6. E a Cama Pegou Fogo

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Início do flashback do sonho

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Início do flashback do sonho.

— Por favor, não! — insisti para que Cecília se desaproximasse dos meus lábios, centímetros os separavam.

— Por que não, minha Mz. Hide? — sussurrou ela, fazendo um biquinho.

— Não me chame assim, Cecília. — Eu estava com medo.

— Minha Virgin Mary undone? —Arqueou a sobrancelha e chegou mais perto.

— Cecília! — exclamei.

— Juliana! — imitou-me ao contrário. — Qualé, isto é só um beijo, acalma-te.

— Você não conhece nada sobre minha vida. Não quero te beijar — afirmei.

— Queres sim e de todo. Estás tremendo como se tivesses dezanove. E olhes que eu tenho vinte e dois! — Milímetros separavam nossas bocas. — Para de fingir que és apaixonada por uma morta e viva.

A escuridão noturna me abraçou. Os cabelos vermelhos de Cecília estavam voando em chamas para a consumação. Ela pegou nos meus cachos pretos e carinhosamente os acariciou. Com malícia sorriu e tocou meus seios por cima da roupa. Podia sentir sua respiração no meu nariz. Lenta e ledamente o lábio carnudo e lindo de Cecília acariciou o meu. Era a preparação para o lento selinho que ela arrematou com talento.

Senti meu ventre dar voltas de prazer. Cecília voltou à minha boca e a beijou — os lábios, a língua, as idas e voltas de um beijo poderoso que eu correspondi. A escuridão noturna me abraçou, e eu tive um orgasmo espontâneo. Ela soube, porque meu corpo amoleceu.

— Já tinhas sentido isto antes? — disse maldosa Cecília.

— O quê? — Eu estava atordoada.

— Orgasmo! — Ela deu um meio sorriso. — Aposto que Samanta não te davas prazer a um continente de distância.

— Tinham as histórias, os sonhos quentes, os momentos de prazer solitário...

— Siririca, qualé! Tens idade para seres minha mãe. Tu devias de ser a Mz. Hide, não eu. Tu não podes fazer isto sozinha... — Pegou na minha bunda e me beijou novamente, emendando beijos nos beijos até eu perder o fôlego.

— Cecília, por Deus, pare — disse com a respiração entrecortada. — Eu devo minha vida a Samanta, eu a matei, é minha sublime dívida!

— Os documentos dizem que ela suicidou-se. Estás a cometer um disparate — respondeu irônica.

— Cecília, não brinque com fogo.

— Adoro queimar-me! — exclamou ela.

— Não tem graça, você não me conhece, Cecília — retruquei cuidadosamente.

— Meu nome não é mais Cecília. Eu chamo-me Samanta. Então leva para a cama tua fascinação e faz-me tua poesia viva!

— Você não se parece nem um pouco com a Samanta. — Arqueei minha sobrancelha.

— Usa tua imaginação. Não é assim com a siririca? Só que eu sou de carne, não de pensamento. — Deu uma piscadela. — Vamos, venha minha querida. A Samanta aqui está com fome. E tu, pelo que dizes do suor, também.

E a escuridão noturna desta vez abraçou as migalhas de mim, e Samanta, já não mais Cecília, foi posta na cama pelos meus braços negros. Leite com chocolate, ó fascinação...

Final do flashback do sonho.

Final do flashback do sonho

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Café Amargo 2 - O Reencontro (Duologia Cafés Parte 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora