Vinte e oito.

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Marjorie.
- Você tem que se arrumar – avisei, para Enrico, que estava deitado na minha cama, mexendo no celular.
- Sou mais rápido que você – ele me olhou – então se arruma primeiro.
Sentei-me na cama e cruzei os braços.
Ele revirou os olhos – Menininha birrenta – ele se aproximou de mim e roçou seus lábios no meu – eu já estou indo.
Fingi estar desentendida, ele bufou.
- Mel – ele chamou – onde tem sabonete, aqui? – perguntou do banheiro.
- To indo – falei, e entrei no banheiro. Peguei um sabonete e caminhei em sua direção e o entreguei.
- Obrigado – falou, pegando o sabonete da minha mão. – Espera – eu o encarei – Posso usar qualquer um? – perguntou referindo, ao xampu e o condicionador.
- Menos esses – apontei para dois frasquinhos. Ele me de um sorriso travesso, e me puxo para dentro do chuveiro junto com ele.
- Enrico – resmunguei.
- Eu disse que você ia tomar banho comigo – falou convencido.
Eu fiz cara de brava – Até onde eu sei – dei uma pausa – eu estou de roupa, então não estou tomando banho – falei irônica.
Seu sorriso travesso voltou a aparecer – Esqueci-me da sua roupa.
- Não ouse – pedi, e dei um passo para trás, e consegui me encurralar sozinha.
Ele se aproximou de mim e passou sua mão pelo meu rosto, fechei meus olhos. Suas mãos passearam pelo meu corpo até chegar á barra da minha camisa e ele a tirar lentamente. Ele me puxou para si, colando nossos corpos. Suas mãos começaram a fazer leve caricias em minhas costas até o fecho do meu sutiã, ele o tirou. Suspirei, ele sorriu. E suas mãos foi para meu short, ele deixou que ele caísse, ele me levantou, entrelacei minhas pernas em sua cintura.
- Devíamos tomar banho – resmunguei.
Ele deu um sorriso safado – Ela não vai ligar se chegarmos atrasados.
Eu neguei com a cabeça, e rocei nossos lábios. E iniciamos um beijo calmo. Entrelacei meus braços em seu pescoço, e arranhei de leve a sua nuca, ele suspirou. Ele foi me colocando de novo no chão.
- Realmente – ele suspirou – é melhor tomarmos banho.
Dei um sorriso vitorioso – Eu falei.
Ele revirou os olhos. Eu peguei o sabonete.
- Vou te dar banho – falei sorridente.
Aproximei-me dele, e comecei a passar o sabonete pelo seu corpo. Peguei um xampu e comecei a lavar seus cabelos, ele enxaguou e seguimos o processo até ele estar limpinhos.
- Minha vez – falou sorridente.
Ele se a próximou passando o sabonete, em movimentos lentos em meu corpo. E foi assim até ele terminar. Eu me enrolei em uma toalha e corri para meu quarto, ele veio atrás. Coloquei a roupa que eu tinha separado para a festa da Angie, e assim que terminamos fomos para a tão esperada festa.

Quando chegamos à casa de Enrico, a mesma estava linda. Ele estacionou o carro, eu desci do carro e ele me esperava. Entrelaçamos nossos dedos, e ele de um beijo em minha testa. Caminhamos até a porta de entrada, já que Enrico queria fazer graça. Angie abriu a porta animada, e deu um suspiro frustrado quando viu Enrico.
- Parabém amiga – a abracei apertado, ela retribui meu abraçado da mesma forma – E aí cadê todo mundo? – perguntei – E a festa vai até que horas?
Enrico me olhou desconfiado – Seja o que for que vocês estão tramando – ele fechou a cara pode ir mudando de ideia – pediu.
Olhei para Angie – Estamos aprontando algo? – perguntei, fingindo inocência.
Ela negou – Pelo o que eu sei não – respondeu.
- Vou grudar em você a noite inteira – Enrico resmungou – Agora – olhou para Angie – Parabéns sua velha.
Eu aproveitei a distração e caminhei para dentro da casa. E realmente ninguém havia chegado, então aproveitei para dar uma olhada em tudo, antes que isso lotasse.
- Eu não vou te perder de vista – Enrico sussurrou ao meu ouvido, me causando arrepios.
Dei de ombros – Problema é seu.
Ele apertou minha cintura, e eu sorri.
- Casal – Gabriel chamou nossa atenção.
- Oi – falei – Fiquei sabendo do pedido.
Ele ficou vermelho – Ficou – ele sorriu bobo – O que eu podia fazer? – nos olhou – estou apaixonado.
- Não pedir – Enrico resmungou – Se você machucar ela, eu acabo com você – admitiu.
- Olha irmão ciumento é assim – avisei – mas não liga – olhei para Enrico – ele esta brincando.
Gabriel segurou o riso.
- Depois nos dois vamos conversar – Enrico avisou.
Dei de ombros – Então, tem mais? – perguntei.
Ele assentiu.
- Gente – Antonella falou – Que festa vazia – olhou em volta.
- É por que esta cedo – olhei no relógio – e porque Angie chamou pouca gente.
- Tipo só a gente? – perguntou. Enrico assentiu.
- Só a gente e os amigos mais próximos.
Virei-me para Enrico, e apoiei minha cabeça em seu peito, envolvi minhas mãos em suas cinturas. Ele fez o mesmo comigo, só que apoiando sua cabeça na minha. Ele foi caminhado até se encostar-se à parede. Gabriel colou uma música para tocar.
- Realmente ele está apaixonado – Enrico afirmou, sorrindo.
- Só você, que ainda não tinha percebido.
- Eu só não queria admitir – se defendeu.
Sorri, e dei um beijo em seu queixo.
- Qual o problema com o meu queixo? – perguntou sorrindo.
Mordi meu lábio – É que eu amo seu queixo.
- E eu você me ama? – pergunto, e olhou nos meus olhos.
Fiquei em silêncio, eu não sabia se eu o amava. Quero dizer, eu o amava. Eu só não queria admitir, para ele isso.
Ele suspirou – Eu já entendi – Enrico falou, e me soltou.
Ele se afastou de mim, me deixando ali sozinha. Meu coração se apertou. Segui com o olhar para onde ele havia ido. Fechei meus olhos e encostei minha cabeça na parede e dei um longo suspiro.

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