Não dormi direito, estava em um cadeira que achei no quarto da Mar, e acordava de hora em hora para ver se ela estava bem. E estou um caco. Vou para o banheiro e jogo uma água no rosto. Marjorie se mexe, ela faz umas caretas enquanto dorme e é bem bonitinho.
Ela abre os olhos lentamente e sorri – Vem aqui – pede, com a voz sonolenta.
Eu caminho em sua direção e me sento na cama – Você tá bem? – pergunto.
- To mais ou menos – responde – Porque você está aqui? – pergunta.
- Cuidando de você – respondo, ela sorri envergonhada.
- Desculpa – pede.
- Pelo o que? – pergunto.
Ela fecha os olhos – Por fazer você perder a aula e por ter que ficar comigo o dia inteiro.
Sorrio – Eu não me importo com a aula desde que você esteja bem – afirmo – sua saúde é mais importante para mim.
- Porque você dormiu ali? – pergunta e olha para a cadeira.
Eu olho para ela – Você está cheias de porquês hoje – suspiro – e porque você tava doente e não queria te atrapalhar.
Ela abre um sorriso – Mas lá é ruim – resmunga.
Fico em silêncio.
- Vem aqui – ela abre um braço – vou te dar um abraço e tentar cuidar de você.
Dou um sorriso de lado – Melhor não.
- Por favor – pede manhosa.
Eu encosto minha cabeça em seu seio e passo o braço em volta de sua cintura. Ela se vira, se encaixando em mim. Ela faz carinho em meus cabelos.
- Obrigado – ela sussurra.
Dou um beijo em seu colo, ela se arrepia – Não precisa dizer obrigado – afirmo, levando meu olhar para olhar seu rosto – eu gosto de cuidar de você – dou um sorriso malicioso.
Ela retribui – Esquece o banho – ela pede.
- Impossível – afirmo – quero de dar banho mais vezes.
Ela faz um biquinho e bufa.
- O que você quer? – ela pergunta.
Aconchego-me nela – Vem – ela não me solta – Tomar um café e tomar remedinho.
Ela faz cara feia – Não vou tomar remédio – avisa.
Ela me olha desafiadoramente e eu retribuo seu olhar – Veremos.
Ela levanta da cama e vai para o banheiro, eu pego seu remédio, e o levo para a cozinha.Preparo um café leve para ela comer. Ela aparece na cozinha minutos depois, sorridente.
- Sabe – eu a olho – eu queria estar na praia – resmunga.
Sorrio – Eu te levo – afirmo – mas só quando você melhorar.
- Eu vou melhor em quantos dias? – pergunta.
Dou um suspiro – Em uma semana, mais ou menos.
Ela resmunga – Vou ir para casa da Antonella – resmunga.
Eu nego com a cabeça – Não – afirmo – eu vou cuidar de você – aponto para mim – nessa casa.
Ela fica em silêncio, e um sorriso surge em seus lábios – Mas é a faculdade?
- Não interfere. – me sento de frente para ela – Nada o que a senhorita inventar vai me fazer ir embora – aviso.
Ela morde seu lábio – Serio?
Eu arqueio uma sobrancelha – Seriíssimo – afirmo – você não vai fugir de mim.
Ela da um sorrio travesso – Se você diz.
Olho no relógio – Hora do bebe tomar remédio.
Ela facha a cara – Primeiro – ela faz o numero um - não sou um bebe – faz o numero dois com os dedos – não vou tomar remédio.
Eu levanto e me aproximo dela – Toma, por favor – peço.
Ela nega e pressiona os lábios.
- Você tá parecendo uma criança birrenta – aviso.
Colo o remédio na mesa, e apego no colo. Ela resmunga.
- Abre a boquinha – peço. Ela nega – Marjorie – resmungo.
- Se você não me der o remédio faço qualquer coisa para você – ela me encara.
Mordo meu lábio inferir – Proposta tentadora – afirmo – Mas – eu a olho – quero você boa.
Ela sorri frustrada, e abre a boca. Ela toma o remédio. Dou um beijo em seu pescoço, ela se arrepia. Dou um selinho nela.
- Agora – ela me olha – para sala.
- Não – resmunga – quero colo – ela se aconchega em mim.
- Isso esta sendo complicado – aperto a pontinha do seu nariz.
Ela se levanta e caminha para seu quarto. Eu fico na cozinha arrumando a bagunça.Vou para sala e acho um vídeo game. Pego o mesmo e o arrumo, começo a joga-lo.
- Não acredito – Marjorie me da um susto – calma – ela pede – sou eu.
Dou risada – É eu estava distraído.
Ela caminha em minha direção e se deita no sofá, comigo.
- O que foi? – pergunto.
Ela sorri – Eu acho que não estou legal – resmunga.
Ela se aconchega em mim.
- Fica calma – peço. – Já vai melhorar.
Minha preocupação volta, e não presto mais atenção no jogo.
- Volta a jogar – ela pede – eu já estou ficando melhor.
- Eu estou jogando – afirmo.
Ela sorri – Não esta não – afirma, e boceja.
- Eu estou preocupado – beijo seus cabelos.
Ela dá um beijo em meu pescoço, mas fica em silêncio. Logo ela adormece.
- Mar – ela resmunga – Vem aqui – peço.
- Aqui está bom – resmunga.
Fecho meu olhos, odeio ver ela assim.
- Você tem que tomar um banho – resmungo.
Ela levanta, e se agarra em mim. E eu a colo em baixo do chuveiro, e como esperado a febre abaixa. Ligo para Angie.
- Oi – ela fala.
- Faz um favor para mim – peço. – Traz umas roupas para mim.
Ela da risada – Claro – ela diz irônica – só me dizer onde você está.
Passo o endereço para ela – Rápido.
- Você vai fugir? - pergunta.
- Não – respondo – e agiliza.
Angie demora a trazer minhas roupas, e eu não a deixo entrar em casa. Eu me troco.
Acabo que levo Marjorie de novo para o hospital, minha preocupação estava fora de controle. E mais uma vez eu ela fica no hospital fazendo exames e tomando medicamentos.
Eu adormeço ao seu lado. Sinto-a apertar minha mão de leve.
- Deita aqui comigo – ela pede sonolenta.
- Não pode – respondo.
Ela sorri – Não quero você doente – afirma – Deita aqui comigo.
Eu subo na maca em que ela esta e deito ao seu lado, ela fica fazendo carinho em meus cabelos, até eu dormir.
Quando o resultado sai e o mesmo que o anterior, uma infecção. Eu resmungo, e Marjorie aperta minha mão.
- Eu vou ficar bem – afirma.
- Eu sei que vai – abraço ela de lado, e beijo carinhosamente sua testa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Somente sua.
RomanceO valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.O segredo da vida não é ter tudo que você quer, mas amar tudo que você t...