Capítulo 7

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[Emma]

No momento em que Regina e a sua pequena entraram em casa, tudo que eu conseguia fazer era sorrir, pois algo me dizia que esse nosso encontro era apenas o início de alguma coisa boa e com esse pensamento eu fui para casa.

Entretanto mesmo sem falar nada, eu tinha certeza de que Ana sabia exatamente no que eu estava pensando, pois no momento em que eu peguei a minha afilhada para que a minha amiga saísse do carro, ela olhou para mim e falou.

- Não... Não se iluda assim - disse ela preocupada.

- Do que tá falando? - perguntei me fazendo de desentendida.

- Sabe bem do que eu tô falando – disse Ana calmamente, então ela soltou um suspiro pesado e continuou - eu te amo Emma, mas você acabou de conhecer essa mulher.... sei que você se sensibilizou com ela, e mais ainda com a filha dela por ser igual a você, mas para pensar num minuto... Se você e a sua filha fosse assim tão maltratadas, você ficaria nessa cidade?

Eu sabia que Ana só estava querendo me proteger e nesse momento tenho certeza de que muitas coisas estavam passando pela cabeça da Regina, pois é óbvio que se eu fosse mãe e algo desse tipo acontecesse, eu jamais ficaria numa cidade como essa, mas ainda assim respondi.

- Acho que sim, a minha tia nunca fugiu dos problemas - falei simplesmente, até porque isso é verdade, então dei de ombros falei - vai ver ela possa ser tão destemida quanto a Mama Ruby...

Ana abriu e fechou a boca como se estivesse tomando cuidado com o que fosse falar, mas então ela simplesmente pousou a mão no meu braço e falou.

- Apenas... Tenha cuidado... - e com essas palavras nós entramos em casa.

[Regina]

No momento em que Emma parou o carro na frente da minha nova casa, senti que ela queria me dizer alguma coisa, mas ela não disse nada, então eu apenas agradeci mais uma vez a gentileza que ela, Ana e Mal tiveram comigo e com a minha pequena e logo entrei em casa.

Confesso que apesar de ter morado nessas redondezas a vida inteira, eu nunca fui convidada para a casa dos Wilson, pois por aqui o meu pai é considerado um tipo de... Realeza e por ele nunca ter me considerado uma filha, os "nobres" também nunca me consideraram, então toda vez que havia festa, ou qualquer outra reunião do que aqui consideramos Alta sociedade, eu sempre ficava de fora, a não ser quando os peões estavam de folga e eu precisava servir de motorista ou seja, eu era obrigada a leva-los e ficar lá do lado de fora esperando por eles junto com os outro peões da região.

Acho que por isso que eu estava meio ansiosa pra saber como é a casa e devo dizer que pelo tanto que eu ouvi desse lugar, confesso que esperava mais, entretanto não tinha o que reclamar, os Wilson cumpriram com a sua palavra e as duas fazendas foram vendidas de porteiras fechadas, ou seja, eles não levaram absolutamente nada além de suas roupas, então estou feliz pela casa estar limpa e mobilhada.

A única coisa que eu precisei instalar foi o telefone fixo, para que pudesse me comunicar com a Ruby e isso eu pedi para o meu advogado fazer antes de eu vir pra cá.

Eu já sabia onde ficavam todos os cômodos, pois estudei bem as fotos que recebi do corretor, então a passos largos eu fui direto pra primeira suíte que havia e fui pro banheiro com a minha pequena que apesar de ter "acordado" pra tirar a roupa, estava tão exausta que praticamente dormiu no chuveiro, por isso apenas lhe dei um banho rápido e assim que eu terminei, eu a vesti e a coloquei na cama onde ela dormiu de imediato.

Honestamente eu não sei por quanto tempo eu fiquei observando a minha pequena dormir, mas quando enfim resolvi me mexer, eu desci as escadas e fui pra sala de estar sentei no sofá, peguei o telefone fixo e liguei pra Ruby.

A Prostituta (G!p)Onde histórias criam vida. Descubra agora