7. (Des)considerações Pós-Sonho

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Acordei do sono toda molhada e, acrescento, que há muito tempo minha libido estava fraca

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Acordei do sono toda molhada e, acrescento, que há muito tempo minha libido estava fraca. Eu não podia ter deixado Cecília entrar no meu inconsciente — e sonhado tantos disparates. Qual era o feitiço que Cecília jogou em mim? Embora não devesse, queria vê-la cantar e tocar de novo. Por Deus! Se aqueles beijos tivessem sido reais...! Hum, foi tão delicioso, mas... Não! Precisava tirar esse sonho da cabeça.

Claro que era paixão, não apenas admiração pelos seus dotes musicais, embora eu tentasse crer no oposto. Que esperar de uma mulher trapenta como eu? O sonho deveria ser só aleatório, ou coisa do Diabo, nada mais. Não sou de Cecília, mas sim da eterna Samanta, e a ruiva jamais seria minha amada mártir lisboeta.

No entanto, minhas comichões coçavam para que eu voltasse ao pub. Porém, se eu dissesse a Saleiro, ele com certeza saberia que era pela guitarrista. E eu não tinha nem um terço do dinheiro que Saleiro tinha para frequentar lugares desse naipe sozinha. E ninguém, nem eu mesma, deveria saber que agora os dedos fatais dela me traziam curiosidade, não apenas a música que alegrava e colhia.

Por todos esses motivos, eu certamente me esqueceria de Cecília até meu próximo passeio com Saleiro. Ele também certamente sugeriria outro programa e feito! Tudo no seu
lugar. Cecília nunca seria minha.

 Cecília nunca seria minha

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Café Amargo 2 - O Reencontro (Duologia Cafés Parte 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora