Capítulo 22

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[Regina]

Emma, o que eu faço com essa mulher? Pois quando eu penso que não posso mais me surpreender com ela, ela vai lá e me surpreende.

Que ela tem um grande carinho pela afilhada e pelo Carlos não é surpresa pra ninguém, mas Só no tempo que eu estou aqui o tanto de coisa que ela fez para que Carlos fosse incluído em todas as atividades que fizemos é uma coisa admirável, ela é admirável e eu estou perdida.

Confesso que eu estou morrendo de medo de contar a ela a minha história e no fim ela se mostrar uma pessoa totalmente diferente pra que eu tenho conhecido nos últimos dias, mas eu vou arriscar e se ela me aceitar, eu largo tudo para ficar ao lado dela, mesmo que pra isso eu tenha que continuar aqui, nesse lugar que tanto me fez mal.

Como eu não consigo ser aquela pessoa que simplesmente se joga na piscina, eu dei um passo ridiculamente curto ao dizer que morava em Boston, Emma ficou surpresa por eu ter revelado isso já que ela me pergunta aonde eu moro desde o dia que nos conhecemos, mas confesso que fiquei feliz e aliviada por ela não ter me perguntado nada, ela apenas me deixou guiar a nossa conversa, como ela prometeu que faria e isso me deixou ainda mais tranquila.

Quando enfim nós chegamos na minha casa, ela me ajudou a levar as crianças pros seus quartos, me pediu um beijo que eu dei sem pensar duas vezes e quando o ar nos faltou, ela se despediu e foi embora.

Confesso que eu estava nas nuvens e agora mais do que nunca eu tinha certeza do que eu tinha que fazer, eu tinha que contar a Emma tudo o que aconteceu comigo e na minha cabeça nada iria me impedir de fazer isso, até que eu abri a porta do meu quarto e vi que havia alguém lá, dormindo na minha cama e essa pessoa era:

- Ruby? – sussurrei temerosa.

=== 10º dia ===

A noite foi péssima, eu não sei o que Ruby veio fazer aqui, mas baseado nas últimas conversas que nós tivemos, sei que ela estar aqui não é uma coisa boa.

Como eu não queria acordá-la, nem incomodá-la, eu fui dormir com Evie, mas a realidade é que eu não consegui dormir um minuto se quer e quando enfim o dia amanheceu, cansei de ficar enrolando na cama, então me desvencilhei de Evie calmamente para que ela não acordasse, entrei no meu quarto a passos leves para pegar uma roupa e minha escova de dentes e fui pro banheiro social para tomar um banho.

Quando terminei de fazer minha higiene pessoal, eu fui pra cozinha onde encontrei a Ursula que me encarava de forma curiosa, e como ela não se aguenta, ela coçou a cabeça sem jeito e falou.

- Regina... Tem uma madame dormindo no seu quarto – disse ela, como eu fiquei calada, ela continuou – veio de mala e tudo... Você sabia disso?

- Fiquei sabendo quando cheguei em casa – falei ao me sentar na cadeira, Ursula me serviu uma xícara de um café bem forte o que eu agradeci e eu continuei – Quem deixou ela entrar?

- Por que, não podia? – perguntou Ursula ignorando totalmente a minha pergunta.

- O que? Óbvio que podia... - falei sem pensar 2 vezes, Úrsula ficou me encarando de forma intensa e eu expliquei - Eu só perguntei porque aqui ninguém conhece ela e se deixaram ela entrar dessa forma, temos um problema muito Sério com segurança que precisa ser resolvido

Por um momento Úrsula não falou absolutamente nada, ela só ficou me encarando como se quisesse pescar se tudo o que eu disse foi verdade ou só balela, mas ao ver que eu estava sendo sincera, ela continuou.

- Eu não sei... – disse ela, então ela deu de ombros e falou – quando eu me levantei hoje de manhã, ela já estava aqui...

- Fui eu quem a deixei entrar – disse Jafar ao entrar na cozinha acompanhado do Gaston, então ele me deu um beijo na testa e logo Gaston fez o mesmo e só depois que eles se sentaram foi que Jafar começou a explicar - A verdade é que quando ela passou pela porteira, ela quase foi morta pelos peões... Eles pensaram que ela era advogada do Henry... Mas ela perguntou para você e como você não estava, ela perguntou quem era a Gaston e Jafar, quando eu me identifiquei, ela me disse o nome dela e como você já havia me falado dela várias vezes, o quanto ela te ajudou e ainda ajuda, eu deixei ela entrar... - eu apenas assenti com a cabeça e ele perguntou meio incerto - eu fiz mal?

A Prostituta (G!p)Onde histórias criam vida. Descubra agora