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── Aonde está minha bermuda cinza? ── dizia Tom andando de cueca pelo quarto olhando em suas malas

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── Aonde está minha bermuda cinza? ── dizia Tom andando de cueca pelo quarto olhando em suas malas

── Não sei, o Bill deve ter pegado ── respondi deitada em sua cama enquanto arrumava minhas malas

── Vou ter que usar outra ── reclamou o mesmo se vestindo

── Amanhã vamos lá levar minhas coisas bem cedo para a casa, tudo bem? Tenho trabalho amanhã.

── Como quiser ── disse ele se deitando ao meu lado se cobrindo ── Você está bem?

── Estou, obrigada por ir lá hoje, eu não sabia oque fazer ── me deitei ao seu lado mexendo em suas tranças

── Eu disse que iria te ajudar ── respondeu ele me puxando pela nuca para beija-lo, Tom aos poucos foi descendo suas mãos até a alça de minha blusa as abaixando lentamente

── Agora não, nem vem ── o afastei

── poxa, Cerejinha ── Choramingou o rapaz

── Segura esse seu cio ai, estou cansada e preciso dormir ── falei arrumando as cobertas por cima de meu corpo virando de bunda para Tom que me abraçou vindo para perto de mim encaixando suas pernas ao redor das minhas

Fechei meus olhos sentindo o calor do Kaulitz em meu corpo, ele respirava calmamente e me abraçava me esquentando. Peguei no sono mas logo rm seguida me acordei com uma luz, a porta estava meio aberta e isso levava a luz da cozinha á refletir em meu rosto. Me levantei tirando cuidadosamente as pernas de Tom de cima de mim e sai do quarto para beber água

Logo vi Bill pintando suas unhas ás duas horas da madrugada fiquei confusa mas segui em direção da pia

── Por que você pinta as unhas nos horários mais inusitados? ── perguntei

── Um dos pequenos momentos em que deixo de ser Bill Kaulitz e me torno apenas Billy ── respondeu ele analisando seus esmaltes

── Entendi.... ── falei e um silêncio se fez presente entre nós que logo foi quebrado por Bill

── Está melhor?

── Estou sim...

── Que bom.

── Bill....

── Sim?

── Aquilo que o Tom disse pro meu pai, era um desabafo, não era?

── Era ── disse Bill e eu me sentei em sua frente ── Tom sempre teve esse jeito protetor, ele era o filhinho do papai, os dois sempre estavam juntos e eram como caroço e abacate ── suspirou ele ── Tom queria ser ele quando crescesse, dizia que queria ser forte e corajoso igual ao nosso pai. Eu nunca me importei, era mais filhinho de mamãe, mas as coisas mudaram quando nosso pais se separaram. Lembro-me de ver Tom chorando sem parar, implorando pro nosso pai ficar e se reconciliar com nossa mãe, mas isso não o fez mudar de ideia. As vezes durante a noite eu podia ouvir Tom chorando em silêncio implorando pela presença de nosso pai que tanto lhe fazia falta, isso me partia o coração porque por mais que eu tentasse fazer ele aceitar outra figura paterna ele nunca aceitava.

── Nossa....

── Quando chegamos ao fundamental foi a pior coisa, éramos julgados todos os dias, Tom era chamado de aberração e eu de gay. Eu me sentia mal por não querer seguir os padrões da sociedade e apenas querer ser eu mesmo, mas Tom sempre se achou insuficiente por não conseguir me proteger, ele se culpava pelas vezes que não estavam presentes quando as pessoas faziam piadas comigo, ele se sentia um lixo por não ser igual ao nosso pai, ele se sentia um merda por não conseguir acabar com aqueles que me machucavam e o machucavam também. Quando chegava o dia dos pais, Tom sempre mandava alguma carta pelo correio para nosso pai, mas ele nunca retornava á Tom e então quando fizemos quinze anos ele desistiu de mandar ── Falava Bill cabisbaixo ── Se eu estava estranho com ele é porque sei que ele se cobra para nunca deixar quem ama, e quando não consegue fazer isso.....ele se culpa

── Então não estava bravo comigo ou com Tom?

── Não, Tom é a coisa mais importante que eu tenho na vida e só quero ver ele bem, temos um juramento de gêmeos, sabia? ── ele me encarou com um sorriso

── Sério?

── Sim, juramos um para o outro que nunca íriamos nos separar, pois nascemos juntos e iremos morrer juntos e se um dos dois quebrar isso o outro morre ── Respondeu ele

── Vocês tem uma conexão muito linda, Bill.

── Não sei oque seria de mim sem Tom, eu provavelmente não estaria mais aqui. Alguma coisa me faz acreditar que isso seja o destino, pois mesmo se sofrermos, iremos sofrer unidos e se curar unidos. Funcionamos assim, um ajuda o outro e se os dois estiverem no fundo do poço, daremos risadas ── dizia Bill dando sorrisos bobos me fazendo sorrir também ── Tom gosta muito do seu caráter, Mabil.

── Eu sei, fico contente com isso.

── Eu também....

── Vou dormir, boa noite Bill ── Acenei para ele que mandou um beijo no ar e eu voltei para o quarto

Olhei para Tom que dormia profundamente, eu ficava me pensando que ele sabia exatamente oque eu estava passando e como uma criança passou por tudo aquilo e conseguiu dar a volta por cima mesmo ninguém estando ao seu lado além do irmão? Tom me fazia questionar a existência de homens que gostam de mulheres apenas pelo corpo, mas ele me escolheu por alguma razão.

Me lembro de dizer que não estava gostando dele, que não daria bola....que era apenas mais um cliente. Mas olhe para mim, babando encima do Kaulitz enquanto ele dorme, definitivamente ele mexeu comigo. Está ao meu lado quando eu mais preciso e me ajuda mesmo sabendo que eu não quero sua ajuda

Esse é o Tom Kaulitz.

ʀᴇᴅ ꜰʟᴀᴍᴇ |   Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora