Capítulo 4

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[Regina]

Confesso que o arrependimento começou a bater no momento em que eu entrei naquele avião, pois ao olhar para trás e examinar a minha vida, tudo no que eu consigo pensar é que meu pai é incapaz de mudar, até porque ele sempre deixou bem claro que a prioridade dele sempre foi e sempre será a minha mãe e a Zelena, eu nunca importei pra ele, então isso me fez começar a pensar no porquê ele me quer por perto agora?

Depois de muito pensar a única coisa que fazia sentido para mim era que O meu pai precisava de mim para alguma coisa, a única pergunta que restava era para quê? Pois Certamente ele não está à beira da falência, caso contrário ele não teria contratado esse detetive particular que pelas minhas pesquisas apenas uma consultoria custa quase que 7 meses de trabalho meu, mesmo que eu ganhe muito bem.

Não posso dizer que foi amor Cristão porque meu pai nunca foi Cristão, então a única coisa que faz sentindo na minha cabeça é que ele está morrendo e que precisa me tomar um órgão, já que suas queridinhas podem não serrem compatíveis.

Isso seria muito mais plausível para mim, mas eu tenho certeza de que ele tivesse doente, ele jamais pediria ajuda a mim, mas por Zelena eu tenho certeza de que ele iria até o inferno.

Admito que quanto mais eu tentava achar um sentido para essa repentina reconciliação familiar, mais preocupada eu ficava e naquele momento eu me arrependi profundamente de não ter aceitada a companhia da Ruby, pois eu tenho certeza que ela saberia dizer exatamente a coisa certa para me acalmar, mas acho que foi exatamente por isso que eu não quis que ela viesse, pois eu queria protegê-la do caos que é a minha família.

Entretanto eu errei feio ao não deixar Evie com a Ruby, pois expor a minha filha a essa corja pode ser muito prejudicial à minha pequena, mas eu queria tanto que ela conhecesse a Fazenda, queria tanto que ela conhecesse os meus antigos amigos(se é que eu ainda tenho algum), mas principalmente, queria que ela conhecesse o Tempestade e foi por isso que deixei me levar pela emoção e por isso eu estou assim, nesse mar de angústia.

A viagem também não ajudou muito para acalmar o meu estado de espírito, pois por mais que Evie esteja adorando viajar de avião, o voo foi horrível, foram 5 horas de muita turbulência, quando eu finalmente achei que estaria em terra firme, o piloto informou que precisaria dar umas duas voltas no ar até que a pista fosse liberada para pouso.

Quando finalmente aterrissamos eu pensei que a pior parte já havia passado, mas foi aí que o inferno começou de verdade, pois foram umas 5 horas na estrada e para uma criança isso é horrível, mesmo que essa criança seja Evie que sempre foi tão quieta e comportada, mas no fim a minha pequena estava tão cansada que por mais que ela tenha se esforçado ao máximo para se manter acordada, quando finalmente estávamos chegando, ela apagou nos meus braços.

Confesso que eu também estava morta de cansada e tudo o que eu queria era tomar um banho e dormir, mas quando o detetive parou na porteira a minha esperança de descansar foi pro brejo ao ver que a fazenda estava lotada e no momento em que eu sai do carro todos gritaram.

- SURPRESA....

Aquela cena toda foi tão inesperada que eu acabei me assustando com o ato e Evie também já que a minha pequena acabou acordando assustada, o detetive estava prestes a pegar a minha filha, quando eu falei.

- Não encosta nela... ela fica comigo... - disse ao afasta-lo dela, ele me encarou meio frustrado, mas eu não me importei, apenas segurei a minha pequena com mais força e ela por estar exausta demais, acabou voltando a dormir rapidamente em meu colo, meu pai vendo que a sua recepção não ocorreu como ele desejou, ele veio até mim e tentou pegar Evie, mas eu dei um passo para trás e perguntei - o que é isso?

A Prostituta (G!p)Onde histórias criam vida. Descubra agora