Vinte e um.

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Não dormi direito, estava em um cadeira que achei no quarto da Mar, e acordava de hora em hora para ver se ela estava bem. E estou um caco. Vou para o banheiro e jogo uma água no rosto. Marjorie se mexe, ela faz umas caretas enquanto dorme e é bem bonitinho.
Ela abre os olhos lentamente e sorri – Vem aqui – pede, com a voz sonolenta.
Eu caminho em sua direção e me sento na cama – Você tá bem? – pergunto.
- To mais ou menos – responde – Porque você está aqui? – pergunta.
- Cuidando de você – respondo, ela sorri envergonhada.
- Desculpa – pede.
- Pelo o que? – pergunto.
Ela fecha os olhos – Por fazer você perder a aula e por ter que ficar comigo o dia inteiro.
Sorrio – Eu não me importo com a aula desde que você esteja bem – afirmo – sua saúde é mais importante para mim.
- Porque você dormiu ali? – pergunta e olha para a cadeira.
Eu olho para ela – Você está cheias de porquês hoje – suspiro – e porque você tava doente e não queria te atrapalhar.
Ela abre um sorriso – Mas lá é ruim – resmunga.
Fico em silêncio.
- Vem aqui – ela abre um braço – vou te dar um abraço e tentar cuidar de você.
Dou um sorriso de lado – Melhor não.
- Por favor – pede manhosa.
Eu encosto minha cabeça em seu seio e passo o braço em volta de sua cintura. Ela se vira, se encaixando em mim. Ela faz carinho em meus cabelos.
- Obrigado – ela sussurra.
Dou um beijo em seu colo, ela se arrepia – Não precisa dizer obrigado – afirmo, levando meu olhar para olhar seu rosto – eu gosto de cuidar de você – dou um sorriso malicioso.
Ela retribui – Esquece o banho – ela pede.
- Impossível – afirmo – quero de dar banho mais vezes.
Ela faz um biquinho e bufa.
- O que você quer? – ela pergunta.
Aconchego-me nela – Vem – ela não me solta – Tomar um café e tomar remedinho.
Ela faz cara feia – Não vou tomar remédio – avisa.
Ela me olha desafiadoramente e eu retribuo seu olhar – Veremos.
Ela levanta da cama e vai para o banheiro, eu pego seu remédio, e o levo para a cozinha.

Preparo um café leve para ela comer. Ela aparece na cozinha minutos depois, sorridente.
- Sabe – eu a olho – eu queria estar na praia – resmunga.
Sorrio – Eu te levo – afirmo – mas só quando você melhorar.
- Eu vou melhor em quantos dias? – pergunta.
Dou um suspiro – Em uma semana, mais ou menos.
Ela resmunga – Vou ir para casa da Antonella – resmunga.
Eu nego com a cabeça – Não – afirmo – eu vou cuidar de você – aponto para mim – nessa casa.
Ela fica em silêncio, e um sorriso surge em seus lábios – Mas é a faculdade?
- Não interfere. – me sento de frente para ela – Nada o que a senhorita inventar vai me fazer ir embora – aviso.
Ela morde seu lábio – Serio?
Eu arqueio uma sobrancelha – Seriíssimo – afirmo – você não vai fugir de mim.
Ela da um sorrio travesso – Se você diz.
Olho no relógio – Hora do bebe tomar remédio.
Ela facha a cara – Primeiro – ela faz o numero um - não sou um bebe – faz o numero dois com os dedos – não vou tomar remédio.
Eu levanto e me aproximo dela – Toma, por favor – peço.
Ela nega e pressiona os lábios.
- Você tá parecendo uma criança birrenta – aviso.
Colo o remédio na mesa, e apego no colo. Ela resmunga.
- Abre a boquinha – peço. Ela nega – Marjorie – resmungo.
- Se você não me der o remédio faço qualquer coisa para você – ela me encara.
Mordo meu lábio inferir – Proposta tentadora – afirmo – Mas – eu a olho – quero você boa.
Ela sorri frustrada, e abre a boca. Ela toma o remédio. Dou um beijo em seu pescoço, ela se arrepia. Dou um selinho nela.
- Agora – ela me olha – para sala.
- Não – resmunga – quero colo – ela se aconchega em mim.
- Isso esta sendo complicado – aperto a pontinha do seu nariz.
Ela se levanta e caminha para seu quarto. Eu fico na cozinha arrumando a bagunça.

Vou para sala e acho um vídeo game. Pego o mesmo e o arrumo, começo a joga-lo.
- Não acredito – Marjorie me da um susto – calma – ela pede – sou eu.
Dou risada – É eu estava distraído.
Ela caminha em minha direção e se deita no sofá, comigo.
- O que foi? – pergunto.
Ela sorri – Eu acho que não estou legal – resmunga.
Ela se aconchega em mim.
- Fica calma – peço. – Já vai melhorar.
Minha preocupação volta, e não presto mais atenção no jogo.
- Volta a jogar – ela pede – eu já estou ficando melhor.
- Eu estou jogando – afirmo.
Ela sorri – Não esta não – afirma, e boceja.
- Eu estou preocupado – beijo seus cabelos.
Ela dá um beijo em meu pescoço, mas fica em silêncio. Logo ela adormece.
- Mar – ela resmunga – Vem aqui – peço.
- Aqui está bom – resmunga.
Fecho meu olhos, odeio ver ela assim.
- Você tem que tomar um banho – resmungo.
Ela levanta, e se agarra em mim. E eu a colo em baixo do chuveiro, e como esperado a febre abaixa. Ligo para Angie.
- Oi – ela fala.
- Faz um favor para mim – peço. – Traz umas roupas para mim.
Ela da risada – Claro – ela diz irônica – só me dizer onde você está.
Passo o endereço para ela – Rápido.
- Você vai fugir? - pergunta.
- Não – respondo – e agiliza.
Angie demora a trazer minhas roupas, e eu não a deixo entrar em casa. Eu me troco.
Acabo que levo Marjorie de novo para o hospital, minha preocupação estava fora de controle. E mais uma vez eu ela fica no hospital fazendo exames e tomando medicamentos.
Eu adormeço ao seu lado. Sinto-a apertar minha mão de leve.
- Deita aqui comigo – ela pede sonolenta.
- Não pode – respondo.
Ela sorri – Não quero você doente – afirma – Deita aqui comigo.
Eu subo na maca em que ela esta e deito ao seu lado, ela fica fazendo carinho em meus cabelos, até eu dormir.
Quando o resultado sai e o mesmo que o anterior, uma infecção. Eu resmungo, e Marjorie aperta minha mão.
- Eu vou ficar bem – afirma.
- Eu sei que vai – abraço ela de lado, e beijo carinhosamente sua testa.

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