Capítulo 18

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[Regina]

Desde o dia em que eu conheci a Ruby reparei que ela é muito supersticiosa e mesmo achando isso uma grande besteira, tem dias que ela acorda e fala.

- Hoje, é o dia da Bruxa. O começo já foi sombrio, e sinto que o final seguirá o mesmo caminho.

Confesso que sempre dava risada quando ouvia essa expressão da Ruby. Embora eu tenha testemunhado a veracidade dessas palavras em todas as ocasiões, sempre me pareceu um tanto apocalíptico demais para o meu gosto.

Entretanto hoje de manhã eu acordei com a voz de Ruby na cabeça falando exatamente essa frase e com ela, eu tinha o pressentimento de que o dia de hoje não seria nada bom e eu deveria ter escutado a minha intuição, ainda mais depois da briga que Jafar, Gaston e eu tivemos, mas me deixei enganar com o decorrer do dia, essa viagem, a felicidade das crianças e estar com a Emma, me entregar a ela me deu a impressão de que esse poderia não ser o dia da Bruxa, mas infelizmente era e o dia acabou péssimo.

Sai arrastando a minha mala pelos corredores do hotel até chegar na suíte das crianças onde bati levemente na porta, já era tarde e eu sabia que Ursula iria ficar preocupada, mas eu precisava muito desabafar com os meus amigos agora e se eles a trouxeram até aqui, eu sei que eles não foram embora.

Rapidamente ouvi passos do outro lado da porta e Úrsula quando me viu já ficou com aquele semblante preocupado, então logo falou.

- Menina Regina... O que foi? - perguntou ela de uma vez.

- Jafar e Gaston... Onde eles estão? - perguntei ignorando totalmente a sua pergunta.

- Regina...

- Por favor Úrsula... Preciso falar com eles - falei ao interrompê-la.

Por um momento tudo o que ela fez foi me encarar de maneira intensa, dava pra ver o quão tensa e preocupada ela estava, mas ainda assim ela deixou sua curiosidade de lado e falou.

- Eles estão no quarto no fim do corredor – disse ela simplesmente.

- Obrigado ... – falei ao me retirar a passos largos.

Rapidamente cheguei no fim do corredor e bati na porta, sei que eu e os meus amigos não estamos bem, mas eu também sei que não importa se estamos nos falando ou não, nós sempre vamos ouvir e apoiar um ao outro em tempos de necessidade.

No momento em que um Gaston seminu abriu a porta do quarto vestindo apenas uma cueca, temporariamente toda nossa briga foi esquecida e eu desabei, mas antes mesmo que uma lágrima minha rolasse pelo meu rosto, Gaston simplesmente me puxou para um abraço acolhedor e me colocou para dentro do quarto.

Não sei ao certo por quanto tempo eu fiquei chorando no ombro dos meus amigos, mas quando eu finalmente parei de chorar Jafar beijou o topo da minha cabeça e falou.

- O que foi que aconteceu? – ele perguntou preocupado.

Em poucas palavras eu contei o que aconteceu depois que Emma e eu transamos e isso deixou Jafar um pouco pálido demais com o meu gosto, ele se sentou em sua cama e falou.

- Então quer dizer que vocês brigaram por minha causa? - perguntou ele se sentindo extremamente culpado.

- O que? Não, é claro que não... - falei no mesmo instante, então pousei a mão em seu joelho e falei - essa briga já estava para acontecer... – então eu neguei com a cabeça e falei – A verdade é que Emma e eu nunca poderemos ficar juntas de verdade... Não com tudo o que eu já tive que fazer pra sobreviver...

- Mas e agora? – perguntou Gaston – Como vocês ficam?

- Nós não ficamos... Acabou – falei sentindo o meu coração pesado, mas essa era a mais pura verdade.

A Prostituta (G!p)Onde histórias criam vida. Descubra agora