Capítulo 11

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[Emma]

Depois de toda aquela confusão com Zelena e o fato de Regina dizer que vai embora com a Evie, tudo o que eu consegui sentir foi a impotência de não poder fazer nada de concreto para protegê-las. Então, fui para casa com a minha afilhada. Enquanto ela brincava com o Carlos, conversei com as únicas pessoas nesta vida que me fazem sentir bem em qualquer situação.

Primeiro, liguei para a mama Ruby. Contei a ela que conheci uma garota incrível, falei sobre como a família dela é horrível e também desabafei sobre o quanto eu queria poder ajudá-la. Mas minha mama, com toda a sua sabedoria, apenas falou:

- Emma, desde pequena, você sempre teve esse instinto protetor muito forte. E agora que você está caidinha por uma moça bonita e sabe que a filha dela se assemelha a você... Sei que você sente que tem alguma responsabilidade quanto a isso. Você sente que tem que protegê-la..., mas, meu amor, você não tem...

- Mãe... – tentei dizer, mas ela me interrompeu.

- Emma... Preste bem atenção... Você só pode ajudar aqueles que querem a sua ajuda. Mas, pelo que você me contou, essa moça não quer a sua ajuda...

- Mas eu já a ajudei uma vez... - falei rapidamente. Ouvi minha mãe suspirar do outro lado e continuei - Sinto que ela quer sim minha ajuda, só não sabe pedir... E nem precisa, porque eu estou me oferecendo...

- Vai ver, esse seja o problema - mama Ruby falou calmamente. Confesso que eu não entendi muito bem o que ela quis dizer. E como se ela estivesse lendo meus pensamentos, ela continuou - Se a família dela é tão horrível quanto você diz, ela não está acostumada a ter alguém apoiando-a... E com certeza não deve achar que você é confiável...

- E o que devo fazer? - perguntei aflita.

- Você não deve fazer nada – disse ela simplesmente. Por um momento, tudo que eu conseguia pensar era em como esse conselho era horrível, mas ela continuou - Você já fez tudo o que podia. Agora está na hora dela dar o próximo passo.

- Como assim? – perguntei.

- Bom, você se apresentou para ela em um momento de necessidade... Igual àquela espada que apareceu pro Harry Potter matar a cobra... - disse ela num tom sério, até porque ela sabe o quanto eu adoro Harry Potter. Mas a comparação com a espada de Gryffindor me fez rir e ela continuou - Hoje novamente ela viu que você estava do lado dela... Ou seja, mesmo que ela não confie inteiramente em você, ela sabe que pode contar com você se precisar... Então agora, você precisa esperar que ela te peça ajuda... Até para não sufocá-la...

Por um momento, tudo que fiz foi pensar no que minha tia/mãe falou. Admito que ainda acho que esse é um conselho horrível, mas faz muito sentido tudo o que ela disse. Minha mãe e eu ficamos conversando por um bom tempo e quando finalmente desliguei, me apressei e liguei para o meu irmão.

- Oi mana... Parece que você estava adivinhando que eu ia te ligar nesse momento - disse ele com aquela voz brincalhona de sempre - Como você está? – então, em um único fôlego, eu contei tudo para ele: o convite do Henry para o churrasco, como conheci a Regina, a nossa ficada, as coisas que Henry falou sobre a Evie e sobre mim, como Ana e eu encontramos Regina e Evie na estrada com a pequena tendo a crise de asma, e é claro, contei sobre o piquenique de hoje – nossa... parece que essa mulher é um furacão tanto fisicamente quanto emocionalmente....

- Sim, ela é... – falei ao soltar um suspiro pesado. Então respirei fundo e falei - O pior é que não consigo tirá-la da minha cabeça...

- Cuidado... Você sempre gostou de mulheres... problemáticas - disse ele num tom preocupado.

- Eu sei, mas Regina não é problemática... ela é diferente... – falei sorrindo feito boba. Então, suspirei ao me lembrar da morena e da pequena e completei - E tem a filha dela, Evie... a pequena é como eu...

A Prostituta (G!p)Onde histórias criam vida. Descubra agora