloquei uma roupa confortável. Peguei minha mala. E fui em direção á cozinha.

- Bom dia - falei. E me sentei ao lado de Angie.

- Tá animada? - perguntou - Isso significa que a noite foi boa - falou animada.

- Não - afirmei - Significa que eu estou animada porque vou ir viajar - expliquei.

Ela bufou - Esse pessoal enrola demais - resmungou - E sabe o que eu descobri? - perguntou. Neguei - Que vamos para a praia e depois para outro lugar.

Sorri - De carro? - Ela assentiu - Não cabe todo mundo - afirmei.

Ela deu de ombros - Mas que vamos todos - Dei risada.

- Vamos meninas - Márcia falou - E nós ajude a colocar as malas no carro - sorri. - Mar - Angie me chamou - Chama o Enrico para mim - pediu

Eu assenti. Porque como eu explicaria que eu não o chamaria. Eu estava completamente envergonhada. Bati na porta de seu quarto.

- Entra - pediu. Abri a porta e entrei.

Sorri - Estão te esperando lá embaixo - falei.

Ele sorriu - Já vou descer - avisou - Espera - pediu.

- O que foi? - perguntei.

Ele mordeu seu lábio inferior - Minha mãe já te falou que vamos pegar a estrada juntos? - Neguei com a cabeça - Isso vai ser divertido.

Sorri envergonhada - Vai ser sim.

Ele caminhou em minha direção. E fechou a porta e depois a trancou. Passou as mãos em meu rosto. Fechei os olhos. E me puxou para um abraço.

- Não é para ficar com vergonha - pediu.

- Eu sei - sussurrei baixinho.

Ele me afastou, mas só o suficiente para me olhar nós olhos.

- Eu pensei que você estava bêbado - afirmei - E que ia desistir.

Ele sorri - Não estava bêbado - afirmou - Porque você me pediu para não beber - passou as mãos pelo meu rosto.

Ele me abraçou de novo. E beijou carinhosamente minhas testa.

- Vem vamos descer - pediu - Mas antes - ele me olhou e deu um sorriso malicioso. E me beijou - Agora sim - apertou a pontinha do meu nariz - Vai ser um bom dia.

Bufei e sai do seu quarto. Ele me seguia. Eles terminaram de arrumar as coisas.

E começamos a viagem. E como Enrico disse eu fui com ele. Já que não teria espaço no carro.

Liguei o som em um volume tranquilo. Mas a música bem agitada. Aconcheguei-me no banco e fechei meus olhos.

- Não é para dormir não - Enrico resmungou - Mar - abri um olho - Mar - ele insistiu.

Olhei para ele, que sorriu - Quero dormir - resmunguei.

- Vou te contar uma coisa - falou - Você já foi a uma cachoeira? - perguntou

- Não - respondi - Por quê?

Ele deu um sorriso travesso - Porque vou te levar em uma - afirmou - E não adianta dizer não.

Nossa viagem foi tranquila e rápida. Chegamos a casa deles. Era muito bonita e parecia ser aconchegante. Enrico envolveu sua mão em minha cintura.

- Não reclama - pediu.

Eu o encarei - Eu não te dei intimidade até esse nível.

Ele deu um sorriso malicioso. E eu sabia o que ele falaria. Fiz cara feia para ele. Entramos na casa deles. E só tinha três quartos. A Márcia e seu marido ficariam em um. Angie e Hugo em outro.

- Vocês são os mais velhos - Márcia explicou - E eu não vejo problema de dividirem o quarto.

Eu suspirei. O que eu tinha feito? Minha semana seria conturbada e totalmente sedutora. Já que Enrico passaria as noites comigo? Só de pensar um arrepio percorreu minha espinha.

- Marjorie, Marjorie agora é a hora de o seu juízo funcionar - falei para mim mesma.

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