Pov's Tom Kaulitz
── Amabily! ── Eu chamava novamente por ela tentando conter sua raiva
── TOM, SEGURA ELA! ── Bill gritava atrás de mim desesperado ── ELA VAI MATAR O PAI DELA
── QUE PAI? ELA NÃO TEM PAI! ── gritei de volta saindo correndo atrás da mesma
Para minha sorte Amabily estava tão nervosa que não conseguia fazer as coisas sem deixar algo cair no chão, suas mãos tremiam de raiva e ela fraquejava só de pensar naquele velho que um dia chamou de pai. A morena tentava segurar as chaves de meu carro em suas mãos sem tremer, porém estava impossível. Abri a porta do carro entrando e me sentando no banco do passageiro.
── Saia ── murmurou ela enquanto fechava sua porta e apertava o volante com força
── Vai ter que me tirar ── respondi sério e ela apertou o maxilar suspirando fundo
── SAIA! ── Amabily falou mais uma vez, ela aproximou seu rosto bruscamente do meu olhando no fundo de meus olhos, eu podia ver sua raiva pulsando e seu ódio crescer á cada segundo
── Tente me tirar do carro e eu saio ── a respondi bem devagar palavra por palavra aproximando mais o meu rosto do seu
Amabily se afastou e eu dei um sorriso de canto vitorioso, a mesma ligou o carro e pude ver Bill no retrovisor encarando o veículo com preocupação. Olhei para ela que apenas acelerou e firmou suas mãos no volante com toda sua força, ela estava possessa de raiva e não estava nem ao menos prestando atenção nas coisas á sua volta. Sua única preocupação agora era a vingança e nada mais.
O Audi corria pela estrada rapidamente e ela só aumentava a velocidade do carro, ultrapassava todo mundo e nunca tirava seus olhos da estrada. Amabily brava era como uma leoa faminta á procura de algo para comer, ela simplesmente abaixava o olhar e permanecia séria até passar.
Por algum motivo aquilo me deixava com excitação, conforme a raiva que ela sentia seus olhos ficavam mais frios e escuros. Ela ficava ainda mais atraente quando estava com ódio, como pode? Seus cabelos voavam com o vento que passava pela sua janela, ela acelerava sem nem olhar para os lados. A adrenalina me deixava mais atraído por ela, essa mulher tem algum tipo de magia.
Chegamos em frente ao prédio, ela estacionou e saiu do carro sem parada. Saí o mais rápido possível me pondo em sua frente vendo se ela estava desarmada, de Amabily eu esperava tudo.
── Você está me atrapalhando ── murmurou ela
── Eu sei, mas cara, não faça nenhuma merda que vá se arrepender ── falei
── Autocrítica agora, Kaulitz? ── Ela me respondeu e eu fiquei quieto
A morena passou em minha frente seguindo com passos fundos até o apartamento. Ela abriu a porta agressivamente e lá estavam todos os seus parentes, alguns fumando, outros sentados no sofá, as mulheres na cozinha e alguns de seus tios jogando baralho. A mulher buscou com seus olhos sua tia, que já não era mais tia e sim sua mãe.
── de novo aqui, veio pedir esmolas? ── seu primo debochou
── Não, mas quem vai pedir é você ── respondeu ela se aproximando do garoto ── Quero todos fora da minha casa, agora!
── Está achando que é quem? ── uma de suas tias se intrometeu
── A dona da casa aonde a senhora coça o rabo ── respondeu ela sem paciência
── Ambily....── Peguei em sua mão a trazendo para perto de mim
── Shiu ── ela me interrompeu ── Primeiramente, quero todos fora desta casa antes do anoitecer, exceto a tia Clera
── Como pode fazer isso? Sabe que nossa família não tem uma boa renda, sabe que somos em muitos ── disse uma outra tia de Amabily enquanto segurava um pano de pratos
── Que se foda, problema é de vocês, acha que eu ligo? ── respondeu ela balançando os ombros
── Oque está acontecendo aqui? ── seu pai apareceu com um semblante confuso
── Sua filha quer nos mandar embora ── respondeu a tia
── Quer não, vocês irão ── Amabily completou
── Garota....── seu pai apertou os olhos ── Eu te dei um teto, dei tudo para você e é assim que retribui? Sua ingratidão é humilhante
── Você nem meu pai é ── Disse ela ── Pode parar de brincar de casinha aonde você finge que é meu pai e eu finjo que te suporto
O mais velho automaticamente olhou para mim e fechou a cara, suas mãos se levantaram vindo em minha direção com um dedo apontado. Amabily foi empurrada para o lado e todos os olhares daquela família caíram sobre mim ao ver oque o Molina ia fazer.
── Foi você, não foi? ── ele me acusou
── Foi sim ── O respondi debochado perdendo a paciência
── Eu sempre soube que você era um marginal para ela, oque esse povo vê em você com essas....essas roupas ── ele me encarou com nojo da cabeça aos pés ── um garoto de vinte anos se vestindo desse jeito.
── Sou um marginal com muito orgulho, cresci em uma vila pobre, e com meu próprio suor construi minha carreira e fama enquanto o Senhor mofava no sofá tomando pinga achando que bater punheta enquanto olhava revista pornôgrafica te faria enjuvenecer ── soltei um riso abafado enquanto ele ainda me encarava
── Você botou merda na cabeça da Amabily, mas é fácil afundar pessoas como você, é fácil fazer garotos como você se perderem em meio ao caminho.
── Realmente, mas eu não sou mais um garoto ── respondi ── Estilo não forma caráter, Senhor Molina.
Ele se calou e continuou a olhar no fundo dos meus olhos, sua raiva de parecia com a de Amabily, querendo me matar á qualquer momento quando podia. Ele pensou em fazer algo para mim, mas não deu tempo, Amabily o puxou pela gola da camisa o fazendo dar dois passos tropeços para trás e quase cair no chão.
── Ajeita a mala, aqui vocês não ficam mais ── Ordenava ela ── Anda, Hijo de puta ── reforçou ela
── Querida....── Sua mãe se aproximava dela, Amabily á encarou mas continuou normal
── Depois conversamos ── Respondeu a mesma enquanto se aproximava de mim ── ele te ofendeu?
── Na realidade não, disse que eu era um gostoso e perguntou aonde eu comprava minhas roupas, disse que amou meu estilo ── brinquei
Ela apenas soltou um riso e saiu. Ela se aproximei do quarto aonde seu pai estava enquanto o encarava debochada. Peguei meu celular vendo uma mensagem de Bill e rapidamente me afastei um pouco para poder prestar atenção
Venha agora para casa.
Apenas suspirei vendo Ambily e seu "pai" falarem sobre algo e logo em seguida ele dando um tapa no rosto dela. Arregalei os olhos sem saber oque fazer saindo correndo para perto dela, a mesma apenas fechou os punhos e começou a bufar profundamente parecendo que iria explodir de raiva
Agora fodeu mesmo.
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ʀᴇᴅ ꜰʟᴀᴍᴇ | Tom Kaulitz
Fanfiction𝗢𝗡𝗗𝗘 Amabily Molina uma jovem de dezoito anos, começa a trabalhar em uma lanchonete-boate para ajudar seu pai financeiramente. Entretanto, ela atrai a indesejada atenção de um guitarrista. Determinada a não ter nada com o garoto, Amabily se vê c...