Capítulo 17

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[Emma]

Pelos Deuses, demorou muito até que eu pudesse convencer a Cruella a deixar Carlos ir comigo e Mal até a casa de Regina, mas quando ela finalmente concordou já estávamos no fim da tarde e como não tinha planejado nada para os dias de chuva, eu decidi apenas levar uma torta e uns jogos de tabuleiro para jogarmos.

Confesso que apesar de não ser o que eu planejei, foi muito bom, nós nos divertimos muito e percebi que um comportamento mais carinhoso entre Jay e Regina, e queria aproveitar a deixa para falar sobre a educação do menino, mas não tive coragem.

Quando eu saí da fazenda de Regina já era tarde da noite e como as crianças ainda estavam bem despertas, nós não pudemos fazer absolutamente nada o que me deixou um pouquinho frustrada, mas esse sentimento durou pouco, pois estou jogando a longo prazo.

=== 5º dia ===

Pro meu azar a chuva ainda continuava firme, mas hoje eu já estava mais preparada, pois eu passei boa parte da noite procurando algo legal pra fazer, mesmo que não fosse na cidade e depois de muita procura eu consegui encontrar.

Como eu ainda tinha que pedir autorização para as mães das "minhas" crianças e também organizar algumas coisas, eu ainda tinha um tempo livre antes de ir pra casa da Regina, então a primeira coisa que eu fiz foi ligar pro meu irmão.

Atualizei Kristoff de tudo o que aconteceu por aqui e senti que ele ficou um pouco serio demais, estranho pra falar a verdade, então falei.

- O que foi? – perguntei de uma vez.

- Eu não sei se devo falar alguma coisa – disse ele naquele tom preocupado de irmão mais velho.

- Ah para... Nada nunca te impediu de lhe dar sua opinião – falei revirando os olhos, mesmo que ele não possa me ver, Kristoff ficou calado e eu continuei – E também... a gente nunca teve problemas de falar as coisas abertamente um para o outro...

- É que as coisas agora são diferentes - disse ele cauteloso, então ele respirou fundo do outro lado da linha e continuou - vejo quanto você se importa com essa mulher e... Como você se identifica com a filha dela e isso me preocupa... Porque eu estou vendo que você está investindo muito uma relação que pode não dar em nada - eu não disse absolutamente nada, mas confesso que me arrependi de ter insistido para ele falar, e Kristoff continuou - você já parou para pensar que talvez nada disso seja o suficiente para essa mulher? E que no final dos 15 dias... Ainda assim ela queira voltar para casa dela? Já parou para pensar em como você vai se sentir com isso?

A resposta para isso é não, óbvio que eu não pensei no pior já que eu estou investindo tudo o que eu tenho nesses 15 dias, então apenas fiquei calada e o assunto meio que morreu, Kristoff nunca foi de bater em cachorro morto e como ele me conhece melhor que a mim mesma, ele percebeu que me atingiu e me atingiu com força.

Confesso que depois de conversar com o meu irmão, eu fiquei desanimada, mas ainda assim resolvi seguir com os meus planos, primeiro fui falar com a Cruella, que mesmo apreensiva me deu autorização pra "viajar" com Carlos e já foi preparar a mala dele.

Quando eu fui falar com a Ana, aproveitei para desabafar com ela sobre a conversa que eu tive com o meu irmão, por um momento ela não disse absolutamente nada, todo o que ela fez foi respirar fundo o que me fez revirar os olhos e dizer.

- O que? Acha que ele está certo? – perguntei irritada.

- Sim, eu acho... – disse ela calmamente, então ela passou as mãos nervosamente pelo rosto e continuou – Você ta dando o seu coração pra uma mulher que você mal conhece... Você nem ao menos sabe o que ela faz pra viver já que toda vez que você pergunta, ela zomba de você dizendo que é uma prostituta... mas você já viu o quanto ela é bonita e pelo que você diz, ela é um furacão na cama... Já parou pra pensar que ela pode estar dizendo a verdade?

A Prostituta (G!p)Onde histórias criam vida. Descubra agora