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──  Graças á Deus ── falei limpando meus olhos após ver que a última pessoa já havia ido embora

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── Graças á Deus ── falei limpando meus olhos após ver que a última pessoa já havia ido embora

── Já acabou ai? ── gritou Leo detrás do balcão

── Aqui sim...

── Então limpe as mesas agora ── gargalhou ele indo para dentro da dispensa

── Filho da puta machista ── murmurou me levantando preguiçosa pegando um pano molhado e começando a passar nas mesas

Leonardo era machista, ele nunca podia lavar uma louça ou simplesmente fazer alguma coisa de mulher. Sua fala era sempre que ele era contratado para fazer as bebidas e não servi-las, mas quem ligar para isso? Ele é um fodido assim como eu, mas gosta de ostentar e mostrar oque não tem, faz milhares de dividas só para se amostrar, patético.

── quer uma ajuda? ── ouvi uma voz atrás de mim

── PORRA! ── rapidamente me virei dando um soco no rosto do homem atrás de mim, mas logo vi ser Tom ── Meu Deus... foi por impulso, foi mal

── Você faz academia? ── Disse ele com uma voz de dor com a mão no nariz

── Oque você está fazendo aqui? ── perguntei confusa notando seu nariz avermelhar

── Acabei dormindo no banheiro, tomei muita cerveja esperando você terminar de atender ── respondeu ele com dificuldade.

── Santo Deus, vem vamos limpar esse nariz ── o puxei pela camisa enquanto ele sentava em uma banqueta perto do balcão com sua cabeça inclinada para cima para o sangramento parar. Corri para a dispensa vendo Leo fumar na parte de trás, nem ao menos gastei minha saliva em dizer que aqui os funcionários não podem fumar. Deixei isso de lado e voltei á Tom

── Acho que você me odeia cerejinha ── falou ele enquanto tirei suas mãos do local pegando um pano e pressionando encima de seu machucado limpando delicadamente

── E eu acho que você tem que parar de aparecer assim do nada ── soltou um riso baixo

── Sujei mais uma camisa, por culpa sua...

── Não fui eu, foi você que colocou suas mãos de sangue na camisa.

── Porque você me deu um soco

── Porque você me assustou ── refutei o vendo sorrir de lado ── onde está seu irmão?

── Por que a pergunta? ── perguntou ele desconfiado

── Calmo Sherlock, como vocês são gêmeos achei que sempre estivessem juntos.

── Bill tem alma de velho, então ele dorme extremamente cedo às vezes.

── E você não?

── A resposta está obvia ── disse ele irônico ── Mas nem sempre eu consigo ficar acordado até essas horas da madrugada, só consegui porque dormi o dia inteiro, como você consegue?

── Eu tomo remédios às vezes para não dormir, mesmo que eu tenha que acordar seis horas da manhã ── Falou me recordando ── pobre é foda.

── Mas você trabalha em dois empregos?

── Não, mas eu faço faculdade e isso já custa muito do meu dia ── terminei de limpar seu machucado guardando as coisas vendo o garoto me encarar.

── Tem quantos anos, cerejinha?

── Dezoito

── Novinha ── gargalhou ele

── E você?

── Dezenove

── Nossa, que velho, já está com os dois pés na cova ── brinquei.

── Faz faculdade de que?

── Quer meu CPF também? ── ironizei me sentando á sua frente

── CPF não, mas gostaria do número ── o encarei receosa soltando um riso baixo.

── Faço faculdade de bombeiro ── respondi e ele arregalou os olhos

── Incrível por isso você me molhou de suco, Cerejinha...

── Você é duas vezes maior que eu, um poste esbarrando em mim é impossível não derramar ── debochei o vendo molhar seus lábios enquanto mexia suas pernas nervosamente ── E você faz oque da vida?

── Sou guitarrista em uma banda

── Uau, esperava tudo menos isso.

── Esperava oque? ── perguntou ele curioso

── Lavador de carro, fazendeiro, professor... ── falei e Tom fez uma careta na última profissão

── Professor? Eu não sei nem o básico do básico da escola, seria uma das últimas profissões que eu faria.

── Tem carinha de modelo também

── Eu sei que sou lindo, não precisava elogiar ── Se o gabou.

── Credo, que alto estima ── Desta vez eu fiz uma careta.

── AMABILY! FECHE A BOATE, ESTOU SAINDO ── gritou Leo dos fundos.

── TÁ ── gritei de volta esperando ele sair pela porta ── pau no cu

── Que boquinha suja ── comentou Tom

── Não viu nada ainda ── gargalhei me levantando do banco vendo ele me acompanhar, segui pegando as chaves e terminando de apagar as luzes.

── Acho que vou indo, não estou a fim de levar sermão do me irmão ── Falou Tom se apoiando na bancada ── Até mais, cerejinha.

── Tchau ── Me despedi dando um sorriso de canto para ele que logo saiu pela porta da frente

Esse cara é gente boa, mesmo que eu já esteja ciente das segundas intenções dele, mas ele é legal. Botei os copos para secar encima do balcão vendo m bilhete com um número de telefone, e no final assinado Queen T, ou seja, era Tom. Peguei aquela folha meio receosa colocando no bolso de minha calça e seguindo para fechar a boate

Minha cama está me chamando

ʀᴇᴅ ꜰʟᴀᴍᴇ |   Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora