Capítulo 32

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[Regina]

Tirando Ursula e os peões da fazenda, a única pessoa de quem eu me despedi foi da Ana, pois as crianças já estavam sofrendo demais por terem que "abandonar" os amigos, então pedi para que o Gastón nos levasse até a escola em que eles estudavam, para que ao menos eles pudessem se despedir dos amigos.

Após me despedir de Ana, Mal e Carlos, uma sensação de peso se instalou em meu peito, a decisão de partir não foi fácil, mas sabia que era o melhor para todos nós, mesmo que isso significasse deixar para trás algumas pessoas que amamos.

O trajeto até o aeroporto fez o meu estômago se revirar mais de uma vez, até porque enquanto as crianças se despediam com muito choro, abraços e beijos, Ana tentava ligar pra Emma, pois ela deixou claro que iria avisar a amiga sobre a nossa ida e Emma poderia nos "interceptar" a qualquer momento e pra ser sincera, era isso que eu queria, apesar de tudo, eu queria que ela lutasse por mim, mas novamente, não foi isso que aconteceu.

No momento em que chegamos ao aeroporto, Ruby nos informou que havia providenciado um jato para nos levar pra Boston, mas que ela precisava fazer umas coisas antes de embarcar.

Apesar de não dizer, estava claro pra mim e pro Gaston que ela queria que Emma chegasse a tempo, por isso ela ficou enrolando para que nós entrássemos no avião, mas ao ver que Emma não viria, nós finalmente entramos no Jato, com as crianças segurando com firmeza seus cachorrinhos e assim nós partimos.

Mesmo sabendo que partir era a decisão certa, o peso em meu peito era quase insuportável e confesso que já estava arrasada pelo turbilhão de emoções que tumultuavam minha mente e por isso preferir me isolar no meu mundinho, pois precisava pensar no que faria daqui pra frente.

Felizmente as crianças, Ruby e Gaston não me "seguiram" no sofrimento, pois pra minha surpresa eles pareciam bem felizes com a viagem. Admito que com a morte de Jafar e a mudança repentina que eu submeti a Jay, eu pensei que ele ficaria amuado, mas como ele nunca entrou em avião, a novidade o fez se esquecer momentaneamente da tristeza e isso me fez sorrir, mesmo que brevemente.

A viagem foi extremamente tranquila, bem diferente da minha ida para Carolina do Norte a uns dias atras, a volta pra Boston foi... interessante, e se tivéssemos ido direto pra Boston, não demoraríamos nem 3 horas para chegarmos, mas Ruby pediu ao piloto para dar algumas voltas, voar até Nova York e depois ir pra Boston, para que as crianças pudessem aproveitar um pouco mais e se eu estivesse em um outro momento, isso teria me feito apreciar a viagem, mas não apreciei.

Até porque tudo que eu conseguia sentir era o peso de voltar pra essa cidade, que apesar de ter sido o meu lar nos últimos anos, pra ser sincera eu não me sentia mais em casa ali, pois cada rua, cada esquina, carregava memórias dolorosas e um turbilhão de emoções que eu preferiria esquecer, pois essa é uma vida sem a Emma e por mais que isso possa parecer louco e prematuro, honestamente acho que não consigo mais viver sem ela.

Entretanto, pelas minhas crianças, por esse bebê que estou esperando, eu vou aprender a viver sem ela, nem que seja a última coisa que eu faça.

***

Por mais cansados que estivéssemos, assim que pousamos em Boston, decidimos ir direto ao mercado fazer algumas compras, já que quando eu aceitei ir pra fazenda, eu deixei geladeira e armários vazios para evitar desperdício, então depois de passar horas em um mercado lotado, nós finalmente fomos para a casa, mas já pensando em pedir uma pizza, até porque hoje não tenho disposição pra cozinhar.

No entanto, mal chegamos em casa e os problemas já começaram a apertar meu pescoço. Ao chegarmos no meu prédio, tive que subornar o porteiro para que ele fechasse os olhos para Apolo e Ártemis, já que no prédio não é permitido animais de estimação.

A Prostituta (G!p)Onde histórias criam vida. Descubra agora