Capítulo 27

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[Emma]

As coisas não poderiam estar mais confusas na minha cabeça, Ana é a Luna, Mal é a minha sobrinha, Jafar morreu e com a minha burrice ao agredir ao invés de ouvir, eu estraguei tudo com a Regina e a minha mama Ruby.

Kristoff e eu nunca tivemos segredos, mas depois de passar tanto tempo procurando pela tal "Luna", achei que seria melhor que Kristoff e Ana conversassem a sós, pois ela certamente tinha muita coisa para contar a ele, como por exemplo, que eles têm uma filha.

No entanto a ansiedade está acabando comigo e pra ser sincera, era muito mais fácil me preocupar com esse problema do que pensar em com que cara eu iria pedir perdão a mama Ruby e a Regina por toda a minha estupidez.

Por um momento parei para pensar em como Regina se comportou desde o momento em que chegou aqui, não foi ela quem se aproximou de mim, foi eu quem a segui até o estabulo, ela até esquentou as coisas entre nós durante a sua festa de "boas-vindas", mas desde o início ela deixou claro que não queria nada comigo.

Desde o início ela disse que era uma prostituta, ela falou sério, mas eu não acreditei e comecei a rir como uma hiena achando que ela havia me dito uma piada, e em todos os momentos em que estivemos juntas, Regina nunca me procurou, nunca me pediu nada, sempre fui eu quem me aproximei dela a todo custo e isso só faz com que eu me sinta ainda mais culpada pelas coisas horríveis que eu falei ou pior, pela forma que eu me comportei.

Porque como eu pude ser tão idiota ao ponto de dar ouvidos a Zelena? Como eu pude ignorar todos os anos de puro amor e cuidado que a minha mãe me deu e ser tão estupida? E como eu pude dizer coisas tão horríveis para as pessoas que eu tanto amo?

A verdade é que eu não fiquei com tanto ódio assim da minha mãe por ela ser prostituta em sí, mas eu fui dominada pelo ciúme de saber que Regina se vendia pra qualquer um e que a "responsável" por tudo isso era a minha mãe, mas nada disso importa, pois seja como fosse, eu jamais poderia ter sido tão baixa e desrespeitosa com a minha mãe e com a Regina.

- O que foi que eu fiz? ... – perguntei pra mim mesma ao passar as mãos nervosamente pelo rosto, enquanto tentava não surtar ao pensar no estrago que eu havia feito.

Confesso que eu fiquei tão distraída ao tentar pensar em como conseguiria o perdão da minha mãe e da minha morena que eu nem ao menos notei que tinha companhia até que ouvi a voz de Cruella atrás de mim.

- Patroa... – disse ela com uma voz mansa, mas como eu estava distraída, tomei um baita Susto ao me virar pra ela o que a fez dizer – Me desculpe... eu não queria te assustar... é que... eu... é...

- Claro Cruella... Você pode ir – falei simplesmente, ela me encarou confusa e eu continuei – Sei que todos vocês são amigos do Jafar... Então é claro que vocês podem ir... na verdade, vocês precisam tirar um tempo pra vocês... então, hoje e amanha vocês estão de folga...

- Patroa... mas isso é muito... quem vai cuidar dos animais... – disse ela aflita.

- Não se preocupe com isso... só vá se despedir do seu amigo – falei com firmeza, ela assentiu e eu continuei – mas de qualquer forma... Você sabe que o que precisar, eu estou aqui ...

- Obrigado, muito obrigado ... – disse ela antes de se virar para se retirar, mas então ela olhou pra mim e parecia estar travando uma batalha interna, pra ver se falava ou não, até que ela falou – Desculpe o atrevimento patroa, mas mesmo que a senhora esteja magoada com a Regina, seria muito importante que a senhora ficasse ao lado dela, porque não importa quanto tempo tenha passado, não importa quanto tempo eles tenham ficado afastados... Jafar e Gaston são o mais próximo de uma família que Regina tem... e eu tenho certeza que ela está destruída agora...

A Prostituta (G!p)Onde histórias criam vida. Descubra agora