𝗢𝗡𝗗𝗘 Amabily Molina uma jovem de dezoito anos, começa a trabalhar em uma lanchonete-boate para ajudar seu pai financeiramente. Entretanto, ela atrai a indesejada atenção de um guitarrista. Determinada a não ter nada com o garoto, Amabily se vê c...
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── Bill? ── Bati na porta de seu quarto vendo as cortinas fechadas
Tudo estava escuro e silencioso, Bill não aparecia para comer e eu comecei á me preocupar. Tom queria falar com ele, mas eu fui mais rápida. Acendi as luzes de se quarto e lá estava o gêmeo, deitado em sua cama com o nariz e os olhos avermelhados de choro, seu travesseiro estava molhado e seu cabelo despenteado, aquela cena me doía mais do que qualquer coisa. Caminhei para o seu lado e ele limpou os olhos e deu uma fungada, me sentei na beira da cama e peguei em sua mão.
── Eu acho que o problema não é as pessoas, e sim eu ── Disse ele
── Bill Kaulitz, não me faça dar um murro na sua cara ── O encarei sério ── Você é incrível, vai mesmo ficar chorando por causa de um homem? Para né, você é o BILL KAULITZ, tá achando que isso é pouca coisa?
── Sim ── Ele fungou novamente
── Bibo, você é especial, as pessoas entram e saem da nossa vida e isso é normal. Todos temos um tempo para char alguém, e você achará ── Tentei anima-lo ── Sabe, as pessoas não te merecem, você é perfeito! Músico, atencioso, extrovertido, carinhoso, romântico....acha mesmo que qualquer pessoa pode ter isso?
── Mas-
── Mas nada, para de chorar e se manca, se olha no espelho e veja tudo oque você passou para chegar até aqui e chora por um PNP?
── Pelanca no pau ── Ele riu baixo se sentando
── Exatamente ── Sorri amigável para o Kaulitz ── Você é incrível, Bill. Se um dia você não tiver ninguém eu me caso com você.
── Promete? ── Ele estendeu seu mindinho para mim ── Mesmo se você casar com o Tom?
── Mesmo se eu casar com o Tom ── Enrolei meu dedo no seu e o puxei para um abraço forte enquanto acariciava seu cabelo ── Eu te amo Bibo.
── Eu também te amo, Mabil.
Me afastei dele e começamos á conversar, eu sentia que precisava proteger Bill pois Tom já me protegia e eu odiaria vê-lo chorando por qualquer mínima coisa. Mas nossa conversa acabou quando meu pai começou á me ligar igual a um louco, porém não atendi e deixei tocar. Tom e Bill e Ariella foram comigo para uma sessão de fotos e um contrato com a agencia de modelos Elite de Los Angeles. Tom parecia estar mais feliz do que nunca, mais do que quando eu o via com Ria. Não poderia dizer que não estava me sentindo culpada pois estava, e muito. Por Tom ter ditos aquelas coisas quando estava bêbado para ela, querendo ou não machuca.
Mas hoje, eu e Tom sairíamos para a Red, apenas para ser atendidos exclusivamente e relembrar os velhos tempos. Eu estava tão animada para ver Leonardo lá e jogar na sua cara que agora sou rica.....para, não sou assim. Mas com ele eu faço exceção.
── Ai guria, atende logo essa xota seca ── Ariella falava pegando meu celular
── NÃO atende ── A encarei me penteando
── Ui, tá bom, mas por que não?
── Não quero falar com ele ué, não tem oque falar.
── E se for algo sério?
── Não é, vindo do meu pa.....do Alisson, não é ── Voltei a me olhar no espelho enquanto meu celular tocava
Confesso que estava curiosa para saber oque era, mas eu liguei para minha mãe e Maria e elas estavam bem, então oque exatamente ele queria? De qualquer modo eu não iria atender, não quero ouvir ele se lamentando e pedindo desculpas por tudo oque fez só porque agora tenho dinheiro, que se foda. Terminei de me arrumar e passei um perfume, fazia quase duas semanas desde o aniversário dos Kaulitz e eu sentia que já estava na hora de voltar para mina casa, mas de qualquer modo Tom não deixaria. Não que ele precise deixar, mas ele vai ficar triste.
── Uau, minha mulher está cheirosa ── Tom sussurrou em meu ouvido me dando uma fungada no pescoço
── Sempre estou, Kaulitz ── Soltei um sorriso sentindo suas mãos se enroscarem em minha cintura
── Assim eu preciso me preocupar, Cerejinha ── Ele beijou meu pescoço
── A sim ── gargalhei sentindo cócegas
── Ae, se comer na minha frente não né ── Ariella falou e olhamos para trás esquecendo completamente que ela estava ali
── Foi mal ── Falei sem jeito afastando um pouco Tom ── Que fome.... ── Murmurei
── De novo? ── Ele me encarou incrédulo
── Como assim de novo? Querido, eu sempre estou em dieta por conta dos desfiles então é obvio que estou com fome ── Debochei
── Tá, passamos para comprar algo pra comer....
── Eu ouvi um comer? ── Bill apareceu na porta ── Ata, tava falando de comida. Já ia caguetar pra Mabil ── o mesmo encarou o irmão com uma sobrancelha levantada
── Seu filho da puta....── Tom murmurou
── Ó, NÃO XINGA MINHA SOGRA ── Gritei
── Vou contar pra mãe ── Bill saiu correndo e Tom foi de atrás
Revirei os olhos terminando de me arrumar e pegando minhas coisas, desci para o andar de baixo e Simone tomava um café enquanto lia uma revista, os gêmeos se matando na sala enquanto se rolavam pelo chão, porém ela parecia não estar nem ai, apenas seguia sua vida normalmente. Tom me viu e soltou o cabelo do irmão e veio para meu lado pegando a chave do carro.
── Vão sair? ── Perguntou ela para mim
── Sim
── Que bom que voltaram ── Ela sorriu e voltou á olhar sua revista
Novamente meu celular tocou e eu apenas enfiei no bolso e segui minha vida.
