Capítulo 25

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[Emma]

Desolada, perdida e frustrada - é assim que me sinto agora. Descobrir a verdade sobre Regina, sobre a armação que ela e a mama Ruby fizeram, abalou as bases do meu mundo. Eu sabia que Regina tinha experiência sexual, mas nunca passou pela minha cabeça que ela pudesse, de fato, ser uma prostituta, mesmo que ela tenha me dito isso varias e varias vezes. E para piorar, saber que minha tia/mãe foi quem a envolveu nessa vida é a pior coisa que poderia ter acontecido.

Agora, com todo o conhecimento dessa situação, sinto-me extremamente traída, magoada e completamente perdida. As lembranças de nossos momentos juntas ganharam uma nova perspectiva, obscurecendo a verdade que eu achava que conhecia, a minha confiança foi despedaçada, e agora eu não sei o que fazer.

Confesso que não tinha percebido que dentro daquele envelope havia um estilete. Se soubesse, jamais o teria arremessado contra Regina, e quando ela desmaiou nos meus braços, um sentimento avassalador de culpa me consumiu. Fiquei desesperada e a levei para o hospital, acompanhada de Gaston, que claramente desejava socar minha cara.

Porém só fiquei ao lado dela até o momento em que soube que ela ficaria bem, pois simplesmente parti antes que o médico compartilhasse a outra informação importante que ele desejava, pois isso já não me interessava mais, até porque a última coisa que desejo é ficar perto dela.

Fui direto para o estacionamento do hospital, entrei na minha caminhonete e por mais de 40 minutos eu fiquei paralisada, apenas pensando em tudo o que Zelena me falou, sobre o plano que Regina e a minha tia bolaram para arrancar tudo o que os meus pais me deixaram.

Entretanto ao pensar em tudo o que a minha tia fez por mim e por meu irmão, e também todos os dias que eu passei com a Regina, a história da Zelena começa a ficar confusa, pois nem Ruby, nem Regina nunca me pediram absolutamente nada, na verdade, mesmo depois que eu fiz 18 anos, mama Ruby nunca aceitou que eu gastasse o meu dinheiro, ela me dava uma mesada muito boa, ela quem pagou a minha faculdade, ela me deu a fazenda com um hospital veterinário completo, e Regina, ela nunca me pediu nada, na verdade a morena nunca quis nem ao menos se aproximar de mim, como ela já jogou na minha cara varias e varias vezes, mas ainda assim, em todas as vezes que saímos, ela fez questão de dividir a conta, eu é que sempre dei um jeito dela ficar com o dinheiro, colocando na bolsa dela sem que ela percebesse ou deixando na casa dela.

Confusa com tudo isso e irritada por estar com tanta raiva que não permitir da mama Ruby e Regina se explicassem, eu finalmente comecei a reagir. Eu gritei, chorei, bati no volante da minha caminhonete com toda a minha força até as minhas mãos sangrarem e claro, liguei pro meu irmão atrapalhando o que seria a sua primeira folga descente depois de vários dias caóticos.

Kristoff, no entanto, não reclamou, ele apenas me ouviu com extrema atenção, fez alguns comentários parecendo nem se importar com o fato da nossa "mãe" ser uma prostituta e depois mandou que eu fosse pra casa, pois eu precisava descansar para ter a cabeça fria e processar tudo de maneira mais calma depois.

Honestamente eu não queria ir pra casa, pois hoje de manhã, a minha casa havia sido o palco de uma intensa manhã de amor entre mim e Regina, mas agora eu sei que tudo o que vivemos nos últimos dias não passou de uma mentira.

E ao pensar nisso, confesso que a minha vontade nesse momento era de entrar em um bar e beber até cair, mas meu irmão estava certo, eu precisava descansar para esfriar a minha cabeça, então mesmo contragosto, eu mandei uma mensagem pra Ana dizendo que não poderia buscar as crianças na escola hoje e fui pra casa, mas ao chegar lá, fiquei ainda com mais raiva ao ser recebida por Mama Ruby.

- Emma... precisamos conversar – disse ela aflita quando eu saí da caminhonete.

A sensação de traição e confusão tomava conta de mim, então encarei Mama Ruby com um misto de raiva e decepção e falei.

A Prostituta (G!p)Onde histórias criam vida. Descubra agora