Vinte e quatro.

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Marjorie.
Segunda.
Eu estou me sentindo culpada. Eu nunca me senti assim quando eu fazia minhas loucuras, mas dessa vez eu fiquei e tudo por causa do Enrico. Ele não teve culpa de ter falado aquelas coisas para mim, ele estava certo, quero dizer esta certo. E eu ia concertar isso.
- Oi – falo e me sento na cadeira ao lado de Antonella.
Ela sorri – Bom dia – fala. – Como você está? – perguntou.
- Estou melhor – respondo – e você?
- Eu estava preocupada – ela revira os olhos – mas agora estou mais calma.
Eu a encaro – Preocupada?
Ela sorri – Sim – ela toma um pouco de água – com você.
Márcia entra na sala, e inicia a aula.
- E quem faz parte do desafio – ela sorri – quero os relatórios. - pediu.
Peguei a minha bolsa, e procurei os relatórios. E caminhei até a mesa da minha professora.
- Oi – falo, e coloco o relatório em sua mesa – Posso te perguntar uma coisa?
Ela me olha sorrindo – Claro Mar.
Sorrio – Qual é o prédio do Enrico? – pergunto.
Ela da risada – Sabe aquele perto do restaurante – eu assento – é ao lado.
- Obrigada.
Volto para minha mesa, e fiquei pensando no que eu faria. Márcia nos deu uma atividade e nos liberou mais cedo.
- Aonde você vai? – Antonella perguntou.
- Primeiro vou comer – mostrei meu lanche – e depois vou resolver um probleminha.
- Esse probleminha tem nome? – sorriu.
- Tem – resmunguei.
- O que você vai fazer? – ela me olhava curiosa.
Dei um sorriso travesso – Eu ainda não sei – mordi meu lanche – acho que vou ao susto.
- Como sempre – resmungou.
Eu sorri. Antonella foi comprar um lanche, e eu fiquei com ela até ela acabar.
- Boa sorte.
Fiz bico – Eu vou precisar – resmunguei.
Ela deu um beijo em minha bochecha e caminhou para a o seu emprego e eu bom, fui atrás do Enrico.  

Cheguei à sua faculdade e olhei em volta, esse prédio era menor que o meu, mas mesmo assim era grande. Caminhei até uma recepção que tinha lá e pedi informações. Fui até o prédio que a moça tinha me falado.
- Marjorie – me virei – que surpresa.
- Oi Victor – falei, e olhei para os lados.
- O que veio fazer aqui? – perguntou.
Eu sorri – Vim ver meus amigos – menti, ele não precisava saber a verdade.
- Amigos? – ele me encarou – e é claro que eu me encaixo nisso – falou convencido.
- Bom – olhei em volta – na verdade vim ver meus amigos de verdade – afirmei.
- Não sou seu amigo? – ele me encarou surpreso.
- Só conversamos um dia – olhei a hora – e isso não quer dizer que somos amigos.
- Ótimo – ele me encara – não queria ser seu amigo mesmo - Ele me puxa pela cintura – Temos que terminar aquele dia da festa.
Eu tento me soltar, mas não consigo. Ele se aproxima do meu rosto, ele tenta me beijar.
- Me solta – resmungo.
Ele dá risada – Só quando eu terminar.
Ele se aproxima de novo, e eu viro meu rosto. Mas antes dele encostarem-se a mim duas mãozinhas me puxão, e uma das mãos acertam em cheio a cara de Victor.
- Já disse para você não tocar no que é meu – Enrico diz irritado.
Victor coloca a mão no rosto, e se levanta. E tenta ir para cima de Enrico, mas Gabriel o impede.
- O que você ia fazer? – pergunto, enquanto puxo Enrico.
- Te defender – responde – E alias o que você veio fazer aqui? – ele olha em volta – Porque se foi para arrumar confusão conseguiu.
Eu o encaro, e envolvo meus braços, em seu pescoço. Enrico não esta prestando atenção em mim. Dou um beijo em seu queixo, ele fecha os olhos. Mordo o lóbulo da sua orelha, suas mãos vão a minha cintura e á aperta de leve.
- Desculpa – falo, contra seu lábio.
Ele me olha – Pelo o quê? – pergunta.
- Você sabe – resmungo – me desculpa – eu o encaro com um olhar suplicante.
Ele morde o lábio – Não – responde.
Eu o encaro, e meus olhos se enchem de lágrimas. E eu me solto dele.
- Tudo bem – falo.
E saio andando da faculdade.

Enrico vai atrás de mim e me puxa pela cintura.
- Porque você esta me seguindo – resmungo – Você disse que não me perdoa.
Ele me encara – Você acha que eu estou bravo com você?
- Eu vi como você ficou – suspiro – e isso estava claro.
Ele me puxa mais para si – O problema é que não estou – afirma – eu só estava preocupado.
Ele abre a porta de uma sala e me puxa para dentro.
- Então porque você disse não? – pergunto.
Ele cheira meu pescoço – Porque eu gosto de te atormentar.
Eu bufo – Me solta –peço.
- Não – ele fala – Só vou te soltar, quando eu ganhar.
- Ganhar o que? – eu pergunto.
- Depois você vai saber – responde.
Odiava essa história de segredinhos.
- Nós vamos providencias algumas coisas – ele avisa – e uma delas é a sua carteira de motorista – eu o encaro.
- Sem essa – resmungo.
- E suas loucuras – eu o encaro – a partir de hoje eu vou junto.
Eu sorriso surge em meus lábios, eu seguro seu rosto em minhas mãos e o beijo.
- Eu não sei viver sem você – ele diz contra meu lábio – e quando você me disse aquilo – ele fecha os olhos – acabou comigo.
- Eu estava nervosa – afirmo – Aí eu fiz essa bobagem.
Ele me abraça – Eu sei disso.
Nós ficamos em silêncio, nos encarando. Eu me aproximei dele e rocei meu lábio no dele.
- Eu não quero mais brigar – ele sorriu – e não quero que você me obedeça.
- Isso vai ser fácil – falou divertido.
- Agora – fechei meus olhos – quero que você me beije.
Ele deu uma risada. E mordeu meu lábio inferior, e me deu um selinho demorado. E inciou um beijo calmo, que aos poucos foi ganhando intensidade.
- Ah sabe de outra coisa – ele disse, eu o encarei – distância do Victor – pediu.
Sorri – Vou fazer isso.
Ele olha em seu relógio – Agora eu estou atrasado – ele resmunga – culpa sua.
Faço bico – Problema é seu – dou de ombros.
Ele se aproxima – Eu te quero pronto ás oito.
Ele me deu mais um beijo, e entrelaçou nossos dedos e fomos caminhando para fora da faculdade.

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